sexta-feira, 5 de junho de 2015

Heresias e Ventos de Doutrina By Pr. Joel Santana

1
Uma sucinta palavra sobre as principais heresias e
meninices hodiernas, visando o bem-estar da Igreja,
a salvação das almas, a derrota do poder das trevas e,
sobretudo, a glória de Deus.
Pr. Joel Santana
2
SUMÁRIO
PRÓLOGO ...................................................................................................................... 4
CAPÍTULO I .................................................................................................................. 6
A TEOLOGIA DA CONFISSÃO POSITIVA ............................................................. 6
1.1. Visão panorâmica das doutrinas dos “mestres da fé” ...................................... 6
1.2. Kenneth E. Hagin ................................................................................................ 8
1.2.1. Somos Deuses?! ............................................................................................. 8
1.2.2. Kenneth Hagin e sua exótica soteriologia ................................................... 8
1.2.3. Todas as doenças vêm do diabo? ................................................................. 9
1.3. Kenneth Copeland ............................................................................................. 10
1.4. R. R. Soares ........................................................................................................ 10
1.5. Valnice Milhomens ............................................................................................ 10
1.6. Benny Hinn ......................................................................................................... 11
1.6.1. Benny Hinn e suas “ingenuidades” ........................................................... 11
1.6.2. Benny Hinn e suas heresias de perdição ................................................... 13
1.7. Morris Cerullo ................................................................................................... 14
1.7.1. Cerullo é Deus ............................................................................................. 14
1.7.2. Ex-Deus _ eis o “Jesus” de Cerullo ........................................................... 14
1.7.3. Cerullo é “profeta” ..................................................................................... 14
1.8. Disse o apóstolo Jorge Tadeu: .......................................................................... 16
1.9. Palavras mágicas ............................................................................................... 16
CAPÍTULO II ............................................................................................................... 19
DIVERSOS CONCEITOS SOBRE DEUS ................................................................ 19
2.1. Conceituando Deus corretamente .................................................................... 19
2.2. Conceituando Deus erradamente ..................................................................... 20
CAPÍTULO III ............................................................................................................. 24
PRINCIPAIS SEITAS FALSAS ................................................................................. 24
3.1. Considerando a Maçonaria .............................................................................. 24
3.1.1. Considerações preliminares ....................................................................... 24
3.1.2. A Maçonaria é uma religião? .................................................................... 25
3.1.3. Que religião é essa? .................................................................................... 27
3.1.4. Engana os maçons ....................................................................................... 30
3.1.5. É arrogante e leviana .................................................................................. 30
3.1.6. É falólatra?! ................................................................................................ 31
3.1.7. É antipatriota?! ........................................................................................... 32
3.1.8. É política e bruxaria num mesmo caldeirão? .......................................... 32
3.1.9. É satanista?! ................................................................................................ 33
3.1.10. Símbolos maçônicos .................................................................................. 36
3.1.11. Evangélicos típicos: “O cristão não pode ser maçom” .......................... 36
3.2. Expondo o mormonismo ................................................................................... 40
3.3. Expondo o adventismo do 7º Dia ...................................................................... 41
3.4. Expondo o catolicismo romano ........................................................................ 43
3.5. Expondo o russellismo (Testemunhas de Jeová) ............................................. 46
3.6. Expondo as seitas espíritas ............................................................................... 47
3.6.1. O que é o Kardecismo e quais as suas reivindicações? ........................... 48
3.6.2. Os cultos afro-brasileiros ........................................................................... 48
3.6.3. O Espiritismo europeu ............................................................................... 49
3.6.4. O Racionalismo Cristão ............................................................................. 50
3
3.6.5. A LBV .......................................................................................................... 50
3.7. Outras seitas ....................................................................................................... 51
3.8. Crendices, teorias e movimentos diversos ....................................................... 52
CAPÍRULO IV ............................................................................................................. 54
OUTRAS HERESIAS .................................................................................................. 54
4.1. O “inferno” de Mary Baxter............................................................................. 54
4.2. Os macacos estão se convertendo ..................................................................... 54
4.3. As quatro pessoas do santíssimo quarteto?! ................................................... 55
4.4. “Unções” e “dons” diversas .............................................................................. 56
4.5. Acerca do ecumenismo ...................................................................................... 56
4.5.1. O que é o ecumenismo na ótica do clero católico ..................................... 56
4.5.2. Que fazermos ante o ecumenismo? ........................................................... 57
4.5.3. Quem está se unindo a quem? ................................................................... 58
4.6. Espiritismo “evangélico” e Bíblias de Estudo ................................................. 60
4.7. Outras práticas espiritistas/evangélicas........................................................... 60
4.8. Bênçãos proporcionais ao tamanho da oferta ................................................. 61
4.9. Inovações teológicas ........................................................................................... 61
4.9.1. Neo-ortodoxia .............................................................................................. 62
4.9.2. Liberalismo teológico ................................................................................. 62
4.10. Rebecca Brown veio para escravizar as mentes ........................................... 64
4.10. 1. Lobisomens, vampiros e zumbis ............................................................. 64
4.10.2. Combatendo o diabo com proteína ......................................................... 64
4.10.3. Rebecca e Satã ........................................................................................... 65
4.10.4. O “anjo” guardião. ................................................................................... 65
4.10.5. Rebecca _ a única evangelista .................................................................. 66
4.11. Cristãos judaizantes ........................................................................................ 66
4.12. G 12 _ Um mover do diabo ou do homem ..................................................... 72
4.13. Cair no Espírito ............................................................................................... 73
4.14. Dançar no Espírito .......................................................................................... 73
4.15. Hinos/heresias/meninices ................................................................................ 74
4.16. Pecado no púlpito? .......................................................................................... 75
EPÍLOGO ..................................................................................................................... 75
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PRÓLOGO
O que é heresia? Esta palavra possui duas definições: a definição etimológica e a moderna. Etimologicamente, heresia deriva do vocábulo grego háiresis, e significa escolha, preferência.
A tradução de háiresis para o latim, é secta; que, por sua vez, designa partido, facção, escola... E, como da língua latina descende o português, de secta adveio o termo seita.
Do exposto acima, salto aos olhos que, originalmente, seita não difere de heresia, senão na grafia e na pronúncia, e que estas diferenças nada mais são que maneiras diferentes de se dizer a mesma coisa, em línguas diferentes. Parece-me também, claro, que nenhuma destas palavras era sinônimo de ensino contrário às doutrinas de Deus. Qualquer ponto de vista, independentemente de estar certo ou errado, era uma heresia ou seita, ou seja, uma seleção, ou uma preferência, ou uma escola, ou uma facção. E é por isso que o apóstolo Pedro nos fala de “heresia de perdição” (2Pe.2.1). Se naquela época, a palavra heresia já tivesse a conotação que tem hoje, seria um pleonasmo supérfluo registrar “heresia de perdição”, visto não haver, atualmente, heresia de salvação. Mas naquele tempo havia as heresias de perdição, e as heresias de salvação. Estas eram, no âmbito cristão, o Evangelho; e aquelas, tudo o que era antagônico ao Evangelho, incluindo os ensinos dos falsos profetas de então.
Entre nós, os evangélicos, atualmente as palavras heresia e seita se definem assim: Heresia: “Doutrina contrária aos ensinamentos divinos”; Seita: “Religião que prega heresia”. Daí, nos círculos evangélicos, ser desnecessário dizer que tal seita é falsa, visto que, se é seita, não pode ser verdadeira, na concepção dos evangélicos. Mas, como originalmente, estes termos não tinham as definições que hoje lhes conferimos, os que falam com conhecimento de causa (como é o caso do erudito Pastor Raimundo F. de Oliveira) não hesitam em registrar: “Entre as muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje, destacam-se as seguintes: [...]”.1
Ainda intuindo aclarar sobre as palavras em questão, faço constar que o antônimo de heresia é ortodoxia. Já o termo heterodoxia define o que é diferente da ortodoxia.
***
Dos vocábulos ora em lide (seita e heresia) derivam termos como sectário, herege, heresiarca, cujas respectivas definições, são: a) adepto de uma seita ou partidário de heresia; b) pregador de heresia; c) fundador de seita ou autor de heresia.
“HERESIAS DA ATUALIDADE” é a epígrafe do opúsculo que o respeitável leitor me confere a indulgente honra de apreciar. Deste título se subentende que por ora não discorro sobre velhas distorções, relativamente distantes de nós, como o saduceísmo, essenismo, farisaísmo, zoroastrismo, paganismo greco-romano, nestorianismo, etc. Mas objetivo, embora superficialmente, dissertar sobre seitas e heresias mais próximas de nós, como, Maçonaria, Confissão Positiva (conhecida também por “Teologia da Prosperidade”, “Evangelho da Saúde”, “Movimento da Fé”, e “Palavra da Fé”), Ecumenismo, Unicismo, Modernismo Teológico, Evolucionismo (ou Darwinismo) e outras inovações e doutrinas de demônios que, pasme o leitor, já têm seus admiradores até entre nós, os evangélicos. Logo, temos não só que “vacinar” os que ainda não adoeceram, mas também curar os que já contraíram a “virose”, que ouso combater no presente trabalho.
As heresias dos “mestres da fé” e da Maçonaria, por exemplo, são mais preocupantes do que o Adventismo, o Mormonismo, o Russellismo (Testemunhas de Jeová), o Kardecismo... O porquê disso, é que estas perniciosas seitas são, para a Igreja,
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comparáveis a vírus, enquanto as parolas dos “mestres da fé” e da Maçonaria são viroses das quais a Igreja precisa se curar, pois já contraiu a doença. Em outras palavras, as seitas estão lá fora, tentando conquistar os membros da Igreja, mas os “mestres da fé”, os ecumenistas, os unicistas, os modernistas teológicos, e outros mensageiros de Satã, estão cá, dentro de nossas igrejas, quais câncer, nos devorando. O apologista norte-americano, Hank Hanegraff, referindo-se aos “mestres da fé”, disse acertadamente: “Um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele tem de ser extirpado” (Hank Hanegraff. Cristianismo em crise. Rio de Janeiro. 4 ed. 2004, capa).
Qual é o “medicamento” mais eficaz no tratamento dos que contraíram a doença que aqui propomos não só combater, mas erradicar? Resposta: A leitura e estudo da Bíblia, sob o influxo do Espírito Santo. Creio pia e firmemente que parte do sucesso dos falsos profetas deve-se à negligência do estudo da Palavra, associado à obediência aos preceitos do Senhor constantes das páginas do Livro dos livros. Se conhecêssemos mais a Bíblia, as heresias seriam reduzidas a frangalhos. Sim, sustento que o sucesso das seitas e heresias que ora objetivo denunciar e reduzir a frangalhos deve-se ao triste fato de que a maioria das pessoas (e isso inclui os evangélicos) não estuda com afinco a Palavra de Deus. Lembre-se que foi enquanto os servos dormiam que o inimigo semeou joio no campo (Mt 13. 25). Os Pastores não podem ignorar que não nos basta semearmos a boa semente (pregar e ensinar a Palavra); temos, também, que velarmos sobre o campo. Não podemos dormir. Ademais, não podemos conhecer somente o Dono do Campo. Temos que conhecer também o Inimigo. E que é isso? Resposta: Temos que conhecer a verdade e a mentira, a Deus e o diabo.
NOTAS
1. Raimundo F. de Oliveira. Seitas e heresias, um sinal dos tempos. Rio de Janeiro: CPAD. 9 ed. 1994, P.10. Grifo nosso.
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CAPÍTULO I
A TEOLOGIA DA CONFISSÃO POSITIVA
Que é essa tal de Confissão Positiva e quais são os seus principais propagandistas? Responder a estas perguntas é a empresa deste autor no presente capítulo. Entrando, pois, no mérito desta questão, exibo (pelo menos parcialmente) o corpo de doutrinas que constitui a Confissão Positiva, bem como os nomes de alguns dos marqueteiros dessa ilusão, que, doravante, passo a chamar de “mestres da fé”.
1.1. Visão panorâmica das doutrinas dos “mestres da fé”
Referindo-se a essa escola teológica, disse acertadamente o Dr. Paulo Romeiro:
[...] esta corrente doutrinária ensina que qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além de prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente. 1
Recentemente ouvi (através do meu televisor) um desses “profetas da prosperidade” dizer que a medicina existe para socorrer aqueles que não têm fé para serem curados, ou para se manterem sadios. Isto prova que o dito televangelista crê que não existiria no mundo um só cristão doente, se todos os crentes em Cristo tivessem viva fé no poder curador do Senhor Jesus. E isso ratifica o que denunciara o Pastor Paulo Romeiro, Dr. em Ciência da Religião, segundo o qual os líderes dessa corrente teológica
apregoam que [...] consultar médicos ou tomar remédios é pouco aconselhável para o cristão 2
Embora nem todos os marqueteiros desse movimento preguem exatamente as mesmas heresias, têm-se coletado dessas águas turvas “pérolas” como as que se seguem:
a) os humanos temos a natureza divina, isto é, somos Deuses no sentido pleno da palavra, uma exata duplicata do Criador, não sendo inferior a Deus em nada. Adão sequer tinha que ser subordinado a Deus;
b) que a vontade humana limita o agir de Deus no mundo;
c) que Jesus Cristo era milionário;
d) que a remissão dos pecados não se consumou na cruz, isto é, que a salvação dos pecadores não se dá à base do sangue derramado na cruz, e sim, mediante o sofrimento do Senhor Jesus no inferno, aonde Eles desceu e sofreu torturas nas garras do diabo, a fim de nos salvar;
e) que Adão tivera os dois sexos, permanecendo como macho e fêmea ao mesmo tempo por um longo período, até que Deus, desmembrando-o, extraiu dele a mulher _ Eva;
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f) que se Eva nunca pecasse, daria à luz filhos não através da vagina, mas através das costelas;
g) que o Senhor Jesus Cristo tinha a natureza de Satanás;
h) que se deve orar exigindo o que quer. Frases como “Seja feita a Tua vontade”, são vistas como contraproducentes e tachadas de tolices;
i) pobreza é escravidão e maldição. Deus quer, pois, que todos os seus servos fiéis sejam ricos. Logo, os verdadeiros cristãos, longe de, com docilidade, aceitarem a pobreza, devem exigir o fim desse inconveniente;
j) por sermos Deuses, há um poder tal nas nossas palavras, que podemos trazer as coisas à existência, bastando, para tanto, que ordenemos, em confissão positiva, que as mesmas apareçam. Não foi assim que Deus criou o Céu, a Terra, os animais, etc.? E não devemos nós imitá-Lo, já que também somos Deuses? Há, pois, poder em nossas palavras;
l) o cristão não deve dizer “estou enfermo”, mas sim, “gozo de perfeita saúde”, a despeito dos sintomas. Estes nada mais são que insinuações do diabo. Contudo, se não rebatermos com uma confissão positiva, mas acedermos, seremos enfermos de fato;
m). O que os adeptos da Confissão Positiva chamam de fé, nada mais é que uma espécie de pensamento positivo, auto-ajuda, poder da mente, etc. Os “mestres da fé” têm mais fé na fé, do que fé em Deus.
***
Relembro que esse “outro evangelho” (Gl 1.8), engendrado no reino das trevas, recebeu nos arraiais evangélicos, carinhosa e calorosa recepção, pois encontra não poucos simpatizantes em todas as denominações evangélicas. Contudo, como, felizmente, ainda há “sete mil” que não veneram esse “Baal” da atualidade (1Rs 19.18), toquemos a “trombeta em Sião” (Jl 2.1) e os convoquemos à guerra, estimulando-os a brandirem a Espada do Espírito (Ef 6.17) contra esse egoístico culto (2Pe 2.3), nada racional (Rm 12.1). Fazendo assim, estaremos prestando relevante trabalho ao atual Israel de Deus, que é a Igreja (Gl 6.16).
Essa tal de Teologia da Prosperidade é prejudicial à Noiva de Cristo? Respondo a esta interrogação com um retumbante sim. E estou seguro de que se o leitor conhece a Bíblia, me ombreia quanto a isso, sem reservas. Essas heresias prestam, sim, considerável serviço ao Maligno. Ela serve para encher as igrejas de pessoas mais interesseiras do que interessadas. Destas, muitas se decepcionam bem cedo, ao detectarem que o prometido sucesso financeiro, patrimonial, físico e emocional não se concretizou. E aí, uns, por concluírem que são indignos das bênçãos de Deus, revoltam-se consigo mesmos, entram em depressão, e se desviam dos caminhos do Senhor; enquanto outros passam a duvidar da veracidade da Bíblia. Poucos são os que descobrem que compraram gato por lebre. Destes, alguns continuam nas ditas igrejas da “prosperidade”, mas agora sem crer nas ilusões propaladas pelos “mestres da fé”, que garantem que as bênçãos de Deus são proporcionais ao tamanho das doações à “igreja”. E outros procuram uma igreja séria, onde o Evangelho seja pregado com equilíbrio.
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Do exibido acima, parece-me óbvio que conhecer os expositores da “teologia” em questão, pelos seus respectivos nomes, bem como o que deveras ensinam, é conveniente. Esta medida nos permite cuidar melhor do rebanho que o Amo nos confiou, alertando as ovelhas quando ao perigo iminente. Só assim, podemos desaconselhar à leitura dos perniciosos livros desses marqueteiros do engano, bem como fazer palestras que contradigam o que tais promotores do erro estão semeando pelo mundo afora. E este é o motivo pelo qual faço constar deste opúsculo algumas das inusitadas afirmações de Kenneth Hagin, Benny Hinn, Valnice Milhomens, Kenneth Copeland, etc.
1.2. Kenneth E. Hagin
São do senhor Kenneth Hagin as seguintes palavras:
1.2.1. Somos Deuses?!
O homem... foi criado em termos de igualdade com Deus, e poderia permanecer na presença de Deus sem qualquer consciência de inferioridade... 3
Ora, julgo desnecessário tentar provar que a declaração acima está errada, visto ser óbvio que a disparidade entre a criatura e o Criador é sempre infinita.
1.2.2. Kenneth Hagin e sua exótica soteriologia
O sangue de Jesus nos basta? Kenneth Hagin e seus discípulos respondem negativamente a esta pergunta. Eles alardeiam aos quatro ventos que, para nos salvar, não bastava a Jesus, a morte de cruz. Insistem que Jesus teria também que receber em Si a natureza pecaminosa e, por conseguinte, assimilar em Seu próprio ser a natureza de Satanás. Eles chamam isso de “morte espiritual.” E, uma vez morto espiritual e fisicamente, Jesus teria descido ao inferno, e lá teria permanecido em tormento durante três dias e três noites. E é porque Jesus sofreu por nós no inferno, que há salvação.
Referindo-se a esses paroleiros, a esses negadores do principal pilar da fé cristã _a salvação pela fé no sangue de Jesus _, disse o ortodoxo e erudito Pastor Ciro Sanches Zibordi:
Para esses “mestres”, a vitória de Cristo foi no inferno, e não na cruz! Dizem que o Senhor, depois de ter sido derrotado pelo Diabo na cruz _ que blasfêmia! _, ainda teve de submeter-se a uma sessão de torturas demoníacas [...].
Kenneth Hagin _ demonstrando total desrespeito à Bíblia Sagrada _ escreveu: “Muitos pensam que quando Jesus bradou na cruz Está consumado estava referindo-se sobre a nossa salvação. Não! Não! Não! Nossa salvação não se consumou quando Jesus morreu” (Zoe: A Própria Vida de Deus, Graça Editorial, p. 58). 4
Veja mais essas “pérolas” produzidas por Kenneth Hagin:
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[…] a morte espiritual envolve mais do que ser separado de Deus. Ela significa também receber a natureza de Satanás... Jesus provou a morte _ a morte espiritual _ em favor de cada homem. 5
Ele [Jesus] provou a morte espiritual em favor de todo homem. Seu espírito e homem interior foram para o inferno em meu lugar. Você não pode ver isso? A morte física não poderia remover seus pecados. Ele provou a morte por todo homem. E a morte de que fala é a morte espiritual. 6
Jesus [...] tomou sobre si mesmo nossa natureza pecaminosa. E morreu _ ele foi separado e cortado de Deus, descendo à prisão do sofrimento em nosso lugar. Ele esteve ali por três dias e três noites. 7
Quão diferente do Jesus da Bíblia, é o “Jesus” desse falso mestre! O nosso Jesus é santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, mais sublime do que os céus (Hb 7.26), e é com o Seu sangue que Ele nos restaura para Deus (Ef 1.7; 1Pe 2.24). Logo, Ele nos salvou na cruz, não no inferno.
Muitos são os que, dizendo-se evangélicos, se infiltram entre nós e semeiam heresias de perdição, como a que ora consideramos. Por exemplo, o Centro de Pesquisas Religiosas noticiou que a famosa televangelista Joyce Meyer também ensina “que a cruz de Cristo não reparou os pecados e que, em vez disso, Cristo precisou sofrer no inferno, em nosso lugar”, para nos salvar (Desafio das Seitas. Teresópolis: Centro de Pesquisas Religiosas. 4º trimestre de 2007, Ano XI, nº 44, p. 1).
1.2.3. Todas as doenças vêm do diabo?
Como já vimos, o Dr. Paulo Romeiro nos informa que os líderes da corrente teológica que ora refutamos ensinam que sim, como passamos a ver:
Disse Paulo Romeiro:
O Pastor Paulo Romeiro denuncia que os líderes do movimento que ora refutamos ensinam que
qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé. Assim, a marca do cristão cheio de fé e bem sucedido é a plena saúde física, emocional e espiritual, além de prosperidade material. Pobreza e doença são resultados visíveis do fracasso do cristão que vive em pecado ou que possui fé insuficiente.
Disse Kennety Hagin:
São de Kennety Hagin estas palavras:
Acredito que o plano de Deus, nosso Pai, é que o crente jamais fique enfermo... Não é e digo isso com toda ousadia a vontade de Deus, meu Pai, que soframos de câncer e outras enfermidades mortais, que só trazem dor e angústia. Não! A vontade de Deus é que sejamos curados. 8
E Hagin não pára por aí, em seus devaneios sobre cura divina:
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Jesus ensinou claramente que as enfermidades são do diabo e não de Deus... Visto que Satanás é o autor da enfermidade, eu devo ficar livre dela... A saúde divina é meu direito de Aliança!... Todos os curados sob o ministério de Jesus eram oprimidos pelo diabo... O diabo está por trás de toda e qualquer doença... Não existe uma tal separação entre as enfermidades tidas como naturais e as doenças impostas por Satanás... 9
Diz a Bíblia:
O fato de a Bíblia nos falar de cura de enfermidades e expulsão de demônios (Mc 16.17-18), demonstra que Hagin não é perito bíblico. Ademais, Paulo deixou Trófimo doente (não oprimido por Satanás) em Mileto (2Tm 4.20). Além disso, o mesmo apóstolo sugeriu vinho (e não exorcismo) ao seu companheiro Timóteo, visando a cura deste (1Tm 5.23). Estes fatos provam cabalmente que, estar enfermo não é, necessariamente, o mesmo que estar sendo oprimido pelo diabo. Logo, Hagin não foi feliz em sua exposição transcrita no parágrafo acima.
Eu disse “necessariamente” porque não ignoro que deveras, há casos de enfermidades causadas pela ação do diabo (Lc 13.16).
1.3. Kenneth Copeland
O famoso televangelista norte-americano, Kenneth Copeland, ensina que
[...] a razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir a si mesmo... Ele [Adão] não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao menos estava subordinado a Deus. 10
Repito que julgo desnecessário tentar provar que a declaração acima está errada, visto ser óbvio que a disparidade entre a criatura e o Criador é sempre infinita.
1.4. R. R. Soares
O Pastor R. R. Soares, sem dúvida um dos televangelistas brasileiros mais conhecidos, disse que
Usar a frase “se for da Tua vontade” em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração. 11
Claro que não foi com Jesus que ele aprendeu isso (Mt 26.39). E, já que não foi com Cristo que ele aprendeu isso, então de onde ele colheu essa doutrina? Certamente, dos livros dos “mestres da fé”. E é oportuno ressaltar que ele recomenda livros de Kenneth Hagin. Eu mesmo já o vi recomendando-os aos seus telespectadores.
1.5. Valnice Milhomens
No livro Supercrentes, já mencionado, consta, nas páginas 23-4, que a Missionária Valnice Milhomens prega as seguintes heresias:
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a) “Deus assumiu a natureza humana para que o homem assuma a natureza divina”.
Isto é evidência de que ela é fiel discípula de Kenneth Hagin e outros hereges, segundo os quais o homem é Deus, como já vimos?;
b) “Jesus morreu duas vezes, física e espiritualmente”.
Pode haver heresia maior do que essa, de se atribuir ao meigo Jesus, a natureza pecaminosa? Aliás, já informei há pouco que, no dizer de Hagin, afirmar que “Jesus morreu espiritualmente” equivale a dogmatizar que o Senhor absorveu a natureza do diabo.
c) o número de alvos será maior do que o número de perdidos”.
O Mestre dos mestres disse exatamente o contrário disso, em Mt 7.13-14.
d) “a guarda do sábado”.
Ora, essa heresia não resiste a um confronto com a Bíblia. Basta-nos Cl 2. 16-17 para reduzirmos a frangalho essa cidadela.
e) “a volta de Jesus num dia de sábado, no ano 2007”.
Será que ela mantém estas heresias? Bem, pelo menos a previsão da vinda de Cristo para o ano de 2007, deve ter sido abandonada, ou adiada, pois como sabemos, o aprazado ano já se foi.
1.6. Benny Hinn
Como todos os falsos profetas, Benny Hinn prega tudo quanto os ortodoxos pregam, mais alguma coisa. E é aqui que mora o perigo. Os falsos profetas não conseguiriam o crédito de pessoas sérias e inteligentes se só pregassem asneiras. Por isso, geralmente os mensageiros de Satã proclamam a verdade, mas nunca sem recheá-la de mentiras.
Muitas das inverdades apregoadas pelos disseminadores do erro, são mais infantilidades do que heresias propriamente ditas. E é este o caso de Benny Hinn: seus ensinos vão desde as cristalinas verdades extraídas da Bíblia, às heresias de perdição, passando por ingenuidades (?) relativamente inofensivas. Quem já ouviu seus sermões sabe que ele também diz que: Jesus morreu e ressuscitou dentre os mortos; Jesus salva, cura e batiza no Espírito Santo; os dons espirituais ainda existem; é necessário cultivarmos a comunhão com Deus pela oração e santificação; a Bíblia é a Palavra de Deus; etc. Mas, paralelamente, é capaz de ensinar “ingenuidades”, como as que, a seguir, catalogamos:
1.6.1. Benny Hinn e suas “ingenuidades”
Vejamos abaixo as ‘ingenuidades” de Hinn.
Primeira “ingenuidade” de Hinn
Adão [...] costumava voar [...]. Adão não somente voava, mas alcançava o espaço. Bastava-lhe um pensamento para chegar à lua. 12
12
Ora, ninguém vai para o inferno só porque crê que Adão voava, não é mesmo? Logo, aqui está uma infantilidade com a qual não precisamos nos atazanar. Basta-nos não convidar esse inapto para pregar em nossas igrejas. Sim, não o convidemos até que ele se converta e cresça na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18). “Se converta?” Sim, “se converta”, considerando que se esses erros que chamamos de ingenuidades fossem simples equívocos exegéticos e hermenêuticos, saberíamos tolerá-lo. Mas, como ele não raramente se escora no Espírito Santo, atribuindo muitos de seus engodos a revelações do Céu, salta aos olhos que não estamos diante de um homem sério. Aliás, Hank Hanegraaff, presidente do ICP (Instituto Cristão de Pesquisas) norte-americano, em seu livro Cristianismo em crise, publicado também pela CPAD _ de onde colho a maior parte das informações que ora teço na confecção do meu presente texto _, catalogou exemplos que testificam da desonestidade desse homem. Senão, leia Hanegraaff e veja com seus próprios olhos.
Será que Hanegraaff falou a verdade? Creio que sim, pelas seguintes razões:
a) ele exibe provas documentais;
b) seu livro foi publicado, primeiramente, nos Estados Unidos da América, exatamente onde moram as pessoas que ele denuncia. E estas não ousaram mover contra ele qualquer ação judicial, reivindicando a cassação do livro em lide, e indenização pelos danos morais e patrimoniais;
c) dificilmente uma editora aceitaria publicar um livro que promete desmascarar alguém, sem exigir que o autor prove que está devidamente documentado. E, em se tratando da CPAD, que o edita no Brasil, esse rigor é reforçado, visto que, segundo documento em meu poder, esta editora não publica livro algum sem antes submetê-lo à apreciação do Conselho de Doutrina da Assembléia de Deus, o qual é constituído de homens que já deram provas de que são sérios;
d) É possível se certificar da autenticidade ou não do livro Cristianismo em Crise, visto que as fontes de onde o seu autor extrai o que nos passa através das páginas de seu compêndio, estão no planeta Terra;
e) se os próprios acusados não se defendem, não sou eu quem vou defendê-los.
Segunda “ingenuidade” de Hinn
Provavelmente o leitor se lembra que registrei em 1.1, letra “f”, que uma das “pérolas” coletadas do “Movimento da Fé”, é que se Eva nunca tivesse pecado, daria à luz filhos através das costelas. Sim, segundo Benny Hinn, o Espírito Santo lhe disse que dar à luz através da vagina, não fazia parte do plano original de Deus, e é algo que ocorre em conseqüência do pecado, visto que, doutro modo, todas as mulheres teriam uma fenda lateral, na região de uma das costelas, por onde os bebês nasceriam. E agora, vamos às provas:
O plano original de Deus era que a mulher desse à luz filhos por seu lado. [...] Foi o pecado que fez as coisas se distorcerem. [...] a mulher [...] foi criada com uma abertura lateral, por onde [...] teria filhos [...]. 13
13
O leitor certamente notou que aspei a palavra ingenuidade. Tal se dá porque não creio na ingenuidade de Benny Hinn. Ingênuos são os que perdem o seu tempo e dinheiro, convidando-o, ouvindo-o, comprando seus livros, seus CDs, seus DVDs, e contribuindo financeiramente para manutenção de seu “ministério”.
Terceira ingenuidade de Hinn
Hinn não consegue engolir que um fiel cristão adoeça. E uma das passagens bíblicas que o levam a essa conclusão, é Ef 5.23, onde nos é dito que Jesus é o Salvador do corpo. Disse Hinn:
a Bíblia diz em Efésios 5. 23 que Jesus Cristo é o Salvador do corpo... Se Jesus Cristo é o Salvador do corpo, então seu corpo deve ser curado (Cristianismo em Crise, op. cit., p. 260).
Está, pois, provado que Hinn não é um bom hermeneuta, visto que não conseguiu entender que o corpo a que se refere Ef 5, 23, é a Igreja.
Hinn propaga muitas outras infantilidades não catalogadas aqui, visto que as que relacionamos neste livro atendem às nossas expectativas, que é alertar a Igreja de que esse homem não é ortodoxo. Sabemos que errar é humano, mas a “borracha” desse “pastor” acaba antes do “lápis”.
1.6.2. Benny Hinn e suas heresias de perdição
Já vimos que Benny Hinn, como todos os falsos profetas, mescla a verdade com a mentira. Vimos ainda, que algumas de suas doutrinas, embora falsas, não chegam a ser heresias de perdição, visto ser possível crer nelas, e ainda ser salvo. Agora, porém, passo a exibir os ensinos mortíferos desse falso profeta.
Hinn e seus nove Deuses
Hinn disse que o Espírito Santo lhe revelou o seguinte:
[...] Deus Pai [...] é um ser trino por si mesmo [...]. Deus Pai é uma pessoa, Deus Filho é uma pessoa e Deus Espírito Santo é uma pessoa. Mas cada um deles é ser trino por si mesmo. [...] há nove deles.14
Atribuir uma “revelação” dessas ao Espírito Santo é sacrilégio. E Hinn sabe disso, pois se retratou.15 Mas o fato de dois anos após, ratificar a mesma heresia,16 testifica que ele é ou leviano ou demente.
Hinn é Deus?
Hinn diz que sim. Ele sustenta que os cristãos não são humanos, mas sim, divinos. Ele se diz “o” filho de Deus (Grifo nosso). Mas, como sabemos, embora cada cristão seja um filho de Deus, nenhum cristão é o filho de Deus. O Filho, só Jesus o é (Jo 3.16). Ser o Filho de Deus, é o mesmo que ser Deus. E Hinn se autoproclama deus, e o filho de Deus. Veja a cópia baixo:
Deus veio do céu, tornou-se homem, fez os homens pequenos deuses e voltou para o céu como homem [...]. Eu enfrento os demônios como o filho de Deus. [...] Ele é Deus? Vocês são prole dele? Vocês são filhos
14
dele? Vocês não podem ser humanos! [...]. Deus não deu à luz a carne.... Vocês dizem: “Bem, isso é heresia”. Não, o cérebro louco de vocês é que diz tratar-se duma heresia. 17
Jesus e o diabo são um?
Como já sabemos, segundo Kenneth Hagin o Senhor Jesus recebeu a natureza de Satanás. E, como seu fiel discípulo, Hinn não destoa desse paroleiro. Disse Benny Hinn:
[...] Jesus Cristo sabia que a única maneira de parar Satanás era tronar-se uno em natureza com ele. [...] Jesus assumiu a natureza de Satanás [...].18
Sabemos que Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Igualmente, não ignoramos que isto, segundo os mais renomados e abalizados teólogos, prova que Ele é Deus, na verdadeira concepção do termo. E se valermos do mesmo princípio hermenêutico, concluiremos que Hinn e Hagin estão indo longe demais. Sim, se as palavras ainda dizem alguma coisa, esses mensageiros do Bicho-Ruim estão ensinando que Jesus tornou-se diabo.
1.7. Morris Cerullo
Abaixo, algumas das surpreendentes e comprometedoras declarações de Morris Cerrullo.
1.7.1. Cerullo é Deus
Não obstante os “mestres da fé” não serem unânimes em tudo, parece-me que todos eles já se convenceram que, de fato, somos deuses. Cerullo, por exemplo, não ousa negar a nossa plena divindade. Eis a prova:
Vocês sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era reproduzir-se? [...] aquilo que opera em nosso interior, irmão, é a expressa manifestação de tudo quanto Deus é e tem. E enquanto estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para Morris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus. 19
1.7.2. Ex-Deus _ eis o “Jesus” de Cerullo
Segundo Cerullo, quando
Jesus veio a este mundo, ele não veio em sua divindade, e nem como deidade (Deus). 20
1.7.3. Cerullo é “profeta”
Agora, vejamos as “profecias” de Cerullo. Uma dessas profecias, datada de 1972, previa um grande reavivamento nos USA. E 36 anos após, em pleno ano de 2008, ainda estamos aguardando-o; em 1991, Deus teria dito a Morris Cerullo que o mundo todo seria evangelizado por volta do ano 2000. E, embora já estejamos em 2008, ainda há muito que fazer; Porém, a mais ousada das profecias de Cerullo, segundo me consta, diz
15
respeito a dinheiro. Veja abaixo a reprodução dessas respectivas mensagens “proféticas”:
Cerullo/reavivamento/evangelização mundial
[...] os Estados Unidos da América estão prestes a testemunhar um grande reavivamento. 21
Filho, o mundo será alcançado pelo Evangelho por volta do ano 2000.22
Cerullo/oferta
Grandes eventos como um tremendo reavivamento nos USA e a evangelização mundial, atrai pessoas interessadas em contribuir de mancheia. Nenhum verdadeiro cristão quer ficar de fora de empreendimentos dessa envergadura. Também salta aos olhos que alguém terá que assumir a tesouraria. E, pelo visto, já temos tesoureiro: Deus. Este teria nos dito, na instrumentalidade de seu servo Cerullo, o seguinte:
Entregai a mim as vossas carteiras, diz Deus, e deixai-me ser o Senhor do vosso dinheiro... Sim, sede obedientes à minha voz. 23
Cerullo/riquezas
Na Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira, comentada por Cerullo e editada pela Central Gospel, consta o que se segue:
Pobreza é escravidão! Ela amarra as pessoas, impedindo-as de terem as coisas de que necessitam. A pobreza leva à depressão e ao medo. Não é a vontade de Deus que você viva na escravidão da pobreza. É hora de Deus acabar com a escravidão das dívidas e da pobreza no meio de seu povo! É chegado o momento da liberação de uma unção financeira especial, que quebrará as cadeias da escassez e o capacitará a colher com abundância...
Ora, isso simplesmente não é verdade. O que Deus está a fazer e vai continuar fazendo em relação à pobreza, é o que Ele sempre fez, faz e fará. Ele está conosco para o que der e vier. Ele pode sim, fazer de um paupérrimo, um riquíssimo. E Ele já fez isso diversas vezes. Porém, o Cristianismo não existe para essas coisas. Logo, na Igreja sempre houve, há e haverá, ricos e pobres. Cerullo erra por dizer que pobreza é escravidão e por profetizar que daqui para frente tudo vai mudar, visto ter chegado um tempo especial, pondo fim à pobreza no meio do povo de Deus. Essa profecia será apenas mais uma a falhar.
A viúva, cujo azeite Deus multiplicou pelo Ministério de Elizeu, testificou da fidelidade de seu marido, o qual, não obstante, deixara, ao morrer, uma dívida (2Rs 4.1-7). Ela disse a Elizeu: “Meu marido...temia ao Senhor”. José e Maria eram pobres. Infere-se isso do fato de eles oferecerem o sacrifício que Deus prescrevera para os pobres (Lv 12. 6-8; Lc 2.24). Pedro era pobre, já que assumiu que não tinha prata nem ouro (At 3. 6).
16
1.8. Disse o apóstolo Jorge Tadeu:
Segundo o livro Supercrentes, op. cit., o apóstolo Jorge Tadeu também prega que Deus promete curar todas as enfermidade, conceder partos normais às senhoras, e que todas as doenças procedem do diabo (pp. 30, 33). Então ele também é falso profeta? Não estou seguro disso, visto não conhecer as outras crenças dele. E, quanto aos seus erros denunciados em Supercrentes, estes não chegam a ser uma heresia de perdição, mas apenas uma imaturidade própria de quem ainda não cresceu no conhecimento do Senhor Jesus. E, como solução desse problema, sugiro as seguintes cautelas: Não julguemo-lo precipitadamente; não permitamos que ele assome nossos púlpitos, pelo menos até que ele cresça, ou seja, não o convidemos para pregar em nossas igrejas, até que ele deixe claro que deixou de crer nisso.
1.9. Palavras mágicas
A moda agora é “exigir de Deus”, “ordenar” e “profetizar” a bênção pretendida. Frases como “o Brasil é do Senhor Jesus! Povo de Deus, declare isto”. “Eu não aceito, pois sou filho do Rei”, etc., estão em alta entre os evangélicos. Muitos crêem que essas frases miraculosas vão solucionar todos os problemas. Afinal, “há poder em tuas palavras”! Ora, se esses expedientes funcionassem, mais ninguém iria para o inferno, pois que ganharíamos o mundo todo para Jesus, assim como eliminaríamos todos os problemas. Ademais, ninguém seria martirizado pela fé em Cristo, visto que, ao som das palavras “não aceito que carrasco algum me toque, pois sou filho do Rei”, tornar-nos-íamos intocáveis. Mas quem lê a Bíblia sabe que Estêvão, Paulo, Pedro, Antipas... desconheciam essas mágicas, já que foram executados pelos ímpios.
***
Há muitas outras heresias de perdição, pregadas pelos “mestres da fé”, que não anotamos aqui. Aliás, não omitimos apenas inúmeras heresias, mas também não poucos nomes relacionados com a Teologia da Confissão Positiva. E o porquê dessas omissões reside no fato de crermos que os dados que por ora relacionamos neste opúsculo, atendem às nossas expectativas, que é: a) Avisar as ovelhas de que há lobos na área; b) manter as ovelhas nos verdejantes pastos da ortodoxia; c) conservar as ovelhas junto às tranqüilas águas da sã doutrina; d) afastar as ovelhas dos lobos.
Julgo necessário observar que das omissões supra-referidas, não se deve inferir que seja irrelevante conhecer os demais pregoeiros do engano, e suas respectivas heresias. Omito tais fatos tão-somente porque os mesmos fogem ao escopo deste opúsculo. Sugiro, portanto, que o respeitável leitor leia os livros citados nas notas bibliográficas a seguir: Cristianismo em crise; Supercrentes; Erros que os pregadores devem evitar; Análise bíblica do catolicismo romano; etc. E, se o fizer, conhecerá muitos outros hereges, e suas respectivas heresias. Sim, leitor, é desejável que você conheça as heresias de Kenneth Copeland, John Avanzini, Oral Roberts.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Paulo Romeiro. Supercrentes. São Paulo: Associação Religiosa Editora Mundo Cristão. 8 ed. 1999, P. 5.
2. Ibidem.
17
3. Citado por Hank Hanegraaff em Cristianismo em crise. Rio de Janeiro: CPAD, 4 ed. 2004, p. 116, que, por sua vez cita Kenneth E. Hagin. Zoe: The God-King of Life (Tulsa, Kenneth Hagin Ministries, Inc., 1989), 35-6,41. Nota: Livro publicado em português pela Graça Editorial.
4. Ciro Sanches Zibordi. Erros que os pregadores devem evitar. Rio de Janeiro: CPAD, 5 ed. 2005, p.46. Grifo no original.
5. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 166; que, por sua vez, cita Kenneth E. Hagin. The Name of Jesus. (Tulsa, OK: Kenneth Hagin Ministries, 1981), 31, ênfase no original. Nota: Livro publicado em português pela Graça Editorial.
6. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 176; que, por sua vez, cita Kenneth E. Hagin. “How Jesus Obtained His Name” (Tulsa, OK: Kenneth Hagin Ministries, s/d), fita #44H01, lado 1.
7. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 444; que, por sua vez, cita artigo de autoria de Kenneth E. Hagin, intitulado “Made Alive”, publicado em “The World of Faith”, 15,4 (abril de 1982): 3.
8. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 269; que, reporta a Hagin, Healing: “The Father’s Provision”,Word of Faith (agosto de 1977), 9.; que, por sua vez, reporta a McConnell, A Different Gospel, 157, 168, nota 41.
9. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 281. Kenneth E. Hagin. Faith Food for Spring (Tulsa, OK: Kenneth Hagin Ministries, 1978), 72-3,79, ênfase no original.
10. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 117; que, por sua vez, cita Kenneth Copeland. “Following the Faith of Abraham I” (Fort Worth, TX: Kenneth Copeland Ministries, 1989), fita # 01-3001, lado 1).
11. R. R. Soares. O direito de desfrutar saúde. Rio de Janeiro: Graça editorial, p. 11. Citado em Supercrentes. Op. cit., P. 37.
12. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., pp.128-9; que, por sua vez, cita Benny Hinn, programa “Praise the Lord” pela TBN (26 de dezembro de 1991). [...]..
13. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 414; que, por sua vez, cita (“Our Position In Christ #5 _ Na Heir of God” [Orlando, FL: Orlando Christian Center, 1990], fita de áudio #A031190 _ 5, lado 2).
14. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., pp. 133-4 (O grifo não é meu); que, por sua vez, cita. Benny Hinn, programa “Benny Hinn”, pela TBN (3 de outubro de 1990).
15. Cristianismo em crise, op. cit., p. 134.
16. Ibidem, PP. 133-4.
18
17. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 141; que, por sua vez, cita Benny Hinn, “Our Position in Christ #2 _ The Word Mad Flesh” (Orlando: Orlando Christian Center, 1991), fita de video #255, ênfase acrescentada.
18. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., pp. 165-6; que, por sua vez, cita Benny Hinn, programa “Benny Hinn” pela TBN (15 de dezembro de 1990).
19. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 117; que, por sua vez, cita Morris Cerullo, “The Endtime Manifestation of the Sons of God”, fita de audio 1, lados 1 e 2.
20. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p.390; que, por sua vez, cita Morris Ceullo, “The Greatst Message in the World”, Deeper Life 21, 3 (abril de 1981):8.
21. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 390; que, por sua vez, cita Laura Monteiros, “The Rebirth of Morris Cerullo”, Los Angeles Herald-Examiner (18 de novembro de 1978).
22. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 390; que, por sua vez, Morris Cerullo, “From the Heart”, Victory (janeiro/fevereiro de 1992), 6, ênfase no original.
23. Citado em Cristianismo em crise. Op. cit., p. 390; que, por sua vez, cita Morris Cerullo, “A Word from God at the Deeper Life World Conference”, Deeper Life 22,2 (março de 1982): 15.
19
CAPÍTULO II
DIVERSOS CONCEITOS SOBRE DEUS
Obviamente, é importante que nos conscientizemos da existência dos muitos conceitos que se tem acerca de Deus, bem como nos inteiremos dos mesmos, para optarmos com conhecimento de causa, e não cegamente. Por isso, veremos abaixo, não só a opinião defendida por este autor, mas também os conceitos que me parecem errados biblicamente.
Embora a doutrina da Trindade seja um mistério intransponível, insondável, ininteligível, impenetrável, incompreensível, etc., não se pode negar que é, também, provável biblicamente, e, portanto, aceitável. Este mistério não fica aquém da razão; antes, transcende às fronteiras do raciocínio humano, sendo, por isso mesmo, fruto da revelação divina. O caro leitor deve, pois, ou crer nesta doutrina, ou renegar o Cristianismo. Tentar conciliar a fé cristã com a negação desta doutrina é incoerência. E, pior ainda, é ser trinitariano e, concomitantemente, reconhecer como irmãos em Cristo, os que não o são. Precisamos saber que os que rejeitam a doutrina da Trindade não crêem no mesmo Deus que nós; e isso faz sim, grande diferença. Devemos crer que há um só Deus; que este único Deus é o Deus da Bíblia; e que este Deus é TRINO, quanto às pessoas que O constituem, bem como UNO, quanto à divindade.
2.1. Conceituando Deus corretamente
Há um só Deus. Nós, os evangélicos, não somos triteístas, como o supõem alguns, mas sim, monoteístas (1Tm 2.5; Dt 6. 4). Isto porque nós, os trinitarianos, não cremos em três Deuses em um, como erroneamente dizem os nossos oponentes, mas sim, em três Pessoas em um só Deus.
O único Deus não é uma unidade absoluta, e sim, composta. Provas bíblicas:
A) A palavra original, traduzida por um, em Dt 6.4, é “Echad” (unidade composta), e não “Yachid” (unidade absoluta [Gn 22:2]).
B) Verbos e pronomes no plural: Façamos; nós; desçamos; confundamos, etc. (Gn 1:26; 3:22; 11:7).
C). Elohim é transliteração do vocábulo hebraico traduzido por Deus, em Gn 1.1, e significa Deuses. Neste caso e em muitos outros semelhantes, trata-se de um substantivo próprio, a saber, é um dos nomes de Deus. Não quer dizer que haja mais de um Deus, e sim, que há um ser chamado Deuses, isto é, Deus se chama Deuses.
D). Adonai, vocábulo hebraico que significa Senhor, ou mais precisamente, Meus Senhores, e é um dos nomes de Deus, no original hebraico, traduzido por Senhor, no Sl 110:1, 5.
E) As unidades que compõem a Divindade, são:
a) Pessoais: (Jo 16:13; Ef 4:30; Rm 8:26-27; 15:30; 1Co 12:11)
b) Distintas:
 Da natureza (At 4:24);
20
 Uma das outras (Jo 1:1; Jo 14:16; Mt 3:16-17; 12:32; 26.39).
F) Igualmente Divinas (Jo 1:1; 5. 18; 10. 30; Sl 45: 6-7 comparados com Hb 1: 8-9; Sl 102.25-27, comparados com Hb 1. 10-12; At 5: 3-4; 1Co 6: 19). Por “igualmente Divinas”, queremos dizer que cada uma das três Pessoas é Deus.
G)Trinas (Mt 28: 19; 2 Co 13:13)
H) Aparentes negações da Doutrina da Trindade (Jo 5.30; 14.28; Mt 24.36; 1Co 11.3; 15. 24-28)
I) Entendendo o porquê das aparentes negações da Doutrina da Trindade (Hb 2.9)
2.2. Conceituando Deus erradamente
A) Ateísmo: Visto como insensatez no Sl 14:1;
B) Deísmo (nega que Deus esteja cuidando de nós no nosso dia-a-dia): Refutado em Mt 6:25-26; Hb 1:3;
C) Panteísmo (Deus, segundo os panteístas, é a natureza): Refutado em Gn 1:1; At 4: 24;
E) Politeísmo (trata-se da crença em vários deuses): Refutado em Êx 20:3
e) Unitarianismo: Deus é unidade absoluta, e, portanto, não é trino.
F) Unitarianismo arianista (criado pelo presbítero Ário, heresiarca de Alexandria, 256 d. C. –336 d. C.). Segundo essa crença, há séculos extinta, Jesus e o Espírito Santo são criaturas de Deus.
G) Unitarianismo russelita (o teísmo dos testemunhas-de-jeová): Deus é uno e não trino; Jesus é o primeiro anjo que Deus criou, a saber, o arcanjo Miguel; o espírito santo (grafado com minúsculas por eles) é a força ativa de Deus, isto é, o seu poder invisível;
H) Unitarianismo judaico: Nega que haja mais de uma pessoa na Divindade. Não tenta arranjar uma explicação para os termos Pai, Filho e Espírito Santo, visto não ser uma religião cristã;
I) Unitarianismo muçulmano: Nega, como o fazem os judaístas, que haja mais de uma Pessoa na Divindade. Rejeita a Doutrina da Trindade, considerando-a uma blasfêmia. Jesus é visto como um grande homem, um grande profeta, e nada mais. O Alá do muçulmanos nada mais é que a adoção de um dos deuses do paganismo árabe, isto é, antes da fundação do Islamismo, Alá já era cultuado como o principal dos deuses, pai de rês deusas;
J) Unitarianismo kardecista. Nega a Doutrina da Trindade. O Kardecismo diz textualmente que Jesus não é Deus, mas apenas um espírito criado, que já atingiu a
21
perfeição; (eles _ os kardecistas _ vêem uma distinção entre o Consolador e o Espírito Santo. Este seria as almas dos mortos, e aquele, o Kardecismo;
L) Unitarianismo da LBV _ Legião da Boa Vontade. À moda Kardecista, não reconhece a Divindade de Jesus. Nega também a personalidade e Divindade do Espírito Santo. Este é apenas o conjunto dos espíritos perfeitos;
M) Unicismo ou modalismo:
a). Definindo o unicismo. Segundo os unicistas (ou modalistas), o Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três Pessoas distintas uma das outras, mas sim, três títulos dados à única Pessoa de Deus. Deus é Pai, pois é o Criador de todas as coisas; Deus é Filho, pois humanizou-se; e Deus é Espírito Santo, pois é Espírito e é Santo. O Pai é o Filho e é também o Espírito Santo; o Filho é o Pai e é o Espírito Santo; e o Espírito Santo é o Filho e é o Pai. Pai, Filho e Espírito Santo são, segundo crêem os unicistas, três modos de a mesma Pessoa Divina se manifestar. Daí o nome “Modalismo”. Como se vê, o Unicismo é um tipo de Unitarianismo. A única diferença é que, por ser “cristão”, o Unicismo tenta adequar o Unitarianismo ao Cristianismo. O Unicismo é, pois, Unitarianismo disfarçado.
b). Criado por Noeto, de Esmirna;
c). Foi acatado em Roma por um homem também chamado Noeto, no que foi seguido por Epígono, Cleômenes e Calixto, expoentes desse movimento herético;
d). Na África, essa heresia foi aceita e difundida com ardor por Práxeas e Sabélio, hereges do século III. Este foi o maior defensor dessa crença. Daí, o Unicismo ser conhecido até hoje pelo nome de Sabelianismo.
Do que foi exposto até aqui, certamente está claro que Unicismo, Modalismo e Sabelianismo, são a mesma coisa.
e) Principais crenças dos atuais unicistas
Igreja Evangélica Voz da Verdade
 Sobre a Trindade: A Doutrina da Trindade, crida pelos evangélicos de todo o mundo, é, na opinião dos unicistas da chamada Igreja Evangélica Voz da Verdade, uma “teoria religiosa de intenção carnal e diabólica com o sentido de alimentar uma ilusão de Satanás que teve a pretensão de pluralizar a plenitude da divindade...”. (Série Apologética, ICP, 2002, página 76).
 Sobre o Batismo: Batizam só em nome de Jesus, e rejeitam o batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, considerando-o sem qualquer valor. Senão, vejamos: “...não têm valor bíblico algum (Ef 4.5), pois é um tipo de batismo forjado pelo homem” (Série Apologética, página 90).
Tabernáculo da Fé:
22
 O fundador dessa seita, Willian Marrion Branham, se proclamou a si mesmo como o 7º profeta; e previu a vinda de Jesus para 1977;
 Crer na Trindade é, segundo essa seita, ter o sinal da Besta;
 O sucessor do fundador da Tabernáculo da Fé, Wlliam Soto Santiago, atualmente líder da Pedra Angular, seita essa que também é unicista, chama o Senhor Jesus de extraterrestre, e afirma que a ressurreição dos mortos e o arrebatamento da Igreja se dará sob a interferência dos discos voadores.
Igreja local de Witness Lee. Essa seita prega que:
 Todo cristão tem: Adão na alma, Deus no espírito e o Diabo no corpo;
 Podemos ser homem-Deus;
 O batismo regenera, sendo, pois, tão importante quanto pregar o Evangelho;
 A Igreja Católica é uma prostituta, mãe das igrejas evangélicas que, por sua vez, também são prostitutas;
 Os protestantes (evangélicos), os judaístas, e os católicos constituem um sistema de Satanás
 Aconselha a todos a não entrar num templo de uma denominação evangélica. (Observação: Esse pecado é permitido, a título de proselitismo).
Testemunhas de Yerroshua
 São a única Igreja verdadeira;
 Quem chama o Filho de Deus de Jesus, está perdido, pois equivale a chamá-lo de cavalo.
 Não fazem a barba;
 Usam sandálias, preferentemente;
 Homens e mulheres trajam vestidos, preferentemente.
Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa
 Deus, sem o Espírito Santo, seria morto;
 O Espírito Santo faz Deus viver;
 O Consolador prometido por Jesus não é o Espírito Santo, e sim, a Santa Vó Rosa;
 São a única Igreja verdadeira, fora da qual não há salvação.
23
Igreja Cristo Vive
Figura entre as muitas heresias pregadas pelo “apóstolo” Miguel Ângelo _ aboliu o batismo e o jejum; ensina que o homem já existia em algum lugar antes de nascer no planeta Terra; é predestinacionista; crê na irreversibilidade da salvação... _, a negação da doutrina da Trindade. Ele é unicista. Ora, o unicismo é unitarismo disfarçado.
***
Em nome da coerência, sejamos trinitarianos, ou abjuremos o Cristianismo. Ademais, mantenhamos distância (em termos espirituais) dos que rejeitam esta verdade de fé cristã.
Não copiamos esta doutrina da Igreja Católica, como muitos pensam, mas a encontramos na Bíblia. Não damos a mínima para o que a Igreja Católica prega, pois temos acesso à fonte. Logo, qualquer semelhança é mera coincidência.
24
CAPÍTULO III
PRINCIPAIS SEITAS FALSAS
O assunto estudado no primeiro capítulo deste opúsculo nada mais é que uma espécie de modernismo teológico, já que seus ensinos são estranhos ao Cristianismo clássico e histórico. Sim, em relação à ortodoxia cristã, qualquer heterodoxia é, de fato, uma inovação ou modernismo teológico. Mas, para que um assunto não seja confundido com o outro, nos círculos teológicos dá-se a cada movimento um título específico. Ao movimento encabeçado por A. Friedrich Schleiermacher, chamamos de Liberalismo Teológico; ao que o sucedeu, cujo pontapé inicial foi dado por Karl Barth, rotulamos de Neomodernismo Teológico ou Neo-ortodoxia; ao movimento abordado no primeiro capítulo deste livro, intitulamos Movimento da Fé; e aos institutos religiosos espúrios, ou seja, às falsas religiões, damos o nome de seitas. E é sobre as principais seitas que discorrerei neste capítulo. Destas, a que mais nos afeta é a maçonaria, visto que a mesma já não é um vírus, querendo nos tacar, mas uma virose, ou melhor, um câncer, que precisa ser extirpado, posto que muitas igrejas evangélicas já contraíram essa doença espiritual, esse câncer infernal.
Algumas de minhas afirmações neste capítulo, não estão acompanhadas de provas documentais; estas, porém, constam do nosso site www.pastorjoel.com.br.
3.1. Considerando a Maçonaria
Abaixo, uma sucinta consideração acerca da Maçonaria.
3.1.1. Considerações preliminares
Estas linhas não têm a pretensão de ser um tratado sobre a Maçonaria, visto que uma obra de tal envergadura, obviamente não poderia ser contida num espaço tão exíguo como o que aqui reservamos para este tema. Por ora, o nosso alvo é ressaltar que a Maçonaria é uma religião que, à luz da Bíblia e da razão, se revela perniciosa às nossas almas.
Tachamos a Maçonaria de “perniciosa às nossas almas” porque essa “religião” é pagã, hipócrita, arrogante e anticristã. Como cheguei a essas conclusões? Bem, nunca fui maçom, e nem quero ser adepto dessa “religião”, mas li diversos livros acerca deste assunto, livros estes que me deixaram deveras impressionado. Um desses livros, é de autoria de um ex-adepto, do 32º Grau, a saber, William Schnoebelen. Este senhor denuncia vários erros da Maçonaria, dos quais, um é que a Maçonaria seria satanista. Sugiro, pois, que os meus leitores não se limitem à leitura deste humilde opúsculo de minha autoria, mas que leiam as obras constantes da Bibliografia, especialmente os livros Os Ensinos Secretos da Maçonaria, de John Ankerberg e John Weldon, da Edições Vida Nova; Maçonaria do Outro Lado da Luz, de William Schnoebelen, da CLC Editora; e Maçonaria e Fé Cristã, de J. Scott Horrell, Editora Mundo Cristão, para um exame mais aprofundado deste assunto.
Esta obra, que o caro leitor ora aprecia, é o resultado do que colhi dialogando com ex-adeptos dessa confissão religiosa, e lendo livros diversos, inclusive de um ex-adepto.
Fui informado que pronunciar contra a Maçonaria é perigosíssimo. Não tenho como provar, nem que sim, nem que não, mas é o que ex-adeptos me confidenciaram, isto é, não me autorizaram a identificá-los. Ademais, isso é dito com todas as letras pelo senhor William acima mencionado. Contudo, ousamos fazê-lo, por compreendermos
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que, como bem o disse o Pastor Raimundo F. de Oliveira, se os maçons merecem respeito, não há porque temê-los. Por outro lado, se devem ser temidos, então não merecem respeito. Além disso, a Bíblia tem por venturoso aquele que “não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à mentira,” Sl 40:4 (ARA_Almeida Revista e Atualizada).
Não confunda “Maçonaria” com “maçom”. O autor destas linhas desdenha a Maçonaria, não os maçons. Estes são aqui objeto de nosso amor, compaixão e orações. Amamos aos maçons e aspiramos vê-los livres dessa esparrela de Satanás, que é a Maçonaria.
A Maçonaria às vezes se nos apresenta como uma instituição virtuosa, prestando relevante e inegável trabalho sociopolítico. O Brasil muito deve à Maçonaria. Não obstante, a crítica que nestas páginas endereçamos à Maçonaria não é gratuita, injusta e ingrata, pelas seguintes razões: 1ª) Estamos analisando o seu lado religioso; 2ª) Os vícios dessa “religião” suplantam suas virtudes, tanto na quantidade quanto na intensidade; 3ª) Se os bons têm seus defeitos, por que algumas coisas ruins não poderiam ter lá suas virtudes? E, naturalmente, nem por isto seriam boas.
Não é sem receio algum que redigimos textos refutatórios às falsas religiões e seitas. Tememos muitas coisas. Um dos nossos receios é ferir a sensibilidade das vítimas do engano religioso. Este temor funda-se no fato de que se ao invés de despertarmos os dormentes, suscitarmos ódio, o nosso alvo não será atingido.
Sabemos que não estamos trabalhando em vão, pois Deus está vendo o nosso esforço. Cremos ainda que muitos maçons se darão por avisados. Ademais, é preferível morrer lutando, a viver de braços cruzados. Alegra-nos sabermos que o não fugirmos à luta é do agrado do Nosso General - Jesus. Mas é indisfarçável que também aspiramos ardentemente encontrar no Céu alguém que Deus tenha salvo pela nossa instrumentalidade.
A data de fundação da Maçonaria é fantasiada por muitos maçons. HÁ quem diga que a Maçonaria seria uma religião tão milenar que teve como adepto o famoso Salomão, 3º rei de Israel. Contudo, como estas linhas são apenas uma sinopse sobre a Maçonaria, por ora não tratamos deste assunto.
Maçom é vocábulo francês e significa “pedreiro.” A expressão “franco-maçom,” tão freqüente entre os maçons, equivale a “pedreiro-livre”. “Franco-maçonaria” identifica a agremiação maçônica. O porquê disso reside no fato de que no princípio a Maçonaria era apenas o Sindicato dos Construtores Civis.
O vocábulo “Loja”, com o qual o leitor irá deparar amiúde, na maioria das vezes não significa estabelecimento comercial; antes, trata-se do nome que a religião maçônica dá aos seus templos.
Esta minha pronunciação é o resultado do que encontrei não só nos livros que refutam essa religião, mas também nas obras maçônicas. Com a ajuda de ex-adeptos dessa confissão religiosa, tenho lido algumas obras da própria maçonaria.
3.1.2. A Maçonaria é uma religião?
A Maçonaria é uma religião, ou uma entidade filantrópica? Muitos dos que advogam o ingresso de cristãos na Maçonaria, o fazem à base da falsa premissa de que a Maçonaria não é uma religião falsa, tampouco verdadeira, mas tão-somente uma associação beneficente, uma fraternidade, etc, constituída por homens de bem. Porém, dispomos de provas cabais de que a Maçonaria é uma religião. Ei-las:
A) Que dizem os mestres da Maçonaria?
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a) “A Maçonaria... é uma religião...” (Estudos Sobre a Maçonaria Americana, página 25, de A. Preuss). [1]
b) “A maçonaria é a religião universal...” ( Antiga Maçonaria Mística Oriental, página 67).1]
c) “A reunião de uma Loja Maçônica é estritamente religioso”.1
d) “Toda loja maçônica é um templo religioso e seus ensinos são instruções religiosas.” (Albert Pike, considerado expoente da Maçonaria pelos maçons de todo o mundo, segundo renomados autores, inclusive o irmão William). 2
e) O ex-maçom do 32º Grau, William Schnoebelen, nos informa que há obras oficiais da Maçonaria, endereçadas não ao público em geral, mas exclusivamente aos maçons, as quais devem ser devolvidas em caso de morte ou afastamento, que asseveram que esta é, de fato, uma religião. 3
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Se somos inquiridores sinceros, certamente já não abrigamos dúvida alguma de que maçonaria é, sim, um instituto religioso. Aliás, este não é um simples parecer dos adversários da Maçonaria, já que não são poucos os líderes maçônicos que aquiescem que essa confraria é, deveras, uma religião. Contudo, vejamos mais:
B) Que dizem os dicionários?
Das muitas definições que o dicionarista Aurélio nos fornece sobre o vocábulo “religião”, destacamos as seguintes: 1ª) “Crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada (s) como criadora (s) do Universo, e que como tal deve (m) ser adorada (s) e obedecida (s).” 2ª) “A manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos”.
Ora, a Maçonaria se ajusta perfeitamente às definições de religião, constantes do Novo Dicionário Aurélio, acima transcritas. Quem nunca ouviu falar do famoso GADU – Grande Arquiteto do Universo -, que não sai da boca dos maçons? É de domínio público que a Maçonaria não aceita ateu na “Sublime Ordem”. E por que não aceitar ateus, se fosse apenas uma associação beneficente?
A segunda definição de “religião” supracitada nos fala de “doutrina e ritual próprios.” E porventura, a Maçonaria não tem lá o seu corpo de doutrinas, bem como o seu próprio ritual? Dispomos de provas concretas de que as coisas são assim, como abaixo demonstramos:
a) Fé
Ao candidato a maçom, como ritual de iniciação é-lhe formulada a seguinte pergunta: “Em quem depositais a vossa confiança?” E, se a resposta não for: “Em Deus” ,4 não lhe será permitido prosseguir com o ritual de iniciação. Sobre este assunto pronunciou Henry Wilson Coil, um dos grandes instrutores maçônicos: “A franco-maçonaria certamente requer a crença na existência de ... um Ser Supremo...” 5
b) Sobre a alma humana
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“A franco-maçonaria tem um serviço religioso para...entregar o corpo de um irmão falecido ao pó de onde veio e para apressar o retorno do espírito...à Grande Fonte de Luz...” (Henry Wilson Coil). 6
c) Plano de salvação
A Maçonaria ensina que o “Olho-Que-Tudo-Vê” isto é, Deus (?), irá recompensar-nos conforme as nossas obras. Sim, a Maçonaria diz que a “pureza de vida e conduta... é essencialmente necessária para ser admitido na Loja Celestial, onde o Supremo Arquiteto do Universo preside.” 7
d) Padrão moral
O item 1.2.3, além de provar que a Maçonaria tem o seu Plano de Salvação, exibe com naturalidade que ela ensina preceitos éticos, que devem nortear os seus adeptos, já que fala de “pureza de vida e conduta”, como condição sine qua non à admissão na Loja Celestial, a saber, o Paraíso, no jargão maçônico, segundo me disse um ex-adepto.
e) Adoração
No livro maçônico Morals and Dogma..., do famoso maçom Albert Pike, página 718, reza: “...a maçonaria é uma forma de adoração” (Citado em Maçonaria do Outro Lado da Luz, página 36).
f) Templo
Uma evidência a mais de que a Maçonaria é uma religião, é o fato de as Lojas serem chamadas de templo, oficialmente (Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico, de Renato de Alencar, Tomo II, página 6, § 3, Editora Maçônica, 1970).
C) Que dizem os maçons aos de fora?
Quando John Ankerberg e John Weldon empreenderam elaborar um tratado de refutação à Maçonaria, contataram muitos maçons, tanto por cartas quanto pessoalmente. Desses contatos eles extraíram a seguinte conclusão: “A maioria dos maçons é inflexível em declarar que a maçonaria não é uma religião.” E, para consubstanciarem esta declaração, os maçons consultados disseram a seus consulentes, que a Maçonaria não preenche os quesitos que uma instituição precisa preencher para caracterizar-se como religião. E ousaram dar os seguintes exemplos: 1) A Maçonaria não oferece um sistema ou ensinamento de salvação. 2) Não possui credo, profissão de fé, Teologia e ritual de adoração.8 Contudo, essas declarações não lhes parecem honestas, pelas razões supras.
3.1.3. Que religião é essa?
Bem, vimos que a Maçonaria é uma religião, pois os fatos comprovam isto e a cúpula dessa instituição o confessa oficialmente. Mas, que tipo de religião é a Maçonaria? É ela uma religião como as outras? É ela a religião mais certa? É ela a única religião verdadeira? A Maçonaria se considera uma religião cristã? Que religião é essa? É o que veremos abaixo.
A) Não é cristã
Quando dizemos que a Maçonaria não é uma religião cristã, não estamos exteriorizando o nosso ponto de vista pessoal, mas sim, repetindo o que já foi dito pela
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alta liderança maçônica. Albert Mackey, 33º Grau, disse: “A religião da franco-maçonaria não é cristianismo.” 9
B) É a única certa?
O senhor L. U. Santos, um maçom nada atípico, em seu livro Literatura Maçônica Contemporânea, à página 32 asseverou: “Somente a maçonaria é capaz de redimir a humanidade...” 10 “A maçonaria não propaga nenhum credo, exceto o seu próprio, mais simples e sublime: aquela religião universal ensinada pela natureza e pela razão” (Maçonaria do Outro Lado da Luz, página 36, citando Morals and Dogma of the Ancient and Accpted Scottish Rite of Freemasonry, Suprem Council of the Thirty- Third Degree, Charleston, 1950, página 213, de Al bert Pik). Esse complexo de superioridade religiosa é tão acentuado na Maçonaria, que até ao mais fiel dos cristãos os maçons ousam tachar de profano, até que ele se renda aos assédios maçônicos, deixando-se conquistar. Que os não maçons são profanos na ótica maçônica, é fato confessado à página 6 da obra Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico, da Editora Maçônica, tomo II. Nessa obra somos “carinhosamente” chamados de “Amigos profanos.”
Outro termo pejorativo (?) atribuído a nós que não fazemos parte da confraria maçônica é “goteiras”. O Dicionário de Termos Maçônicos, da autoria do Senhor Plínio Barroso de Castro Filho, maçom do 33º Grau, define goteira assim: “Termo utilizado entre os maçons, para dizer que uma pessoa que está entre os irmãos não pertence à maçonaria.” E, como se todo esse desrespeito fosse pouco, o dito dicionário nos informa que entre os maçons, a palavra “impuro” significa “profano rejeitado pelas sindicâncias, quando proposto para ingressar nos mistérios da Maçonaria”. Isto significa que se um fiel servo de Deus rejeitar a proposta de se tornar maçom, alegando para tanto suas convicções cristãs, mas aceitar assistir a um “culto” maçônico, será visto como um “ilustre” visitante, portador de adjetivos que o qualificarão como “uma goteira profana e impura”. Esse “honorífico” título resultar-se-á de: a) não ser maçom; b) estar entre os maçons; c) não ter sido aprovado, devido às suas alegadas convicções religiosas. Bem, em termos religiosos, não me considero profano, pois pertenço à única religião verdadeira, que é o sangue de Jesus.
Não importa aos maçons se somos ou não discípulos daquele que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida,” Jo 8:12; visto que, na opinião deles, se não somos maçons, somos impuros, somos cegos, estamos nas trevas e carecemos de uma nova vida. Senão, vejamos: Faz parte do ritual de iniciação, que o neófito (ou “iniciando”) seja conduzido a uma sala sinistra, chamada Câmara de Reflexão, cujas paredes são completamente pretas. Esse ambiente macabro é “decorado” com esqueletos, cabeças de defuntos ... Então são-lhe (ao iniciando) passadas, entre outras, as seguintes informações, por escrito, nas paredes: “se perseveras, serás purificado pelos elementos; sairás do abismo das trevas e verás a luz.” E: “Breve passareis para uma vida nova” (Grifo meu). Logo após, ele é conduzido à Loja e, em lá chegando, é apresentado ao Guarda do Templo como “um profano em estado de cegueira, que deseja ser iniciado nos Augustos Mistérios da Maçonaria”11 (Grifo meu [Um ex-maçom do 14º Grau, ex-professor de Teologia deste autor, ratificou estas informações pessoalmente]).
Quando um cristão daqueles que sabem em quem têm crido, questiona o assédio maçônico, rejeitando a proposta de conversão à Maçonaria, dizendo ao seu pretendente que ele não é profano, mas santo; que não está nas trevas, mas na luz de Cristo; que está indo para a Casa do Pai; e que por conseguinte, não aspira a suposta “Loja Celestial” dos maçons, ouve, segundo o John Ankerberg e John Weldon, evasivas mais ou menos assim: “Não estou dizendo que você precisa tornar-se maçom para ir morar no Céu, o
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que estou afirmando é que os princípios representados na Maçonaria podem torná-lo melhor.” Mas, a esse argumento podemos contrapor: Será que a Maçonaria é melhor do que Cristo? Será que o Cristianismo é incompleto? Será que a Maçonaria é superior ao Cristianismo? Será que o apóstolo João equivocou-se, quando afirmou que os cristãos não têm o que aprender (em termos espirituais, é claro) com os incrédulos? (1 Jo 2:27). Será que a Maçonaria tem algo a acrescentar à vida de quem já conhece a Jesus? Certamente a Maçonaria teria muito a dar-nos, se ela fosse apenas um clube ou meramente uma entidade filantrópica. Todavia, já estamos cientes de que ela é uma religião; estando, conseqüentemente, os que querem abraçá-la sem abrir mão da fé cristã, tentando servir a dois senhores simultaneamente.
À luz das considerações supra, julgamos óbvia a conclusão de que a cúpula maçônica desdenha todas as religiões, inclusive o Cristianismo, não dando aos cristãos o respeito que lhes é devido. Ademais, apresenta o seu instituto religioso como não apenas a religião mais certa, mas, pior ainda: a única verdadeira, à qual até os cristãos devem se unir para deixarem de ser cegos, profanos, impuros... e receberem uma nova vida.
C) É pagã
Nos livros anti-maçonaria que li, encontrei vários indícios de paganismo na Maçonaria, mas por agora consideramos apenas os dois exemplos abaixo.
a) Adultera o nome de Deus
Segundo os livros Maçonaria do Outro Lado da LUz e Os Ensinos Secretos da Maçonaria, supracitados, a maçonaria ensina que o verdadeiro nome de Deus se perdeu, e que ela o recuperou; e acrescenta que o Seu nome é Jabulom.12 O senhor William nos disse ainda que este nome composto resulta da junção de Jeová (primeira sílaba), Baal (segunda sílaba) e Osíris (terceira sílaba). Respectivamente são: O Deus da Bíblia; um dos deuses dos cananeus; e um dos deuses dos egípcios. As variantes ocorrem por efeito de corruptela. Por exemplo, Já, ou Jah (a primeira sílaba de Jabulom) é o mesmo que Jeová ou Iavé, escrito abreviadamente em hebraico. Essa junção do nome do Deus bíblico, aos nomes dos deuses dos pagãos, é sacrilégio. Logo, profanos não somos nós, e sim, os maçons. Com que objetivo a cúpula maçônica deu esse sacrílego nome a Deus? Pretendem ridicularizá-lo, igualando-o aos ídolos do paganismo? Não o que eles têm a dizer, mas suponho que diriam que o fazem para não se posicionarem em defesa de uma crença, visto que a Maçonaria não seria uma religião, e sim, uma agremiação de homens de bem oriundos das mais diversas crenças, donde a importância de sua neutralidade religiosa como instituição. Porém, a Maçonaria seria muito mais neutra se (ao invés de dar a Deus um nome que, com naturalidade, expõe quão genérico é o deus maçônico), omitisse a palavra “Deus” de seu corpo de doutrinas.
b) Os maçons têm um “santo” protetor?
O Pastor Raimundo F. de Oliveira fez constar em seu livro Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, que o “pastor” presbiteriano Jorge Buarque Lira, maçom convicto, em seu livro A Maçonaria e o Cristianismo, Editora Aurora, página 128, nos informa que a Maçonaria adotou um “santo” protetor chamado São João Esmoler ou São João de Jerusalém. 13 Ora, se isso não é paganismo, então não há idolatria na “Igreja” Católica. Aliás, esse santo extra bíblico foi canonizado por Roma.
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3.1.4. Engana os maçons
Como já vimos, oficialmente a Maçonaria assume que é uma instituição religiosa; mas, oficiosamente, nem sempre é assim. “A maioria dos maçons é inflexível em declarar que a maçonaria não é uma religião...”, disse John Ankerberg e John Weldon14. “A maçonaria professa ser religiosa sem ser uma religião” (Maçonaria do Outro Lado da Luz, página 31). Estas declarações, da autoria de peritos na arte de desmascarar a Maçonaria, nos alerta para a realidade de que a hipocrisia impera na Maçonaria. Detectamos duas exibições de hipocrisia nessas declarações. A primeira consiste no fato de que, se oficialmente, a Maçonaria assume que é uma religião, por que, oficiosamente, a maioria dos maçons ousa negá-lo? Eles o fazem por ingenuidade, ou por má-fé? Na segunda declaração, a ambigüidade salta aos olhos, pois é como se dissessem que a Maçonaria é mas não é.
A Maçonaria diz aos seus candidatos que não os impede de seguirem suas convicções religiosas, desde que não sejam ateus e adorem a Deus. Depois, porém, no 30.º Grau, é dito que o indivíduo jamais será um verdadeiro maçom se não abandonar “para sempre todas as superstições e preconceitos” de sua religião (Os Ensinos Secretos da Maçonaria, Edições Vida Nova, de John Ankerberg e John Weldon, página 140, citando J. Blanchard, Scottish Rite Illustrated, 2: 263-4).
3.1.5. É arrogante e leviana
Na introdução a este tópico sobre a confraria maçônica, prometemos provar que a Maçonaria é arrogante. Cremos que isso já está documentado em 2. 2, visto termos provado com farta demonstração que a Maçonaria é suficientemente arrogante para se julgar superior ao Cristianismo. Entretanto, queremos registrar aqui mais um exemplo da arrogância que lhe é peculiar, a saber, o juramento que o candidato a maçom tem que proferir, como ritual de iniciação: “...Juro e prometo com a maior solenidade e sinceridade..., prendendo a mim mesmo com uma penalidade nada menor do que ter minha garganta cortada, minha língua partida e o meu corpo enterrado nas areias..., se eu violar esse meu compromisso de Iniciação de Aprendiz. Que Deus me ajude e me guarde inabalável na devida realização do mesmo...”.[19] Este juramento, que todo profano tem que fazer para ingressar-se na Maçonaria é, inegavelmente, comprometedor, pois compromete a Maçonaria e o novo maçom. Este, por estar ignorando que só Deus, por ser o único dador da vida, pode tirá-la. Ele está delegando a terceiros o poder de tocar naquilo que não lhe pertence: a sua vida. Além disso, se compromete a guardar tudo quanto lhe for segredado. E tais confidências tenham que ser denunciadas? E aquela, porque revela com tal exigência, ser uma entidade “beneficente” de meter medo. Por que tão severo juramento, ao arregimentar homens de bem, a fim de que juntos, promovam a caridade? Por que uma simples instituição filantrópica obrigaria os seus novos integrantes a jurarem como se estivessem entrando para o crime organizado? Aqui a Maçonaria entra num beco sem saída: se os maçons disserem que esse juramento é uma simples simulação, e que, portanto, não significa o que diz, podemos dizer da Maçonaria o seguinte:
Ela não é séria:
Se o juramento ritual de admissão na Maçonaria, não é a expressão da verdade, o que é verdade lá? Se o juramento maçônico não diz o que diz, onde estaria a seriedade nessa instituição? Porventura não é leviandade jurar só para inglês ver?
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Toma o nome de Deus em vão
O juramento que se exige do aspirante a maçom, é feito em nome de Deus: “Que Deus me ajude e me guarde inabalável na devida realização do mesmo.” Como vimos acima, esta é a pronunciação do novel maçom. E, como se não bastasse, nos países cristãos o iniciando jura com sua mão direita sobre a Bíblia, que então é até beijada (Duncan’s Masonic Ritual and Monitor, páginas 34, 35). Ora, como ousam jurar de mentirinha, em nome de Deus e com a mão sobre a Bíblia? Se esse gesto repugnante não é profanar o nome de Deus, o que os maçons entendem por profanação? Será que para os maçons, a única profanação é não ser maçom? Parece-nos que sim. Entretanto concluímos que o temerário juramento que a Maçonaria exige dos seus neófitos, além de ser arrogante e sacrílego, se faz passar por leviandade. É arrogante, pois nenhuma instituição, quer religiosa, quer filantrópica, pode, em hipótese alguma, insinuar tirar a vida dos seus abjuradores. É sacrílego, pois viola o santo nome de Deus, bem como Sua santa Palavra. E será leviandade, se os maçons não fizerem o juramento valer, não executando os que, renegando a Maçonaria, revelarem ao mundo o que os maçons acham que nós, os “profanos”, não podemos saber. De fato, jurar pro forma em nome de Deus, é o cúmulo do absurdo! Sim, é o cúmulo, mas não mais sacrílego do que dizer que Deus é JABULOM.
3.1.6. É falólatra?!
Que o esquadro e compasso são símbolos maçônicos, é algo de domínio público. O que a maioria (não só dos “profanos”, mas também dos maçons de graus inferiores) não sabe, é que, segundo denúncias do ex- maçom William, supracitado, tais símbolos estão relacionados com o “falo”, que o Novo Dicionário Aurélio define assim: “Representação do pênis, adorado pelos antigos como símbolo da fecundidade da natureza”. Relembramos que um dos ex-professores de Teologia deste autor é ex-maçom do 14º Grau. Foi ele o primeiro a nos informar isso. Mais tarde essa informação verbal foi ratificada por escrito, quando o irmão William Schnoebelen, ex-maçom do 32º Grau, lançou o seu livro Maçonaria do Outro Lado da Luz. Às páginas 147-148, ele registrou: “...Todos os tipos de significados benignos são atribuídos aos instrumentos de trabalho do maçom nos graus inferiores. Por exemplo, contam-lhe assim o significado do esquadro e do compasso: ‘...o esquadro, para tornar retas as nossas ações; o compasso, para nos circunscrever e manter dentro das obrigações de toda a humanidade, e principalmente com um irmão maçom’ . Contudo, se o candidato tomar tempo para ler alguns dos livros da biblioteca de sua Loja, ele descobrirá alguns significados mais perturbadores. Aqui o esquadro e o compasso estão relacionados com o ‘ponto no interior do círculo.’ O nível mais profundo do simbolismo é revelado por Albert Mackey, 33º grau: ‘o ponto no interior do círculo é um símbolo importante na franco-maçonaria...O símbolo é na verdade uma alusão bela...à antiga adoração do sol, e apresenta-nos pela primeira vez àquela variação dela, conhecida pelos antigos como adoração do falo’’
Em sua Enciclopédia definitiva, o mesmo autor escreve: ‘O falo era uma representação esculpida do órgão de geração masculina e diz-se que a sua adoração originou-se no Egito. Nos Mistérios...encontramos a origem remota do ponto no interior do círculo, um antigo símbolo que foi primeiro adotado pelos antigos adoradores do sol...e incorporado no simbolismo da franco-maçonaria.’ ” (grifo nosso).
O vocábulo “falólatra”, que serviu de epígrafe deste subtítulo, é neologismo deste autor, e significa culto ao falo. Como vimos, o senhor William sustenta que quer
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conscientes, quer não, os maçons cultuam ao falo. Perguntamos: Por que perpetuam então a memória dessas obscenidades? Por que algo tão indecoroso constitui um dos símbolos mais expressivos da maçonaria? Consideremos que a Bíblia não é símbolo universal na maçonaria, visto ser substituída por outras “escrituras sagradas” das religiões não cristãs, nos países onde o Cristianismo não é predominante. Tal, porém, não se dá com o esquadro e o compasso que se fazem presentes em todas as Lojas do mundo. E o mais repugnante é que nos países cristãos, o compasso e o esquadro descansam sobre uma Bíblia aberta! Que sacrilégio!
3.1.7. É antipatriota?!
Inegavelmente, a Maçonaria tem contribuído para o desenvolvimento de muitos países em derredor do mundo. A França se beneficiou muito da atuação dos maçons. No Brasil, o trabalho sociopolítico dos maçons jamais poderá ser esquecido, sem sermos ingratos para com eles. Contudo, segundo o senhor Willian já citado,se não dermos à Maçonaria o direito de pintar e bordar, como pagamento pelo bom serviço prestado, temos que aquiescermos à triste realidade de que essa religião pode representar uma ameaça à soberania nacional de qualquer país. Por exemplo, veja estes juramentos extraídos da obra do senhor William: “Manterei todos os segredos de um Companheiro Maçom...sem exceções...” e “...o avisarei de todo o perigo que se aproximar, no limite das minhas possibilidades” (Duncan’s Masonic Ritual and Monitor, páginas 34-3516 . Sobre esses juramentos, William Schnoebelen observou: “Tais juramentos podem interferir com as obrigações do maçom para com sua nação. Já ouvi vários maçons jactanciando-se de que, durante a Segunda Grande Guerra Mundial, os franco-maçons alemães deram tratamento especial aos militares maçons dos Estados Unidos. Para uns poucos, até mesmo escapar era permitido. Em retrospectiva isso foi bom para os norte-americanos, mas aqueles maçons alemães cometeram alta traição.” (Maçonaria do Outro Lado da Luz, páginas 91-92).
Realmente, a menos que os juramentos acima também sejam de mentirinha, ou uma calúnia do irmão “transviado” (William Schnoebelen), a Maçonaria é caso de polícia.
3.1.8. É política e bruxaria num mesmo caldeirão?
Do que já trouxemos a lume, claro está, a menos que William Schnoebelen, John Ankerberg e John Weldom estejam caluniamdo, a Maçonaria vem do fosso do Inferno. Do sincretismo entre Sindicato, Política e bruxaria nasceu a Maçonaria. William Schnoebelen concluiu: “Esta fusão final da política com a bruxaria criou a franco-maçonaria que conhecemos hoje.” (Maçonaria do Outro Lado da Luz , página 191).
Dois dos muitos indícios de que a bruxaria é um dos ingredientes que constituem a Maçonaria, consiste no fato de que bode e crânio humano são símbolos relevantes na agremiação maçônica. A loja intitulada Casa do Maçom, em seu Catálogo de Ofertas 2001, n.º 2, à primeira página faz constar, entre outros produtos inusitados, um bode em gesso de 19 centímetros de altura e um crânio em resina, ambos ao custo de R$ 54,00 (cerca de $ 25,00 atualmente). Os clientes podem acessar www.casadomacom.com.br E-mail: casadomacom @ itanetrj.com.br
Que o bode é um símbolo da bruxaria, a própria Maçonaria o admite oficialmente. Senão, vejamos: “... De onde provém o bode do Sabbat (festa de bruxas), irmão da
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Antiga Serpente e Portador de Luz ou Fósfor...” ² Não temos nada contra os cabritos, mas a veneração maçônica aos bodes é, de fato, sintomática.
Bem, o bode prova a presença da bruxaria na Maçonaria? E o elemento político? Podemos encontrá-lo também na Maçonaria? Sim, podemos. Nem mesmo necessitamos provar isto, considerando que os maçons, muito longe de negarem este fato, ufanam-se do mesmo. Dissemos na introdução a esta obra sobre a Maçonaria, que essa entidade prestou inegável trabalho sociopolítico ao Brasil. Até mesmo nós, os evangélicos, devemos à Maçonaria. Só para exemplificar, a liberdade de culto tolhida no Brasil durante séculos, pela Inquisição católica, bem como a emancipação da Igreja em relação ao Estado, tiveram nos maçons ardorosos defensores, até porque eles também eram vítimas da intolerância da Igreja Católica, que chegou a estabelecer no solo brasileiro a famigerada “Santa Inquisição.” Assim fica provado que ela é política. Não há mal algum em ser política, apenas demonstro as evidências de seu envolvimento com assuntos políticos, o que parece confirmar o que asseverou William, quando disse que política e bruxaria constituem a Maçonaria. Não nos deixemos, pois, enganar; antes conscientizemo-nos que a “vovozinha” é lobo.
3.1.9. É satanista?!
Pasme o leitor, mas William Schnoebelen asseverou, citando o que ele chamou de obras maçônicas, que a Maçonaria é satanismo. As provas de que o Diabo está solto na Maçonaria, são muitas; contudo, alistamos apenas as que se seguem:
a) A respeito de Abadom
O deus maçônico é chamado também de Abadom (Maçonaria do Outro Lado da Luz, página 59, CLC Editora), segundo a cúpula maçônica. A Bíblia, porém, nos diz que Abadom (hebraico) é o mesmo que Apoliom (grego). Este nome significa Destruidor. É, pois, um bom qualificativo para Satanás, que só sabe matar, roubar e destruir; mas não coaduna bem na Pessoa do Deus da Bíblia, que só destrói as obras do Diabo, o que equivale a construir o que este (o Diabo) destruiu. Logo, Deus é Construtor, não Destruidor. Destruidor é só o deus dos maçons. Ainda bem que eles sabem disso.
O nome que a cúpula maçônica dá ao seu deus, não é uma sutil revelação de que a Maçonaria é satanista? Não respondo a esta pergunto, mas reflito com o leitor.
Ora, o nome “Abadom” cai como uma luva na pessoa do Diabo. E quando lemos Apocalipse 9:11, fica confirmado que se trata mesmo de Satanás, visto afirmar que o mesmo é o rei dos “gafanhotos” (demônios), bem como o anjo do abismo: “Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e em grego Apoliom.”
Por que a Maçonaria dá a Deus o mesmo nome que a Bíblia dá ao Diabo? É mera coincidência? Não seria o Diabo tentando pagar na mesma moeda, isto é, Deus dizendo-lhe: “Tu és Abadom”; e ele retrucando: “Abadom és tu”? Doutro modo, respondam-nos os maçons: Onde vocês arranjaram isso?
b) A respeito de Jabulom
Já denunciamos esse ultraje em 2.3.1. Contudo, é oportuno dizer mais uma vez que tão grande engodo só pode ser obra do Bicho. Não sei se todos os maçons sabem que o deus Maçom é abadom, mas se sabem certamente (suponho eu) dizem que Deus é Jabulom sem saber o que estão dizendo. Porém, certamente este não era o caso dos autores dessa heresia. Eles naturalmente tinham conhecimento de causa.
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c) Paródia da Santa Ceia?!
Referindo-se ao ritual de iniciação ao Grau intitulado Ordem dos Cavaleiros Templários (Rito de York), o ex-maçom William Schnoebelen denunciou: “...O candidato é trazido diante de uma mesa...contendo onze cálices...e um crânio humano...sobre uma Bíblia. (...) Isso pretende ser a Última Ceia...
“Pede-se ao candidato para participar de cinco libações (drinques). As três primeiras...são...em memória dos heróis maçônicos... A quarta libação é para a memória de Simão de Cirene, e a quinta é a mais sinistra de todas...esta lhe é oferecida num crânio humano...” (Maçonaria do Outro Lado da Luz, páginas 67 a 69).
Se os maçons aquiescerem quanto à autenticidade da denúncia acima, teremos na mesma mais uma forte pista de satanismo na maçonaria, considerando que beber vinho em crânio de defunto pode ser falta de higiene, falta de respeito aos mortos, satanismo ou qualquer outra coisa, menos uma atitude vinculada de alguma forma ao Cristianismo. Essa macabra paródia da Santa Ceia do Senhor seria uma sátira ao Sacrossanto nome do Nosso Venerável Mestre Jesus, equivalente à Missa Negra dos satanistas.
Satanista não é o mesmo que satânico. A diferença é que o satanista tem consciência de que está adorando ao Diabo. É este o caso da cúpula da maçonaria, segundo Willian Schnoebelen, e ex-adeptos por mim consultados. Uma atitude satânica, porém, nem sempre é consciente.
Rituais satanistas é, então, segundo o senhor Willian, o que predomina na Maçonaria. A Maçonaria está, segundo as denúncias dos ex-adeptos acima mencionados, cem por cento comprometida com o Ocultismo, com o paganismo, e até com o satanismo. Os rituais teriam por objetivo levar os maçons a adorarem o Diabo, ainda que inconscientemente, até que a lavagem cerebral os prepare para serem satanistas assumidos. Veremos mais sobre isto em 2.9.4, que é o tópico seguinte.
d) Tirando as máscaras
Assim como Jeová, Elohim e outros, Adonay é um dos nomes do Deus da Bíblia. Damos esta informação para facilitar a compreensão do que pretendo expor no presente subtópico, a saber, segundo denuncia o supracitado William, essa falsa religião prega que Deus é mau e que o Diabo é bom. Mas ela o faz, segundo William, usando os termos Adonay e Lúcifer. Assim, uma pessoa que não esteja familiarizada com a Bíblia, talvez não consiga captar a mensagem.
O Livro Maçonaria do Outro Lado da Luz, é categórico: a Maçonaria é satanismo. E argumenta demonstrando provas tais que, das duas uma: ou a maçonaria é, de fato, satanista, ou o seu autor é mentiroso. Sim, que a maçonaria é satanismo, os ex-adeptos apresentam como provas o seguinte: Albert Pike, expoente maçom, teria dito o seguinte:
“A religião maçônica deve ser, por todos nós iniciados do alto grau, mantida na pureza da doutrina Luciferiana.
“Caso Lúcifer não fosse Deus...será que Adonay e seus sacerdotes o caluniariam?”
“Sim, Lúcifer é Deus, e infelizmente Adonay também é deus...
“Desta forma... a religião... pura e verdadeira é a crença em Lúcifer, o equivalente de Adonay; mas Lúcifer, Deus da Luz e Deus do Bem, está batalhando pela humanidade contra Adonay, o Deus das trevas e do Mal.” 17
O Pastor J. Scott Horrell afirma que Albert Pike fez a seguinte declaração: “O Deus de noventa e cinco por cento do mundo cristão é apenas Baal, Moloque, Zeus _ ou, na melhor das hipóteses _ Osíris, Mithas ou Adonai, sob outro nome, adorado através das antigas cerimônias pagãs e fórmulas ritualistas” (Maçonaria e Fé Cristã,
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Editora Mundo Cristão, 3ª edição/2000, página 71). E como prova disso o Pastor Horrell cita o próprio livro de Albert Pike, páginas 295-296.
Na página 102 do livro Moral and Dogmas (Moral e Dogmas), de autoria de Albert Pike consta que “satanás não é uma Pessoa, mas uma Força criada para o bem, mas que pode servir para o mal”. E à página 321 dessa mesma obra _ Morals and Dogma _, li o que me pareceram palavras de exaltação a Lúcifer. Mas, para que o respeitável leitor não seja induzido por mim a ter mau juízo do falecido que, por isso mesmo, não está aqui para se defender de minhas acusações, vou copiar suas palavras e, a seguir, traduzi-las, possibilitando assim que o leitor tire suas próprias conclusões. Eis a cópia: “LUCIFER, the Light-bearer! Strange and mysterious name to give to the Spirit of Darkness! Lucifer, the Son of the Morning! Is it he who bears the Light, and with its splendors intolerable blinds feeble, sensual, or selfish Souls? Doubt in not!” Agora, vamos à prometida tradução: [...] “Lúcifer, o portador da luz! Nome estranho e misterioso para se dar ao Espírito das Trevas! Lúcifer, o Filho da Alva! Será ele o que traz a luz, e com o seu esplendor insuportável cega as almas fracas, sensuais ou egoístas? Sem dúvida que não” [...].
Os ex-maçons com os quais tenho dialogado são unânimes em afirmar que embora haja na Maçonaria indícios de satanismo desde o primeiro Grau, a cúpula maçônica ousa revelar a essência satanista da Maçonaria, somente aos que galgam os píncaros dessa “religião”. Os de Graus inferiores são considerados indignos de tão grande revelação. Os tais são tapeados de propósito, enquanto sofrem uma espécie de lavagem cerebral, através de cursos caríssimos, sem os quais lhes é impossível ascender ao Grau seguinte, quando aprendem coisas “profundas”, como estas:
• O nome de Deus se perdeu
• O nome de Deus é JABULOM
• O nome de Deus é ABADOM
• Deus é G.A.D.U (Grande Arquiteto do Universo)
• (...)
Como pretendida prova da autenticidade do que foi dito sobre o obscurantismo no qual vivem os maçons que ainda não reúnem méritos à “sublime” revelação de que o Deus dos maçons é o Diabo, o ex-maçom William Schnoebelen, em seu livro Maçonaria do Outro Lado da Luz, às páginas 146-147, faz constar que aos maçons do 33º Grau se dá a seguinte instrução: “Os Graus da Loja Azul estão apenas no pátio exterior ou pórtico do Templo. Parte dos símbolos são apresentados lá para o iniciando, mas ele é intencionalmente desencaminhado por falsas interpretações. Não se planeja que ele os deva entender, mas planeja-se que ele imagina que os entenda”.
“A maçonaria... encobre seus segredos de todos, exceto dos Adeptos Sábios, ou Eleitos, e usa explicações falsas e interpretações errôneas dos seus símbolos para desencaminhar aqueles que só merecem ser desencaminhados; oculta deles a Verdade, que chama de Luz, e os atrai para longe dela. A verdade não se destina aos que são indignos ou incapazes de recebê-la, ou que poderiam pervertê-la”.
Que verdade é essa que a cúpula maçônica acha que só os “Adeptos Sábios ou Eleitos” podem conhecer? Resposta: Segundo William, é a “sublime” revelação de que o famoso GADU, do qual o maçom ouviu falar com freqüência desde o Primeiro Grau da Loja Azul, é o Diabo. Ele diz isso à página 196 do seu livro supracitado, que copia de um livro maçônico o que se segue: “...Não importa qual seja o rito, o Grande Arquiteto do Universo não é o Deus adorado pelo cristãos.”
Se GADU não é o Deus dos cristãos, ou seja, o Deus da Bíblia, quem é ele então? Como o leitor pode observar, a última transcrição acima, está precedida de reticências. O texto omitido nessas reticências diz, parcialmente o seguinte: “... Lúcifer é ... o Deus
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da Luz e da Bondade combatendo a favor da humanidade contra Adonay, o Deus das Trevas e do Mal...”.
Do exposto acima, a menos que o senhor William tenha caluniado a Maçonaria, vê-se nitidamente que autoridades maçônicas afirmam sem rodeios que Lúcifer, isto é, Satanás, é quem é o GADU que eles adoram. Certa irmã em Cristo disse-me que ao exibir estes dados a um maçom, ouviu a seguinte evasiva: “no princípio realmente houve na Maçonaria um envolvimento com o satanismo, mas a Ordem passou por uma reforma. Hoje não temos mais nada a ver como Diabo”. Achei isso muito interessante pelo seguinte: O tal maçom não teria então negado a denúncia do senhor William. Ademais precisamos lembrar que tal declaração só seria verdade se tivessem removido os resíduos deixados, como, por exemplo, o fato de chamarem Deus de Jabulom e Abadom. Mas como já notamos, essa instituição está cheia de heresias e profanações ao santo nome de Deus, o que prova que o dedo de satã ainda está lá. Fujamos, pois, dela!
3.1.10. Símbolos maçônicos
Os membros da Maçonaria se dão a conhecer entre si por meio de sinais secretos. São muitos os tais sinais esotéricos e todos eles são dignos de estudo, mas por enquanto queremos informar apenas que os mesmos permitem que os maçons se identifiquem sem que os “profanos” dêem conta disso. Essa identificação é importantíssima aos maçons, já que eles têm o compromisso de se ajudarem mutuamente em tudo. Segundo William Schnoebelen, muitas injustiças são praticadas nos tribunais, em todo o mundo, por juizes e advogados injustos que tudo fazem para defender seus irmãos maçons. Ainda segundo o irmão William, corremos também o risco de perdermos um bom emprego, visto que se concorrermos a uma vaga numa empresa com um maçom, este será preferido, e nós, os profanos, preteridos, se o chefe do setor de recrutamento for maçom. No intuito de provar isso, ele nos diz em seu livro, que o candidato ao Grau do Real Arco assume durante o ritual de promoção “empregar um Companheiro Maçom... em preferência a quaisquer outras pessoas de iguais qualificações.” ² (Maçonaria do Outro Lado da Luz, páginas 91-92 ). E: “...se um maçom aparece na corte contra um não-maçom, tudo o que tem a fazer é uma certa quantidade de gestos obscuros ou palavras ao juiz , e o juiz será obrigado a decretar em seu favor. Ninguém no salão da corte entenderá (exceto outro maçom, que seria proibido de trazer o incidente a lume”. 21
Estas demonstrações de falta de eqüidade justificam os sinais secretos da Maçonaria, bem como o severo juramento que o aspirante a maçom faz de nunca contar o que viu e ouviu, sob pena de ser executado pelos “seus amigos de fé e irmãos camaradas” que consigo congregam na “associação de homens de bem,” isto é, na “Instituição Filosófica, Religiosa, Científica e Filantrópica,” que é a Maçonaria, segundo o irmão William.
Será que os maçons precisam jurar não contar o que virem e ouvirem, porque a Maçonaria tem o que esconder? William Schnoebelen diz que sim. Eu, porém, nunca fui maçom, e...
3.1.11. Evangélicos típicos: “O cristão não pode ser maçom”
Referindo-se aos membros da Maçonaria que se dizem evangélicos, o Pastor Antonio Gilberto assim se expressou: “Melhor seria chamá-los desviados” (Lições Biblicas, CPAD_ Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 4º Trimestre de 1992, página30)
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O Pastor David Gomes, em seu livro Perguntas Que a Bíblia Responde, editado pela EBAR - Escola Bíblica do Ar, 3ª edição de 1978, à página 46 observou: “... Teríamos de concordar... que a um ... crente em Jesus, não haveria possibilidade de se pedir luz, pois o crente vive na luz de Deus e é a luz do mundo...”. O Pastor David Gomes assim se expressou porque a Maçonaria anda por aí oferecendo “luz” a todos, inclusive aos cristãos como já vimos em 2.2.
O famosíssimo evangelista Dwight L. Mood, disse: “Abandonai a Maçonaria.” (Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, de Raimundo F. de Oliveira, CPAD_9ª Edição de 1994, página 222)
Muitos cristãos verdadeiros, inclusive grandes apologistas da fé cristã, embora sejam contrários à Maçonaria e tudo façam para livrar a todos dessa arapuca de Satanás, declaram entretanto que crêem na possibilidade de um cristão sincero, porém mal informado, tornar-se adepto da Maçonaria por ignorância. Respeitamos os que assim pensam, mas informamos que não comungamos da mesma idéia. Preferimos crer que só a total cegueira espiritual, própria daqueles que por não terem nascido de novo, carecem de uma experiência com Deus, impossibilitaria alguém de enxergar o rabo do Diabo, cem por cento exposto em todos os Graus da Maçonaria.
A menos que a maçonaria prove que foi caluniada pelos autores anti maçonaria aqui citados, temos razões sobejas para concluirmos que a Maçonaria é incompatível com a genuína fé bíblica. Vejamos algumas dessas razões: esotéricas; i, não necessita da suposta “Loja Celestial”, que GADU prometeu aos maçons; Esmoler”; aprender com os discípulos de Jabulom; Abadom da Maçonaria; o “bode”; mundo, investe em Missões, não no reino das trevas. Sim, não dispomos de tempo e dinheiro para promover a profanação do nome de Deus. Não estamos a serviço de Abadom. “Vai -te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10);
As razões que acima apresentamos, objetivando provar que um cristão não pode se tornar maçom, apóiam-se no fato de que não é de bom alvitre um cristão seguir a duas religiões ao mesmo tempo. Os que o fazem são extremamente dúbios. Eles “chupam cana e assobiam” a um só tempo. E é claro que eles não conseguem conciliar isso harmoniosamente, já que os “crentes” maçons são membros de igrejas diametralmente opostas à Maçonaria, pois cremos na singular Divindade de Jesus, provamos e vimos que Adonay é bom (Sl 34.8), reconhecemos que só a Bíblia é a Palavra de Deus, etc. Ser evangélico e, simultaneamente, integrante de outra religião, é potencialmente impossível, mas tal impossibilidade é reforçada, quando essa religião profana o nome de Deus. E, pior ainda, se de fato ela é satanista. E como sabemos, os autores anti maçons aqui citados: Raimundo F. de Oliveira, John Ankerberg, John
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Weldom, J. Scott Horrell fazem afirmações tão severas que só admitem dois extremos: Ou são caluniadores, ou a Maçonaria tem culpa no cartório. Atente para o fato de que tais oponentes da Maçonaria citam os livros da própria Maçonaria, indicando os nomes dos autores, número das páginas donde transcrevem, nomes das editoras, número das edições, etc. Ora, se são caluniadores, por que não são processados? Por que os maçons não tiram seus livros de circulação? Garanto ao leitor que se alguém publicar um livro dizendo que minha igreja prega que o nome de Deus é Jabulom e Abadom, ou que pregamos que Deus é mau e que o diabo é bom, será por mim processado na hora. Reivindicarei que tal livro saia de circulação e exigirei indenização pelos danos morais. Por que a Maçonaria não o faz? Será que ela sabe que a justiça não decidirá a seu favor? Por que não?! Será que seus inimigos realmente podem provar o que contra ela dizem? Atentemos para o fato de que o livro do irmão William foi lançado originalmente nos USA. Logo nos Estados Unidos, onde se processa por qualquer coisa. E, como o leitor já viu, algumas de minhas afirmações constantes deste opúsculo não são de segunda mão, pois tive acesso a alguns livros maçônicos.
Certo irmão em Cristo nos confidenciou que perguntou ao seu “pastor” o seguinte: “Se o senhor tivesse que escolher entre a Maçonaria e a Igreja, qual seria a sua opção?” “Amo muito a Igreja, mas a Maçonaria eu não deixo não,” foi a resposta que o lobo deu.
Respondemos negativamente à pergunta que serviu de epígrafe deste 4º e último capítulo sobre a Maçonaria. Além disso, sugerimos que as ovelhas de Jesus fujam dos maçons que se fazem passar por Pastores, os quais querem servir a Jeová e a Jabulom ao mesmo tempo, bem como a Jesus e a Abadom concomitantemente.
Aos que ousam questionar a Maçonaria, William Schnoebelen avisa: “...Eu seria menos que honesto se não mencionasse que a ira da Loja pode ser enorme e assustadora. Carreiras foram arruinadas, reputações destruídas e até mesmo lares ou empresas queimados até o chão por maçons irados porque seu ‘brinquedo’ foi criticado. Ocorrem até ameaças de morte.” (Maçonaria do Outro Lado da Luz, página, 243 ). William Schnoebelen está sendo exato, ou fantasioso? Seja como for, doravante, caro irmão em Cristo, faça-nos, por favor, mais do que nunca, alvo de suas orações.
NOTAS
1 – OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus -, 9ª edição, 1.994, página 215.
2 – Schnoebelen, William. Maçonaria do Outro Lado da Luz, CLC Editora, 2ª edição, página 36.
3 – Ibidem, páginas 35-36.
4 – Ibidem, página 32.
5 – Ibidem, página 33.
6 – Ibidem.
7 – Masonic Ritual and Monitor (Ritual e Monitor Maçônico, 58:50; 69:88. Citado em Os Fatos Sobre a Maçonaria, de John Ankerberg e John Weldon, 2ª edição de 1.999, página 2.
8 – Os fatos sobre a Maçonaria, citado com maiores detalhes na nota de número 7, páginas 13, 14, 19.
9 – Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de n.º 2), página 36, citando Albert Mackey, em Mackey’s Revised Enciclopédia of Freemasonry, Macoy Publishing, Richmond, VA; 1.966, página 618.
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10 – Citado em Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos (ver nota de n.º 1), página 215.
11– Um dos ex-professores de Teologia deste autor, é ex-maçom do 14º Grau. Foi dele que colhemos as informações aqui exaradas. Estas informações coincidem com as que constam do livro Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos (ver nota de n.º 1), páginas 212-213.
12 – Os Fatos Sobre a Maçonaria (ver nota de n.º 7), página 51. Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de n.º 2), páginas 56-57. e Os Ensinos Secretos da Maçonaria, páginas 163-170).
13– Referido em Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos (ver nota de n.º 1) páginas 218-219.
14 – Os Fatos Sobre a Maçonaria (ver nota de n.º 7), página 19.
15 – Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de n.º 2), páginas 89-90.
16 – Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de n.º 2), página 91.
17– Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de nº 2), página 61, citando The Lost Keys of Freemasonry, página 48, Macoy Publishing, Richmond, VA, 1.976, página 65.
18 – Lições Bíblicas, CPAD, 4º trimestre de 1.992, página 30.
19 – OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos (ver nota de nº1), página 222.
20 – Duncan’s Masonic Ritual and Monitor, de M. C. Duncan, David Mckay Company, Inc; New York, s.d., página 230.
21 – Maçonaria do Outro Lado da Luz (ver nota de n.º 2), página 92.
BIBLIOGRAFIA
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2. LIMA, Elizeu Dourado de. Andando Com o Inimigo. E Myrian Cassou Terra Recco., Descoberta Editora Ltda. 1ª edição – junho de 2.000.
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5. ALENCAR, Renato de. Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico – Editora Maçônica, Tomo I – 1.968.
6. Ibidem, Tomo II, 1.970.
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8. CASALS, Pedro Henrique Lopes. O Segredo Maçônico, Editora Mandarino Ltda.
9. CASTRO FILHO, Plínio Barroso de. Dicionários de Termos Maçônicos. O autor é membro da Loja Defensores da Verdade – 104– Curitiba–Paraná- filiada à Grande Loja do Paraná.
10. OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, um Sinal dos Tempos – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 9ª edição de 1.994.
11. ANKERBERG, John; e WELDON John. Os Fatos Sobre a Maçonaria – Chamada da Meia-noite, 2ª edição, 1.999.
12. CABRAL, J. Religiões, Seitas e Heresias – Universal Produções, 4ª edição, 3ª tiragem - 2.000.
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13. Cristão Maçom. Panfleto do CPR – Centro de Pesquisas Religiosas – Teresópolis – RJ.
14. O Que os Pastores Devem Fazer Diante da Maçonaria. Panfleto do CPR – Centro de Pesquisas Religiosas – Teresópolis – RJ.
15. Quem disse que cristão não pode ser maçom? Panfleto do CPR – Centro de Pesquisas Religiosas – Teresópolis – RJ.
16. Defesa da Fé (periódico [revista] do ICP – Instituto Cristão de Pesquisas), ano 2, n.º 6, maio/junho de 1.998, páginas 12-25.
17. Lições Bíblicas. Revista trimestral, editada pela CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus (vários exemplares).
18. SCHNOEBELEN, William. Maçonaria do Outro Lado da Luz – CLC Editora – 2ª edição, 1.995.
19. GOMES, David. Perguntas Que a Bíblia Responde, EBAR – Escola Bíblica do Ar – 3ª edição, 1.978.
20. ANKERBERG e WELDON, John.Os Ensinos Secretos da Maçonaria, Edições Vida Nova, reimpressão de 2000.
21. LEADBEATEr,C. W. 33º. La Vida Oculta en La Masoneria, Editorial Kier, Buenos Aires_ Argentina.
22. HORRELL, J. Scott. Maçonaria e Fé Cristã, Editora Mundo Cristão, 3ª edição/2000.
3.2. Expondo o mormonismo
O nome oficial da Igreja Mórmon é A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. E, entre outras, essa seita prega as seguintes heresias:
a) É porque existe pecado, que podemos ter a bênção da vida eterna e sermos alegres e felizes. Existimos por causa do pecado;
b) Deus não criou o Universo do nada, visto que a matéria sempre existiu;
c) Não há um só Deus. A quantidade de Deuses é superior ao número de grãos de areia de um bilhão de mundos do tamanho do planeta Terra;
d) Deus é um homem exaltado e, por isso, tem um corpo de carne e osso tão tangível como o nosso;
e) Os negros, por serem amaldiçoados por Deus, têm nariz chato, são feios, desajeitados e sem inteligência. Eles são representantes do Diabo. Por isso, até 1978 eles e seus descendentes não podiam ser sacerdotes na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias;
f) Jesus Cristo é irmão do diabo;
g) Maria teve uma relação sexual com Deus, de cujo relacionamento engravidou e deu à luz Jesus. Logo, Jesus não nasceu de uma virgem, como muitos pensam;
h) O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três Deuses;
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i) A Bíblia, por ter sido adulterada, nada mais é que um instrumento do Diabo para escravizar os homens;
j) Os que não crêem em O Livro de Mórmon, que é superior à Bíblia, serão condenados;
l) O homem já existia antes de vir para o planeta Terra;
m) Seguindo fielmente à Igreja Mórmon, o homem tornar-se-á Deus Todo-Poderoso e, então, até os anjos lhe serão sujeitos;
n) Marido e mulher podem se tornar Deuses e continuar como esposo e esposa, no além, gerando filhos eternamente;
o) Enquanto estamos neste mundo podemos contribuir para a salvação dos que crêem no Evangelho após a morte, nos batizando por eles. Os mórmons que negligenciam esse ensino estão pondo “em perigo a si próprios”;
p) Não se deve adorar a Jesus e, por conseguinte, dirigir-lhe orações. Não é bom ter muita intimidade com Cristo;
q) Deus não é Deus desde a eternidade, pois tem um Pai e, portanto, um princípio. Ele evoluiu até tornar-se Deus;
r) Há muitos Deuses, mas Adão, que é Miguel, isto é, o Arcanjo ou Ancião de Dias, é o nosso único Deus;
s) Ninguém, nesta dispensação, entrará no Reino Celestial de Deus sem o consentimento de Joseph Smith; etc.
***
A Igreja Mórmon é um dos grupos religiosos que mais fazem proselitismo entre nós. Urge, pois, redobrado cuidado. Armemo-nos para evangelizá-los com eficiência, bem como para proteger o rebanho desses ensinos antibíblicos.
3.3. Expondo o adventismo do 7º Dia
Muitos evangélicos pensam que a Igreja Adventista do Sétimo Dia também é evangélica. Eu também já pensei assim. Hoje, porém, assevero que o Adventismo é falso. Até porque nada é mais falso do que o idêntico.
Entre outras, o Adventismo do Sétimo Dia prega as seguintes heresias:
a) os pecados dos cristãos, embora já estejam perdoados, ainda não estão cancelados;
b) sobre o que chamam de Purificação do Santuário Celestial, os adventistas dizem o seguinte: 1) em 1844 Jesus iniciou a purificação do Santuário Celestial; 2) o período de purificação do dito Santuário, chama-se Juízo Investigativo; 3) segundo a Bíblia, Jesus não voltará no decurso do dito Juízo Investigativo, e sim após; 4) haverá um espaço de tempo entre o término do referido Juízo Investigativo e a vinda de Cristo para arrebatar a Igreja; 5) no intervalo de tempo entre o fim do mencionado Juízo Investigativo e a
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vinda de Cristo, a porta da graça será fechada para nunca mais abrir; 6) não se sabe se já estamos no período que sucede o término da purificação do dito Santuário, bem como antecede a volta de Jesus e o subseqüente arrebatamento da igreja, por cujo motivo, não se sabe se ainda há salvação para os que, no presente, crêem em Cristo;
c) a Bíblia não é a única regra de fé e de prática do Cristão. Aliás, para que o dito fique pelo não-dito, o Adventismo prega, paralelamente, que a Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão;
d) Jesus é o arcanjo Miguel;
e) a observância do domingo será o sinal da Besta;
f) a inobservância do sábado semanal é motivo de perdição;
g) os que não se abstêm de café, coca-cola, presunto, mortadela, salame, camarão, lagosta, carne de porco... estão perdidos, isto é, estão indo para o inferno. (Observação: Ellen G. White, a papisa desse movimento espúrio, proibiu todo e qualquer tipo de carne, bem como manteiga, leite, queijo, ovos... sob a alegação de que um anjo lhe falava que assim deve ser);
h) não considera os evangélicos como aliados, mas sim, como um Campo Missionário, no qual investe com afinco e muito tato, empreendendo nos conquistar para o Adventismo;
i) ensina que os pastores evangélicos reproduzem mensagem de Satanás;
j) prega o chamado “sono da alma”, isto é, nega a existência de vida consciente no chamado Período Intermediário, a saber, entre a morte e a ressurreição;
l) nega a imortalidade da alma e, por conseguinte, insiste que não haverá tormento eterno para o diabo, os demônios e os homens que se perderem. Ao invés disso, alega que os mesmos, após serem atormentados no lago fogo, serão extintos. Em outras palavras, após torturá-los no inferno, Deus lhes dará o tiro de misericórdia, extinguindo-os;
m) diz que só a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a única que tem a verdade, é a verdadeira Igreja, a única Esposa do Cordeiro, qualificando como falsas todas as demais igrejas;
n) comete o sacrilégio de dizer que Jesus Cristo era portador da natureza pecaminosa, mais conhecida por pecado original, comum a todos os descendentes de Adão;
o) na profissão de fé dessa seita, consta que o candidato ao batismo confesse que crê no “espírito de profecia”, isto é, na inspiração divina dos escritos de Ellen White, escritos estes considerados por essa seita como sendo tão inspirados por Deus quanto a Bíblia;
p) sustenta que os pecados dos verdadeiros cristãos serão castigados e expiados na pessoa do diabo, etc.
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Do esposado acima, porventura podemos, em sã consciência, dizer que o Adventismo é cristão na verdadeira concepção deste termo? Obviamente que não. E, sendo assim, alertemos as ovelhas do sumo Pastor. Não permitamos que esse lobo _ o Adventismo _ abocanhe as ovelhas que o Amo pôs sob o cajado que Ele nos confiou!
3.4. Expondo o catolicismo romano
A exposição abaixo não é cópia; antes, falo com minhas próprias palavras.
A Igreja Católica está pregando que:
1) a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo. E, portanto, fora dela não há salvação para os que sabem disso;
2) a missão de Jesus não é salvar os pecadores, mas sim, julgá-los e puni-los. Quem tem por ofício nos salvar, é Maria, não Cristo;
3) as estátuas de Maria podem chorar, sorrir, sangrar, exalar fragrância e até falar;
4) Maria morreu para nos salvar, ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu em corpo e alma, onde, como Rainha junto ao Rei, intercede por nós junto a Cristo. Aliás, a suposta ressurreição de Maria já é doutrina de fé, mas ainda não é artigo de fé, isto é, dogma. Logo, se algum católico crer que ela foi assunta ao Céu, sem passar pela morte, não será, por isso, excomungado;
5) Maria, a quem o Pai deu o ofício de nos salvar, é:
 a verdadeira medianeira entre Deus e os homens;
 a única advogada dos pecadores;
 nosso único refúgio;
 a salvadora da humanidade;
 a porta de acesso ao Céu, pela qual, todos os que se salvam, têm que passar;
 a escada do Paraíso;
 o caminho que conduz a Deus;
 nossa Co-redentora;
 nossa Senhora;
 nossa Mãe; etc.
6) Sobre o perdão dos pecados, a Igreja Católica prega o seguinte:
 o perdão dos pecados não anula a sentença do pecador, mas tão-somente diminui a pena; por cujo motivo, para cada pecado perdoado há uma pena a ser
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cumprida. Logo, o perdoado não poderá entrar no Céu sem antes cumprir a pena devida pelo pecado já perdoado. Além disso, ter-se-á que se tornar perfeito;
 a pena devida pelo pecado já perdoado pode ser cumprida neste mundo através de boas obras e/ou sofrimentos. Mas, se não for cumprida aqui na Terra, sê-lo-á no além-túmulo, no estado chamado purgatório;
 há um expediente chamado indulgência, que se divide em duas: plenária e parcial. Esta diminui a pena que o perdoado tem que cumprir antes de entrar no Céu; e aquela elimina todas as marcas deixadas pelo pecado já perdoado. Portanto, a menos que o portador de uma indulgência plenária ainda não tenha se tornado perfeito, à morte irá direto para o Paraíso Celestial.
7) Os recém-nascidos não-batizados não são filhos de Deus, mas sim, escravos do poder das trevas e estão debaixo do poder do Maligno. E, se morrerem sem o batismo, vão para um lugar onde não podem ver a face de Deus. Neste lugar, tais criancinhas vivem um estado chamado Limbo, do qual talvez possam sair um dia;
8) Sobre a Bíblia, a Igreja Católica prega o que se segue:
 só o Papa pode interpretar corretamente a Bíblia. E sua pronunciação ex-cátedra é isenta de todo e qualquer erro. Logo, quando, neste caso, nossa interpretação não coincide com a dele, invariavelmente o erro está em nós. E, sendo assim, todos, inclusive os bispos, devem duvidar da autenticidade de possíveis conclusões pessoais opostas à pronunciação ex-cátedra de Sua Santidade, já que esta é infalível;
 a Bíblia dos evangélicos é incompleta e indigna de confiança. É incompleta porque não contém os Deuterocanônicos, que eles (os evangélicos) chamam de Apócrifos; e é indigna de confiança porque não desfruta do IMPRIMATUR de uma autoridade católica, isto é, o próprio Papa ou um Bispo ordenado pelo sucessor de São Pedro;
 a Bíblia, além de conter erros, não é a única fonte de fé do cristão, visto que Deus nos deu também a Tradição (isto é, a pregação de Jesus Cristo que não foi escrita, mas transmitida oralmente através dos séculos, pelo clero da Igreja católica) e o infalível Magistério da Igreja (o Papa e os Bispos), o único encarregado por Deus de interpretá-la corretamente;
 embora a Bíblia e a Tradição constituam “um só sagrado depósito da Palavra de Deus”, a Tradição está acima da Bíblia;
 os Bispos também são infalíveis na interpretação da Bíblia, mas só enquanto em comunhão com o Papa. Conseqüentemente, se um bispo pronunciar contra uma declaração ex-cátedra de Sua Santidade, demonstrará, com isso, que já não está em comunhão com o sucessor de São Pedro; e que, portanto, não deve ser seguido, visto estar claro que já perdeu o carisma de infalibilidade com a qual Cristo dotou o Magistério da Igreja;
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 diferentemente dos Bispos e seus superiores hierárquicos, os Padres não são infalíveis, pois não receberam de Deus o ofício de interpretar a Bíblia, mas sim, o de repetir aos ouvidos de seus fiéis, o que foi decidido pelo infalível Magistério da Igreja. E aos leigos compete acatar, sem questionar, visto que nenhuma das pronunciações ex-cátedra de Sua Santidade, está em discussão;
9) o pão (hóstia) da Eucaristia (que nós, os evangélicos, chamamos de Santa Ceia do Senhor), devido à transubstanciação, não é um símbolo do corpo de Cristo, mas sim, o próprio Jesus. A hóstia é Jesus Cristo completo, com Seu corpo, Sua alma, Seu sangue, Sua divindade... Santo Tomás de Aquino cria que até os ossos, nervos, e tudo o mais, de Cristo, estão presentes na hóstia. E a esse “jesus” transubstanciado, também chamado de Jesus Eucarístico, os clérigos católicos prestam o culto supremo de adoração, devido somente a Deus, já que Cristo é Deus, e a hóstia é Cristo. Ademais, embora esteja escrito na Bíblia “coma deste pão e beba deste cálice”, os Papas definem, com sua autoridade apostólica, que beber o vinho não é necessário aos fiéis leigos, podendo ser bebido apenas pelos clérigos;
10) os espíritos dos mortos podem se comunicar com os vivos e até pedir missas;
11) embora o apóstolo Paulo tenha dito que “convém que o Bispo seja marido de uma só mulher”, do que se depreende que havia Bispos casados na Igreja Primitiva, decidimos _ com a nossa autoridade apostólica _ por conferir o Sacramento da Ordem somente aos que optam pelo celibato. E para tanto nos respaldamos no próprio apóstolo Paulo, que também reconheceu que o celibato é o que há de melhor para os vocacionados ao Santo Ofício Pastoral;
12) um casamento autêntico _ isto é, celebrado por um Padre, dentro dos moldes do Catolicismo _, só será desfeito mediante a morte de um dos cônjuges. Logo, os que, nesta condição, se divorciaram _ mesmo por terem sido traídos por seus respectivos cônjuges adúlteros _ e contraíram novas núpcias, estão em pecado de adultério. E Jesus asseverou que os adúlteros não herdarão o Reino de Deus. Portanto, os tais não podem (até que se corrijam) comer a hóstia;
13) o culto que a santa Igreja Católica presta a Maria e aos demais santos, quer direto, quer indiretamente (através de suas imagens), não é um ato idolátrico _ como erroneamente o supõem os protestantes _, já que não cultuamos aos deuses, e sim, aos santos. O culto às imagens dos santos difere do culto aos deuses, praticado pelos pagãos e proibido pelas Sagradas Escrituras.
Não é difícil perceber a grande diferença existente entre o culto aos deuses, prestado pelos pagãos, e o culto que nós, os católicos, devotamos à Mãe de Deus e aos demais santos. Ao culto a Maria e aos demais santos, chamamos, respectivamente, de hiperdulia e dulia; ao passo que ao culto de adoração devido só a Deus, damos o nome de latria. Sim, não adoramos aos santos, mas tão-somente lhes prestamos culto, isto é, veneração. Realmente, só Deus é digno de adoração. E, por isso mesmo, só tributamos o culto latrêutico, a Deus.
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Embora, neste tópico, eu não refute nenhuma das doutrinas acima exaradas, mas apenas as enumere, certamente está claro que a Igreja Católica é mais falsa do que nota
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de R$ 3,00. E, isto posto, podemos, porventura, fazer vista grossa a esse emaranhado e aceitar a proposta ecumênica da “Serpente”? Pensem nisso os que ainda pensam!
3.5. Expondo o russellismo (Testemunhas de Jeová)
Entre outras, os testemunhas-de-jeová pregam as seguintes heresias:
1) Jesus é a primeira criatura de Deus, o primeiro anjo, o arcanjo Miguel. Logo, é pecado adorá-lo, posto que só Deus deve ser adorado;
2) É pecado cantar parabéns;
3) É pecado presentear a um aniversariante;
4) É pecado transfundir sangue;
5) É pecado cantar os hinos nacionais;
6) É pecado reverenciar as bandeiras nacionais;
7) É pecado votar;
8) É pecado ser estadista;
9) É pecado felicitarmos uns aos outros com frases como “feliz aniversário”, “feliz Ano Novo”, “feliz Natal”, etc.;
10) Jesus de Nazaré morreu e, portanto, não existe mais;
11) O Espírito Santo não é uma Pessoa Divina, isto é, ele não é Deus, nem tampouco uma pessoa;
12) O Inferno, como lugar de tormento, não existe;
13) A alma humana é mortal;
14) Deus não é Onipresente e Onisciente;
15) Nem todos os cristãos verdadeiros são filhos de Deus;
16) Só 144000 cristãos são filhos de Deus; os demais são netos de Deus;
17) Fora da seita deles não há salvação;
18) A seita deles é a única religião verdadeira;
19) Ninguém terá que prestar conta do que fez antes de morrer, visto que Jeová só levará em consideração o que os ressuscitados fizerem depois da ressurreição, durante e após o Dia do Juízo;
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20) Nem todos os cristãos verdadeiros são membros da Igreja de Cristo, visto que esta só tem 144.000 integrantes;
21) Jesus só é mediador dos 144000;
22) Sem a ajuda de seus líderes supremos, chamados de Corpo Governante, ninguém consegue entender a Bíblia;
23) Os seus líderes máximos, devem ser seguidos cega e incondicionalmente;
24) Seus líderes supremos vão purificá-los de seus pecados;
25) O corpo de Jesus está morto até hoje, e assim permanecerá para sempre;
26) De todos os cristãos, só 144.000 vão morar no Céu. Os demais que se salvarem herdarão a Terra. Esta será um Paraíso;
27) Jesus não morreu numa cruz, e sim, numa estaca; etc.
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Os testemunhas-de-jeová se retrataram de diversas doutrinas, das quais, algumas são as seguintes:
 Antigamente proibiam a vacinação e os transplantes de órgãos;
 O serviço militar, inicialmente cem por cento liberado, e mais tarde totalmente proibido, atualmente é liberado com restrições. Por exemplo, permite-se hoje em dia o serviço alternativo, o que foi proibido durante décadas;
 Um ex-Ancião dos Testemunhas de Jeová, hoje Pastor evangélico, denunciou: “[...] entre os anos de 1891 e 1953, Russell e Rutherford escreveram que Deus habitava na estrela Alcíone, na constelação das plêiades” (SOUZA, Hélio Eduardo de. Fatos Curiosos Sobre as Testemunhas de Jeová. Baixo Guandu: Produção independente. 1 ed. 2007, p. 24). E, como prova disso, cita os livros Thy Kingdom Come (Venha o Teu Reino), pp. 327 e 342, edições de 1891 e 1903, e também o livro Reconciliação, edição de 1928. Deste último, ele transcreve o seguinte texto: “A constelação das sete estrelas que formam as Plêiades... tem sido sugerida, e com muito peso, que uma das estrelas daquele grupo é o local de morada de Jeová” (p. 14. O grifo não é nosso).
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A seita Testemunhas de Jeová é nociva ao corpo, à família, à soberania nacional, à sociedade, e, sobretudo, à alma; sendo, pois, um perigo que ameaça a todos.
3.6. Expondo as seitas espíritas
Abaixo, uma sucinta consideração sobre as principais seitas espíritas.
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3.6.1. O que é o Kardecismo e quais as suas reivindicações?
O dicionarista Aurélio define o Kardecismo assim: “... Doutrina religiosa de Allan Kardec, pensador espírita francês...”. Trata-se, pois, de uma das ramificações do que, popularmente, chamamos de Espiritismo. Essa confissão religiosa veio a lume em 18 de abril de 1857. Prega a mediunidade, a caridade como tábua de salvação, a reencarnação, etc. Esta é considerada necessária à evolução dos espíritos. Estes, através das vicissitudes da vida e das boas obras, podem expiar suas culpas, reparar seu passado e acumular méritos até se tornarem perfeitos. Não tão perfeitos quanto Deus, mas terão a perfeição que a criatura comporta. Alcançar a salvação é, na linguagem espírita, atingir essa inevitável perfeição. Sim, inevitável perfeição, pois o Kardecismo prega que ninguém será condenado eternamente, considerando que, mais cedo ou mais tarde, todos os espíritos avançarão rumo à perfeição e alcançá-la-ão indubitavelmente. A modelo Raica Oliveira (ex-namorada do jogador de futebol Ronaldinho [fenômeno]), referindo-se ao Kardecismo, do qual é adepta, disse: “Do que mais gosto em minha religião é que sempre temos uma segunda chance” (revista Época, nº 42413, de 03/07/2006, pagina 66. Grifo nosso). Sempre uma segunda chance?! Ora, o que sucede à segunda, é a terceira, que, por sua vez, precede a quarta. Logo, essa expressão não é nada filosófica.
Segundo Kardec, a doutrina por ele estruturada “unia os conhecimentos científico, filosófico e religioso” (Ibidem, página 71).
O Kardecismo se considera genuinamente cristão, bem como a terceira revelação de Deus à Humanidade. Pregam os kardecistas que o Antigo e o Novo Testamentos são, respectivamente, a primeira e a segunda revelação de Deus à Humanidade.
3.6.2. Os cultos afro-brasileiros
Os afro-baianos, isto é, os adeptos do Candomblé (e também os umbandistas) crêem em muitos deuses (ou divindades), chamados orixás. Veja as classificações de alguns desses deuses:
a) Xangô: Este é um dos orixás mais poderosos;
b) Orixalá ou simplesmente Oxalá: O grande Orixá que, geralmente, devido ao sincretismo do paganismo africano (que os escravos importados da África trouxeram para o Brasil) com as doutrinas da Igreja Católica, é confundido com Jesus Cristo;
c) Exu: Esse orixá, segundo o Novo Dicionário Aurélio, “representa as potências contrárias ao homem”, isto é, os adeptos dos cultos afro-brasileiros sabem que ele é mau. Ademais, já ouvi alguns ex-adeptos do Candomblé dizerem que, quando candomblecistas, elogiavam a esse Orixá mais por temê-lo, do que por acreditarem na sua bondade. E realmente, o dicionarista Aurélio afirma que Exu é “... assimilado ... ao Demônio ... porém cultuado ... porque o temem” (Grifo meu). Ora, quem estuda o Kardecismo, sabe que o mesmo não admite essas crenças. Logo, aqui está uma nítida distinção entre os cultos afro-brasileiros e o Kardecismo.
É dificílimo definir as crenças dos adeptos dos cultos afro-brasileiros, visto que, via de regra, eles, por serem mais práticos do que teóricos, não têm um corpo de doutrinas definido. Até sobre Exu há controvérsias entre eles. Por exemplo, entre os candomblecistas (que também cultuam a Exu) não é raro encontrarmos os que dizem que Exu não é um dos orixás, mas apenas seus (dos orixás) serviçais, e que não pode ser incorporado. Os umbandistas, porém, dizem que incorporam Exu. Quem está sendo enganado?
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É de domínio publico que nos cultos afro-brasileiros os médiuns são chamados de cavalo. Na magnífica obra Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, da Editora Vida, edição de 2000, somos informados à página 82, sob o verbete cavalo, que na Quimbanda os que incorporam os orixás são chamados de burros. Por tudo isso, perguntei certo dia a um adepto da Umbanda sobre o porquê de os espíritos rotulá-los de cavalo. E ele me respondeu: “Eu jamais tivera minha curiosidade despertada quanto a essa questão; e, portanto, não procurei me inteirar sobre isso, por cujo motivo ignoro a razão de ser desse título, mas certamente deve haver uma explicação lógica e convincente”.
Um senhor, adepto da Umbanda, me disse que no seu Terreiro, Exu só faz o bem. Perguntei-lhe então se o Exu que se manifesta no seu Terreiro de Umbanda é o mesmo que faz atrocidades em outros centros espíritas. Ele, respondendo positivamente a esta pergunta, asseverou-me que há um só Exu. Ora, disse-lhe eu, sendo assim, o seu Exu tem dupla personalidade, ou, como se costuma dizer, ele tem duas caras. Aí ele se emudeceu. Contudo, convém notar que o dito umbandista não me pareceu profundo conhecedor do assunto, pois, segundo me consta, a Umbanda admite que há muitos exus. Só para citar um exemplo, no Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, op. cit., da Editora Vida, edição de 2000, consta que “...na Umbanda os exus são ... vistos como espíritos em estado de evolução...” (página 157). Como o leitor pode ver, neste caso se admite a pluralidade dos exus.
Além dos nomes_ refiro-me aos nomes das instituições espíritas_ acima mencionados (Candomblé e Umbanda) mais conhecidos no Rio de Janeiro, os cultos afro-brasileiros são conhecidos em outras regiões do Brasil por outros nomes: Catimbó, Pajelança (inicialmente, era apenas a prática do curandeirismo indígena), Pemba, etc. (Este último, dependendo do contexto, pode se referir apenas ao giz que se usa para riscar os pontos, isto é, os desenhos rituais efetuados à porta dos terreiros de Umbanda, como evocação aos espíritos). Nestes casos, as diferenças não residem apenas nos nomes, mas também em irrelevantes variantes.
Das muitas maneiras de o leitor se certificar da autenticidade das afirmações constantes deste subtópico, uma é (e talvez a mais objetiva) consultar um bom dicionário, como, por exemplo, o Novo Dicionário Aurélio, para, deste modo, se inteirar dos significados dos seguintes vocábulos: Orixá, Xangô, Orixalá, Oxalá, Candomblé, Quimbanda e Exu;
3.6.3. O Espiritismo europeu
Nem todas as instituições religiosas que praticam a mediunidade, são reencarnacionistas. Quanto a isso, algumas instituições espíritas, por não serem fundamentalistas, não se posicionam doutrinariamente, deixando seus adeptos bem à vontade. Outras, porém, pronunciam contra. Disse o Frei Battistini: “... os espíritas da Alemanha, Holanda, Inglaterra, Estados Unidos, quase em bloco negam a reencarnação...”
“Um famoso espírita, conhecido no mundo todo”, [num] “congresso internacional...sobre espiritismo, disse: ‘posso dizer que a reencarnação tal como tem sido exposta até agora não passa de teoria boba para crianças de escola primária’ (A. Dragon)” (A Igreja do Deus Vivo, 33ª edição, 2001, Editora Vozes, Petrópolis /RJ, página 35);
A esse movimento, alguns estudiosos preferem chamar de“Espiritualismo”. Neste caso, este vocábulo designa um movimento religioso datado do século XIX, oriundo dos EUA, segundo o qual o espírito não renasce num corpo físico, como o ensina os
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reencarnacionistas (kardecistas, legionários da boa vontade, umbandistas, etc.), e sim, num corpo espiritual.
3.6.4. O Racionalismo Cristão
Embora o Racionalismo Cristão tenha muitos pontos em comum com o Kardecismo e com os cultos afro-brasileiros, essa seita, embora também seja espírita, diverge tanto destes como daquele quanto ao que ensina sobre Deus. Veja estes exemplos: Os kardecistas crêem que Deus existe e oram a Ele; os adeptos dos cultos afro-brasileiros são politeístas, pois reverenciam muitas divindades (deuses), a saber, os orixás; mas o Racionalismo Cristão prega que cultuar a Deus é uma atitude tola e ridícula. Confessam textualmente que não adoram a nenhum Deus (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª edição, 1976, páginas 53, 55, 63 e 75. Citado em “Série Apologética”, Volume IV, ICP_Instituto Cristão de Pesquisas _, edição de 2002, páginas 134 e 137);
3.6.5. A LBV
A LBV_ Legião da Boa Vontade _, fundada oficialmente em 1950 pelo senhor Alziro Zarur, se julga a quarta revelação de Deus (Jesus_ A Saga de Alziro Zarur III); e, quanto às supostas três primeiras revelações, não destoa do Kardecismo, no que diz respeito à seqüência e quantidade dessas revelações.
a) São reencarnacionistas;
b) Negam que a Bíblia é a Palavra de Deus;
c) São unitarianos e, portanto, rejeitam a Doutrina da Trindade, isto é, não crêem que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três Pessoas distintas, igualmente divinas, embora constituindo um só Deus, não admitindo a triunidade de Deus em hipótese alguma;
d) Não reconhecem a eficácia do sangue de Jesus na purificação de pecados;
e) Não vêem o diabo como um anjo decaído e irrecuperável. A LBV prega que o diabo é nosso irmão e que precisamos amá-lo e orar por ele. Para se certificar da veracidade desta denúncia, leia o “Poema do Irmão Satanás”, constante de um dos livros da LBV intitulado “Mensagem de Jesus Para os Sobreviventes”, páginas 29-31. Sim, os legionários da boa vontade têm muitos pontos em comum com os kardecistas, mas não podemos confundir os kardecistas com eles, pois não o são. Basta-nos saber que os adeptos dessa seita (refiro-me à LBV) crêem que estão na quarta revelação de Deus, para enxergarmos que não são kardecistas. Outra relevante diferença entre os kardecistas e os legionários da boa vontade é que aqueles crêem que o Consolador que Jesus nos prometeu é o Kardecismo, enquanto estes pregam que o Consolador é o senhor José de Paiva Neto, atual sucessor de Alziro Zarur na presidência dessa seita (Cf.: José de Paiva Neto, Saga de Alziro Zarur, 10ª edição, p. 88).
Não obstante os exemplos acima expostos serem uma pequena demonstração, certamente deixam claro que embora todos os verdadeiros cristãos saibamos que nenhuma das confissões espíritas goza da sanção do Rei dos reis, não deixam dúvida de que revela falta de conhecimento confundir os kardecistas com os macumbeiros e demais espíritas. Nenhuma das seitas espíritas pode ser confundida com as demais, pois cada uma, de per si, difere das outras, apesar de, em termos espirituais, serem tudo
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farinha do mesmo saco. Logo, não obstante os tão conhecidos termos “Baixo Espiritismo” e “Alto Espiritismo” serem apenas classificações humanas, são, contudo, necessários para fins de estudo, pois fazem saltar aos olhos que não é tudo igual, como geralmente pensam muitos dos que ainda não se deram ao trabalho de pesquisar as religiões.
3.7. Outras seitas
Neste subcapítulo catalogamos, em ordem alfabética, diversas seitas (instituições religiosas), sobre as quais o leitor deve pesquisar, intuindo preparar o “quitute” de antemão.
 A Família (antigamente essa seita se intitulava Meninos de Deus)
 Arte Mahikare
 Budismo
 Ciência Cristã
 Confucionismo
 Congregação Cristã no Brasil
 Crescendo em Graça
 Cristadelfianismo
 Cultura Racional
 Fé Bahá’Í
 Fraternidade Sacerdotal São Pio X
 Hare Krishna
 Hinduísmo
 Igreja Católica Antiga (conhecida também pelo nome de Católicos Velhos)
 Igreja Católica Brasileira
 Igreja Católica Latina
 Igreja Católica Livre (conhecida também como Ordem de Santo André)
 Igreja da Unificação
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 Igreja Messiânica Mundial
 Igreja Ortodoxa
 Islamismo
 Jainismo
 Judaísmo
 Ordem Rosacruz
 Pedra Angular
 Perfect Liberty (PL)
 Santo Daime
 Seicho-No- Ie
 Sikhismo
 Taoísmo
 Teosofia
 Vodu
 Xintoísmo
 Zoroastrismo
3.8. Crendices, teorias e movimentos diversos
 Astrologia (não se trata de uma entidade [ou instituição] religiosa, mas sim, de uma crendice, com simpatizantes senão em todos, pelo menos em quase todos os segmentos da sociedade). Não confundir com Astronomia, que é Ciência.
 Nova Era (não se trata de uma entidade [ou instituição] religiosa, e sim, de um movimento internacional e interdenominacional, com simpatizantes na maioria das confissões religiosas).
 Renovação Católica Carismática (RCC [não se trata de uma instituição religiosa, mas de um movimento dentro da Igreja Católica Romana]).
 Simpatia (crendice [ou superstição] popular.
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 OVNIs (objetos voadores não identificados, mais conhecidos por Discos Voadores).
 Evolucionismo, conhecido também por Darwinismo (Os Papas Paulo VI e João Paulo II eram evolucionistas).
 Deísmo (Os céus, a Terra e tudo quanto neles há teriam _ segundo os deístas _sido abandonados à sua própria sorte. Vimos isso em 2.2.).
 Ateísmo (Há três tipos de ateísmo: Prático, prático-teórico, e faz-de-conta. Este último não nega verbalmente a existência de Deus, mas atua como se Ele não existisse).
 Teísmo Aberto (Essa “teologia” nega a onisciência de Deus).
 Alta Crítica (Nega a Inspiração Verbal e Plena da Bíblia).
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O Inimigo está trabalhando incansavelmente. E as seitas, heresias e crendices, quais armadilhas do Adversário, estão fazendo não poucas vítimas em todo o mundo. Destas, muitas já estão no inferno, enquanto outras ainda estão indo para lá. E é para socorrer estas, que o Senhor nos convida, ó irmãos! Você quer atender ao Seu convite, ou prefere continuar apático?
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CAPÍRULO IV
OUTRAS HERESIAS
Neste capítulo anoto algumas das muitas idéias errôneas que circulam sorrateiramente entre nós, os evangélicos, sem que nos demos conta disso. Ei-las:
4.1. O “inferno” de Mary Baxter
Não me refiro à negação da existência do inferno bíblico, ou seja, do tormento eterno, efetuada por algumas seitas (Testemunhas de Jeová, kardecismo, Cristadelfianismo, Adventismo...), mas sim, às idéias erradas acerca desse lugar, ensinadas por visionários. Já há até um livro, comercializado nas livrarias evangélicas, intoxicando o nosso povo. São muitos os exemplos, mas por ora registro apenas o que disse a senhora Mary K. Baxter. Em seu livro A divina revelação do inferno (Rio de Janeiro, Danprewan Editora, 1996), ela alega ter saído do corpo e, em espírito, ido ao inferno. Isto teria credenciado a “irmã” Baxter a nos descrever o inferno minuciosamente. Este tem, segundo ela, o formato de um corpo humano deitado de bruços, com pernas, ventre, braços, mandíbulas, chifres... Jesus, que a teria conduzido ao mundo dos mortos, permitiu que ela sofresse na pela os horrores do inferno, para então se habilitar a nos contar _ a título de advertência _ quão horrível é o Hades! No “inferno” da senhora Mary Baxter, há serpentes e ratos. E o mais inusitado, é que há também um escritório com papéis, no qual Satanás despacha com os seus secretários, isto é, os demônios. Ora, quem conhece a Bíblia sabe que o dito livro faz jus ao seu título, visto ser, de fato, uma revelação do inferno.
No parágrafo acima, não cito a página, porque o mesmo nada mais é que uma síntese de todo o livro em lide.
Há quem creia numa estória dessas? Só há. Já muitos irmãos em Cristo, elogiando esse livro. E uma das razões para isso, reside no fato de que a Palavra não está sendo ensinada como deve. São muitos os Pastores evangélicos que nem sabem que tal livro existe. Os tais depreciam a apologética, julgando-a inclusive, supérflua. Não sabem que precisamos conhecer não só a Cristo, mas também o diabo. Ignoram que enquanto semeamos a boa semente, o Inimigo cultiva parras bravas (2 Rs 4. 39-40). Não atentam para o fato de que a Bíblia nos manda “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3. Grifo nosso). É guerra, irmãos!
4.2. Os macacos estão se convertendo
Disse o erudito Pastor Raimundo F. de Oliveira:
A teoria evolucionista tem como ponto de partida a afirmação de que o homem e os animais em geral procedem de um mesmo tronco, e que hoje, homem e animal são um somatório de mutações sofridas no decorrer de milênios. Em suma: o homem de hoje... é um macaco em estágio mais desenvolvido” (Seitas e heresias, um sinal dos tempos,. Op. cit., p. 118).
Já que o Pastor Raimundo, sintetizando o que os evolucionistas dizem do ser humano, afirmou que “Em suma: o homem de hoje... é um macaco em estágio mais
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desenvolvido”, observo que não é bem assim. A verdade mesmo é pior do que isso. O que os evolucionistas pregam mesmo, é que o Homem não provém do macaco, e sim, do mesmo bicho do qual o macaco procede. Aclarando: De um bicho anterior ao macaco, procederam várias raças, das quais, uma evoluiu tanto, que perdeu o ele com a espécie da qual é proveniente, convertendo-se noutra espécie. E esta somos nós.
Do exposto acima, ninguém podia imaginar que um dia existiriam pessoas se dizendo cristãs, fazendo apologias de uma teoria dessas. Contudo, a teoria da evolução, também chamada de Darwinismo, segundo a qual o homem primitivo era irracional, andava de quatro, não falava, tinha rabo, etc., está sendo aceita por alguns “cristãos”. Estes são chamados de evolucionistas teístas. Eis alguns exemplos disso:
Papa João Paulo II:
Segundo o jornal O Dia, de 27/10/96, o Papa João Paulo II era da opinião de que o Darwinismo é uma verdade que não colide com as doutrinas cristãs.
Papa Pio XII:
Que o Papa Pio XII também cria como João Paulo II, e que ele confessou isso em 1950, nos é informado por Dave Hunt, na revista evangélica Chamada da meia-noite, editada em Porto Alegre pela Obra Missionária Chamada da Meia-noite, Ano 29, nº 1, janeiro de 1998, p. 8. O que é ratificado pela revista Galileu, publicada pela Editora Globo S.A., de outubro de 2005, nº 171, p. 40, que diz:
A teoria da evolução de Darwin foi aceita pelo Vaticano na década de 50 e colocou uma pedra na história de Adão e Eva no paraíso.
O Papa emérito Bento XVI, e o Papa Francisco I também são evolucionistas teístas, segundo documentos em meu pder.
Ora, entendo os darwinistas e compreendo os cristãos, mas cristão- darwinista?! Essa, não! Contudo, oremos pelos macacos, para que percam o elo com os evolucionistas.
4.3. As quatro pessoas do santíssimo quarteto?!
2) no jornal O Globo, de 28/08/1998, podemos ler o que se segue: “A Santíssima Trindade pode estar com os seus dias contados. Em seu lugar, a Igreja Católica estuda a proclamação da quarta pessoa da divindade, a Virgem Maria, em pé de igualdade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No novo‘Quarteto Sagrado’ proposto, Maria teria papéis múltiplos: filha do Pai, mãe do Filho e esposa do Espírito Santo.” É verdade isso? Não sei. O Padre Dom Estêvão Bittencourt disse que não, mas o fez sem exibir qualquer prova de que o O Globo tenha faltado com a verdade. Ademais, não me consta que a Igreja Católica tenha reivindicado (judicial ou extrajudicial) o direito de resposta que, por lei é assegurado aos que se sentem caluniados. E isso é sintomático, visto que um artigo desses depõe contra a Igreja, o que lhe confere não só o direito, mas também, e principalmente, o dever moral e, sobretudo, espiritual, de se defender. Logo, não somos obrigados a crer se suas palavras são ou não, a expressão da verdade. Contudo, vejamos o que ele disse: “Jamais a Teologia católica pensou em justapor Maria ao lado das três Pessoas da SSma. Trindade” [...]. (“Polêmica cega”. Pergunte e responderemos. Rio de Janeiro, Lúmen Christi, 44, mar. 2003, P. 136-138). Atentemos ainda para o fato de que “onde há fumaça há fogo”, segundo um velho adágio. E, sendo
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assim, será que um dia o clero dos cristãos inovadores dirá: Eu te batizo em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo e da Virgem Maria?! Deus queira que não. Tomara que Dom Estêvão Bittencourt esteja certo, quando afirmou que “Jamais a Teologia católica pensou em justapor Maria ao lado das três Pessoas da SSma. Trindade” [...], e que a Igreja Católica jamais faça o que, segundo o conceituado jornal em lide, denuncia quanto à suposta (?) pretensão de transformar a Trindade em Quarteto, pretensão esta, inexistente, segundo o Padre Dom Estêvão Bittencourt. Tomara que deveras não haja um grupo de católicos tentando inserir mais essa inovação no corpo de doutrinas que constitui o Catolicismo.
4.4. “Unções” e “dons” diversas
São muitas as heresias que os incautos intitulam de unção. Porém, por ora veremos apenas as duas abaixo alistadas.
“Unção” do Leão da tribo de Judá
Infelizmente a cantora Ana Paula Valadão, do grupo Diante do Trono, da Igreja Batista da Lagoinha, Belo Horizonte/MG, postou-se leoa, fingiu-se quadrúpede, ou seja, andou de quatro durante um show gospel em Goiás. Há quem chame isso de unção do leão da tribo de Judá.
Óleo de “Moisés”
Assisti a um culto, numa igreja evangélica, na qual havia um “irmão” trazendo consigo um frasco de barro que ele alegava ter desenterrado em Gramacho _ Duque de Caxias/RJ. Segundo o embusteiro, o Espírito Santo lhe mandara escalar um dos morros do dito município e cavar no local indicado. Ao fazer isso, deparou com o referido vaso cheio de óleo. Então o Senhor lhe teria dito que o dito vaso com o seu conteúdo havia sido enterrado por Moisés, há mais ou menos 1.400 anos a. C., e que havia chegado o tempo de Deus fazer maravilhas jamais vistas, mediante unções com o misterioso óleo. E, para minha surpresa, os irmãos presentes ao evento creram nessa estória e se deixaram ungir.
Outras “unções” e “dons”
Faltar-nos-ia tempo e espaço, se fôssemos descrever a “unção do riso”, o “dom de marchar”, o “dom de fazer continência”, o “mistério do repepé”, etc.
4.5. Acerca do ecumenismo
Que é o ecumenismo? Que se pretende com isso? O comunismo trará a paz e a união entre os cristão? O clero católico está disposto a abrir mão dos dogmas dessa seita, em prol da unidade entre católicos, protestantes, ortodoxos e outros grupos cristãos? O ecumenismo está ganhando espaço? Quem tem sido mais flexíveis nesses diálogos ecumênicos. Os católicos ou os protestantes? O texto abaixo pretende responder essas perguntas.
4.5.1. O que é o ecumenismo na ótica do clero católico
A Igreja Católica e alguns grupos protestantes estão interessadíssimos pelo Ecumenismo. O clero católico quer dialogar com os membros de todas as religiões do mundo. Mas o que se pretende não é um denominador comum, e sim convencer a todos que o Papa é o tal, e a Igreja Católica a única religião verdadeira, à qual devem unir os não cristãos, bem como retornar os ortodoxos e os protestantes. Isso foi confessado sem
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rodeios pelo Cardeal Hernesto Ruffini, segundo o qual o Vaticano II definiu o ecumenismo como: “Um apostolado especial para a obtenção da unidade sob a autoridade do Papa” (Desafio das Seitas, órgão oficial do CPR_Centro de Pesquisas Religiosas _ número 21, 1º trimestre de 2002, grifo nosso).
O Padre Luiz Cechinato reconheceu que o Concílio Vaticano II (1962-1965) deu notável ênfase ao ecumenismo. Disse ele: “O ecumenismo não foi um dos assuntos tratados ao lado de muitos outros, mas a preocupação permanente do Concílio...” (Os vinte séculos de caminhada da Igreja. Petrópolis: Editora Vozes. 4 ed. 2001, p. 427).
4.5.2. Que fazermos ante o ecumenismo?
Os líderes da Igreja Católica querem dialogar conosco, como o diabo dialogou com Eva no jardim do Éden, mas a missão que o nosso Senhor nos confiou é a de evangelizar o mundo. Portanto, sempre que quiserem dialogar conosco, abramos nossas Bíblias e mostremos a eles que Jesus salva. Não desperdicemos estas oportunidades!
Lembremo-nos que o Papa não dialoga com ninguém em pé de igualdade. Ele nos vê de cima para baixo. Ele não admite a possibilidade de podermos provar que ele está errado, pois se julga inerrante em matéria de fé e costume, bem como nos considera inaptos para interpretarmos a Bíblia, até que nos tornemos papas. Ele se considera o Rei-da-Cocada-Preta. Isso inviabiliza todo e qualquer diálogo. Logo, a menos que ele desça de seu pedestal e assuma que é um ser humano normal e, portanto, aceite dialogar conosco em pé de igualdade, não há porque nem como trocarmos idéias. Ele não quer dialogar, e sim, impor seu ponto de vista. Assim sendo, também não queremos dialogar; antes, empreendemos evangelizá-lo.
Os apóstolos não eram ecumênicos, mas sim, pregadores do Evangelho. Como eles se relacionaram com os pagãos, relacionemos com os católicos, já que os católicos são pagãos. Ajudemos os católicos a se converterem dos ídolos ao Deus vivo. Dialogar, só se for sobre o que a Bíblia diz.
Há pouco tive a honra de receber na minha residência dois Missionários da Igreja Católica. Disseram-me que estavam anunciando as Boas-Novas que Jesus mandou pregar e que não discriminam nenhuma religião. “Não importa”, diziam eles “se o senhor é católico, espírita, protestante, budista, etc. Deus é o Pai de todos nós. As muitas religiões nada mais são que caminhos diversos que conduzem, sem exceção, ao Pai celestial”. Então abri a Bíblia e o Catecismo da Igreja Católica e lhes mostrei que eles estavam equivocados pelos seguintes motivos:
1º) Eles não estavam representando bem a religião da qual são adeptos, visto não estarem pregando o que ela prega oficialmente. Pedimos que eles mesmos lessem no Catecismo da igreja católica, pp. 232-244 que a “igreja” deles se proclama a única Igreja de Cristo e condena ao fogo do Inferno os que, obstinadamente, recusam filiar-se a ela.
2º) A Bíblia não diz que todas as religiões levam a Deus (Jo 14.6, At 4.12). Mostramos a eles que embora já existissem muitas religiões quando Jesus veio ao mundo, como Budismo, Confucionismo, Zoroastrismo, Hinduísmo... Ele mandou pregar o Evangelho aos adeptos de todas elas e assegurou que se não cressem, seriam condenados (Mc 16.15,16).
3º) Eles puderam ainda ler em suas próprias Bíblias que o Espiritismo é condenado por Deus (Dt 18.9-15; 1 Cr 10.13; Ap 22.15, etc.). E então lhes formulamos a seguinte
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pergunta: Os senhores têm certeza que estão mesmo pregando a Boa-Nova que Jesus mandou pregar?
4.5.3. Quem está se unindo a quem?
A Igreja Católica não quer abrir mão de suas heresias. Ela quer que todos se unam a ela, mas ela não quer se unir a ninguém. O que ela aspira é que todos reconheçam que estão errados, se retratem e se unam a ela, submetendo-se ao Papa, como já provei acima. E, sendo assim, perguntamos: Onde está a novidade? Não pregam todas as religiões exatamente isso? Todas as religiões, de per si, não fazem o mesmo?
Os evangélicos que estão se deixando levar pelo ecumenismo, são extremamente ingênuos. Eles estão sendo enganados por Satanás. Aliás, muitos dos que se dizem evangélicos, estão indo para o Inferno, juntamente com todos os que, como eles, rejeitam a Cristo.
A instituição internacional intitulada Concílio Mundial de Igrejas, que em cada país recebe o nome de Concílio Nacional de Igrejas, vem sendo acusada de promover o Ecumenismo. O periódico intitulado O Presbiteriano Bíblico, dezembro de 1969 e maio de 1970, registrou: “O Concílio Mundial de Igrejas está nos levando para a Igreja Católica Romana...” “Essa união com a Igreja Católica Romana será uma grande tragédia para as igrejas protestantes...” (Citado em Seitas e heresias, um sinal dos tempos.op. cit., p. 249).
No Ecumenismo, o clero católico nos dá as mãos por de cima do muro. E, se acreditarmos nisso, estendendo-lhes as mãos, seremos puxados por eles para o lado deles. Pelo menos é isso que eles querem, e é o que já está ocorrendo.
Será que o Ecumenismo produzirá o efeito desejado? Parcialmente sim. Muitas igrejas protestantes já não protestam mais nada. Porém, o Ecumenismo nunca conseguirá acabar com a Igreja de Cristo. Sempre haverá alguém que não se deixará levar. Qualquer grupo de cristãos, isto é, qualquer igreja local, ou ainda uma associação mundial, regional ou nacional de igrejas, pode se desviar da rota traçada por Jesus e se perder, mas a Igreja de Cristo nunca esteve fadada ao fracasso. Ela jamais foi derrotada, e permanecerá assim para sempre. Jesus garantiu que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja. Todas as instituições e associações podem fracassar, como fracassou a associação de igrejas que os cristãos primitivos intitularam de Igreja Católica, mas a Igreja de Cristo está cada dia melhor. É que a instituição chamada Igreja Católica morreu, mas a Igreja de Cristo se manteve suficientemente viva para protestar os falsos cristãos e organizar o movimento Protestante. Se o movimento Protestante continuar se corrompendo com o Ecumenismo e descaracterizar-se como um movimento cristão, Deus levantará o movimento Protestantíssimo, que protestará o protestante. E, caso esse movimento também se corrompa, Deus suscitará outro movimento que, por sua vez, protestará o Protestantíssimo, e assim sucessivamente, até que Jesus regresse e nos arrebate ao Céu!
Enganam-se os “evangélicos” ingênuos que afirmam que “finalmente os clérigos católicos nos vêem com bons olhos. Atualmente eles nos vêem apenas como irmãos separados, e não mais como hereges”. Quanta ingenuidade! Quanta ignorância! As nossas vitórias não são, na ótica deles, motivo de alegria, mas de tristeza. Sim, eles estão extremamente tristes com o fato de termos conquistado tantas almas para Jesus, aqui no nosso Brasil! Uma das muitas provas disso é o fato de que, segundo o jornal Extra, de 16/10/2005, 2ª edição, o cardeal dom Claudio Hummes, então arcebispo de São Paulo, “lamentou num encontro de bispos no Vaticano o rápido crescimento dos movimentos protestantes na América Latina...” (Grifo nosso). O dito periódico associa a
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vinda de Bento XVI ao Brasil, o que se deu no ano de 2007, ao lamento de Claudio Hummes. Em outras palavras: O seu choro comoveu “Sua Santidade”. Está, pois, provado que eles não nos vêem como aliados. Aliás, eles não nos vêem como parceiros nem tampouco como concorrentes, mas como inimigos. E não estão muito enganados, pois realmente não somos da mesma laia deles. Enganados são esses “protestantes” que não protestam, que se deixam hipinotizar pelo canto da sereia, confraternizando-se com esses inimigos da Cruz de Cristo, comparecendo aos eventos ecumênicos promovidos por “Sua Santidade”. Esses são falsos irmãos e, portanto, mais perigosos do que o clero católico. É que esses adversários, por fingirem que são dos nossos, passam por parceiros e, por conseguinte, nos fazem dormir com o inimigo. É como bem o diz certo adágio popular: “Que Deus me defenda dos meus amigos, porque dos meus inimigos me defendo eu”.
Atente para o fato de que se o Papa Bento XVI não nos considerasse como hereges de alta periculosidade, certamente repreenderia o seu subalterno Claudio Hummes, mais ou menos assim: “Meu irmão, que mal há nisso? A vitória de nossos irmãos separados, são nossas também. A Igreja de Cristo é uma só. Portanto, se os evangélicos estão crescendo, todos nós estamos crescendo com eles, pois formamos um só corpo em Cristo”. E ele fez isso? Não!!! Antes se deu por avisado, e prontamente empreendeu tapar a brecha, agendando uma visita ao Brasil, objetivando livrar seu rebanho da boca do “lobo”. Contudo, cada dia mais os evangélicos se envolvem com o ecumenismo. É que muitos “pastores” estão sendo usados pelo diabo para levar crentes desavisados a pensarem que “no fundo, no fundo, no fundo é tudo a mesma coisa. Afinal, todos cremos que Deus existe e amamos o próximo”.
O empreendimento missionário que mais me impressiona é o da Christian Aid Mission. Realmente, missões autóctones é o que há de melhor no afã missionário. Fazer dos nativos convertidos, Missionários ao seu próprio povo, é, sem dúvida, muito mais promissor: Prega-se mais, ganha-se mais almas em menos tempo, cansa-se menos, têm-se menos riscos de sofrer danos, e se sacrifica menos. Contribuí, pois, para essa entidade missionária durante uns dez anos. E por que parei? Porque a vice-diretora de Área da Divisão China da Christian Aid Mission em Charlottesville, na Virgínia, a Missionária Dorothy Sun, pensa que os católicos também são cristãos. Referindo-se à comunhão espiritual que ela gozara com uma freira, companheira de prisão, na China, disse ela:
Debaixo desse tipo de perseguição, a parede de separação entre protestantes e cristãos católicos é removida. Quando dizíamos ‘Nosso Pai do Céu’, apenas essa única frase, sentíamos que nossa vida e nosso espírito estavam muito próximos e pertencíamos ao mesmo Pai celestial (Dorothy Sun. Barro nas Mãos do Oleiro. Rio de Janeiro: Christian Aid Mission do Brasil. 1 Ed. 2006, p. 88).
Ora, como confiar um cargo tão importante, a uma mulher que ainda não sabe distinguir entre idólatras e cristãos? Será que ela não está enviando dinheiro para sustentar missionários católicos. Disseram-me que isso é impossível, devido à infra-estrutura da Christian Aid Mission. Será? Nem tanto. Atentemos para o fato de que são tão bem estruturados que colocaram uma ecumênica na liderança. E desse erro, muitos outros podem advir. E já veio. O livro do qual fiz a transcrição supra, é prefaciado pelo presidente da Christian Aid Mission, Pr. Axel Lanausse, que falando do ingresso da Missionária Dorothy na Christian Aid Mission, disse:
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[...] este ‘casamento’ da Dorothy [...] com a Christian Aid foi elaborado perfeitamente por nosso grande Deus (Ibidem, p. 6).
Oremos, ó irmãos, pelas vítimas desses engodos, pois nossas orações falarão mais alto do que os nossos argumentos! Orem, orem, orem...
Queremos recomendar o livro intitulado O movimento ecumênico à luz das santas escrituras, de autoria do grande apologista, Pastor Homero Duncan, editado pela Imprensa Batista Regular. Esse livro é tremendo, e o leitor não deve, pois, deixar de lê-lo.
4.6. Espiritismo “evangélico” e Bíblias de Estudo
R. N. Champlin e o espiritismo
O Centro de Pesquisas Religiosas noticiou que R. N. Champlin, em sua famosa obra enciclopédica intitulada O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, ao comentar At 12.15; e Mt 14.26, deixou claro que ele crê que os mortos podem se comunicar com os vivos, e que, segundo ele, os cristãos primitivos também criam assim (Desafio das Seitas (jornal), Teresópolis: CPR _ Centro de Pesquisas Religiosas _ Ano X, nº 37, 1º trimestre de 2006, p. 6.
Bíblias de estudo e o espiritismo
Famosas Bíblias de estudo, como a Bíblia de Estudo Scolfid (comentada pelo Dr. C. I. Scofield, e a Bíblia de Estudo Plenitude, em seus respectivos comentários a 1Sm 28, asseveram que foi o espírito de Samuel quem se comunicou com o rei Saul. Ora, isso não pode ser visto como um errinho de somenos importância. E, visto que tais “Bíblias de Estudo” ensinam que o acorrer dos espíritos dos mortos até nós só se dá mui esporadicamente, podemos dizer que as mesmas induzem os fracos à mediunidade esporádica. Ora, mediunidade com baixa ou alta frequência, é mediunidade e conduz ao inferno. Sim, posto que isso é espiritismo, e o espiritismo é um dos caminhos que conduzem ao inferno.
A Bíblia explicada e o espiritismo
No livro intitulado A Bíblia Explicada, publicado pela CPAD, o seu autor confessa que também crê que o espírito de Samuel falou a Saul. Ainda bem que na margem inferior desse livro, os editores da CPAD fizeram constar que a Assembléia de Deus discorda disso. Talvez essa observação torne o veneno menos mortífero. Mas o certo mesmo seria manter essa cicuta longe dos membros da Igreja. Até porque sempre há muitos irmãos suficientemente infantis para não saberem separar o joio do trigo. Vale lembrar aqui o conselho que unanimemente dão os farmacêuticos: “Mantenha fora do alcance das crianças”. Sugiro, pois, que os colegas de ministério informem às suas ovelhas sobre os perigos existentes em diversas publicações “evangélicas”, incluindo aí as Bíblias de Estudo.
4.7. Outras práticas espiritistas/evangélicas
Sal grosso, espada de São Jorge ungida, galhos de comigo-ninguém-pode, rosas oradas, folhas de arruda na orelha, fitinhas nas mãos ou nos pulsos, etc., não são práticas cristãs, mas amuletos copiados do paganismo. Há quem, em defesa disso como
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princípio doutrinário, se escore em At 19 11-12). Mas os tais deviam atentar para o tempo verbal: “se levavam”. Ademais, a nossa Bíblia de Estudo pentecostal observa sabiamente: “Não se trata aqui de ensino doutrinário como um princípio permanente, mas do registro de um caso no ministério de Paulo, dirigido por Deus” (in loc).
Outras Bíblias de Estudo e seus engodos
Insiro aqui as seguintes informações sobre Bíblias de Estudo: 1) A SBB __ Sociedade Bíblica do Brasil __ publica uma Bíblia comentada pelos adventistas do sétimo dia, na qual suas heresias são difundidas e defendidas; 2) A Bíblia de Estudo Pentecostal ensina na página 1518, itens 4 e 6, que o pão da Santa Ceia do Senhor deve ser sem fermento. Isso não chega a ser uma heresia, mas é uma infantilidade; 3) há Bíblias de Estudo defendendo o fatalismo conhecido pelo nome de Calvinismo, que, a bem dizer, é uma maneira disfarçada de culpar Deus pelos que vão para o inferno, já que eles estão lá porque Deus não quis elegê-los. Sim, visto que, doutro modo, eles estariam no Paraíso, já que, segundo tais predestinacionistas, a graça é irresistível. Uma boa interpretação do calvinismo, é: Deus proveu salvação para todos, mas para alguns (seus eleitos) Ele a pôs ao seu alcance, enquanto para outros (aqueles que Ele, por uma questão de vontade, não quis eleger) Ele a pôs a quinhentos decilhões de anos luz distante deles. E lhes disse sarcasticamente: “É toda de vocês. Apanhem-na e usufruam”; 4) a irreversibilidade da salvação, sob a alegação de que uma vez salvo, salvo para sempre, é um engodo defendido por Bíblias de Estudo. Ora, basta ler 2Pe 2.20-22, para se perceber o engano que há por trás disso. Cuidado, pois, com as “Bíblias de Estudo.” Não deixe de examiná-las, mas faça-o com senso crítico.
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Que fazermos? Podemos fazer alguma coisa? Parece-me que podemos sim, fazer algo relevante. Por exemplo, denunciemos isso, e desaconselhemos os livros “evangélicos” e “Bíblias de Estudo” que promovem o Espiritismo. Alertemos as ovelhas que há morte na “panela” (2Rs 4. 39-40).
4.8. Bênçãos proporcionais ao tamanho da oferta
Igrejas que estipulam o valor de uma oferta, para que a pessoa participe de uma campanha, em prol de bênçãos: cura divina, emprego, casamento, paz no lar, libertação de vícios, prosperidade, etc., não são trabalhos sérios. E os poderosos chefões de tais igrejas sabem que não somos do mesmo grupo. Tolos são os que não percebem que eles nos dão as mãos por de cima do muro. Eles querem distância de nós. Uma prova disso, é que eu recebo convite das mais diversas igrejas para pregar o Evangelho. Porém, nunca recebi um convite da Igreja Universal do bispo Macedo. E se você consultar os demais pregadores, verá que eu não sou uma exceção da regra. Claro, esse sectarismo não é exclusivo das igrejas mercantilistas. Ademais, há igrejas mercantilistas que não são exclusivistas.
Não se iluda, o exclusivismo da Igreja Universal é sintomático e “inteligente”.
4.9. Inovações teológicas
Consideremos as inovações abaixo:
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4.9.1. Neo-ortodoxia
Os termos Neomodernismo, Modernismo Teológico e Neo-ortodoxia designam um movimento de negação do Cristianismo clássico e histórico, ou seja, de negação da Bíblia, encabeçado por um “protestante” suíço, chamado Karl Barth (1886 – 1968), autor de um intricado sistema teológico. Sim, intricado, visto que dele se pode dizer que “Insistiu sobre a necessidade de uma volta às Escrituras e da adaptação do Evangelho ao tempo atual” (KOOGAN, Abrahão & HOUAISSS, Antônio. Enciclopédia e dicionário. Rio de Janeiro: Edições Delta, 1993, p. 991). Nada poderia ser mais incoerente, incoeso, intricado, complexo, obscuro, confuso, estapafúrdio, desatinado, dúbio... do que afirmar que precisamos voltar à Bíblia e adaptar o Evangelho ao tempo atual. Afinal, necessitamos voltar à Bíblia, ou precisamos reconhecê-la como um livro obsoleto? O que Karl Barth queria dizer? Será que ele queria chegar aonde chegou?
Ora, a Palavra do Senhor é eterna e imutável. Logo, não passa com o tempo. E, posto isto, somos nós que necessitamos de nos adaptarmos a ela, não ela a nós. Ademais, adaptá-la a nós não é o mesmo que voltarmos a ela.
Barth negava a Inspiração Verbal e Plena da Bíblia e, por conseguinte, sua infalibilidade (Fundamentos dogmáticos, volumes I e II, pp. 558/588, respectivamente, citados em Seitas e heresias, um sinal dos tempos. Op. cit., pp. 132-3). E, uma vez negada a infalibilidade da Bíblia, Barth se viu livre para negar também a queda de Adão e Eva, o nascimento virginal de Jesus Cristo, o valor salvífico da morte de Jesus, a ressurreição do Senhor, e assim por diante. Ora, quem crê assim, pode ser tudo (racionalista, filósofo, cético...), menos cristão. Se o Cristianismo é ou não verdadeiro, é discutível; mas que é impossível ser cristão sem crer no Cristianismo, deve ser ponto pacífico. É impossível ser muçulmano, sem crer no Islamismo; é impossível ser espírita, sem crer em mediunidade; é impossível ser ateu, sem admitir a inexistência de Deus; é impossível ser budista sem crer na Tripitaca; e é impossível ser cristão, sem crer na Bíblia. E isso, independentemente de a Bíblia ser ou não verdadeira.
O Pastor Raimundo F. de Oliveira nos informa que Barth chegou a dizer que até o “Senhor Jesus Cristo foi carne pecaminosa” (Seitas e heresias, um sinal dos tempos. Op. cit., p. 133). Assim, deixo claro que Barth não falava coisa com coisa, e que, portanto, não merece crédito. O que os judeus disseram de Jesus, se ajusta como uma luva em Karl Barth: “Tem demônio e está fora de si; por que o ouvis?” (Jo 10.20).
4.9.2. Liberalismo teológico
As inovações barthianas são chamadas de Neomodernismo Teológico e de Neo-ortodoxia apenas para que não sejam confundidas com outras essencialmente semelhantes, diferindo mais em local e data de fundação, do que no conteúdo. Sim, insurreições no seio do Cristianismo, não são coisas dos séculos XIX e XX; antes, vem ocorrendo através dos séculos. Logo, é necessário que cada um desses movimentos receba um título que lhe seja próprio, para não ser confundido com os demais. Até porque há diversos movimentos essencialmente iguais, diferindo um do outro mais em termos de datas e origem do que em questões doutrinárias.
A. Friedrich Schleiermacher
No presente tópico disserto acerca do que se convencionou chamar de Liberalismo Teológico, cuja origem se atribui a um filósofo e teólogo alemão, chamado A. Friedrich Schleiermacher, nascido em 1768 e falecido em 1834. Esse espúrio movimento, entre tantas outras aberrações, sustentou que
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não há religiões falsas e verdadeiras. Todas elas, com maior ou menos grau de eficiência, têm por objetivo ligar o homem finito com o Deus infinito, sendo o cristianismo a melhor delas (ALMEIDA, Abraão de. Tratado de teologia contemporânea. Rio de janeiro: CPAD, p. 43. Grifo nosso).
Ora, o Cristianismo não é o melhor meio de salvação, e sim, o único (Jo 14. 6; At 4.12). Encarar o Cristianismo como a melhor das religiões é negá-lo disfarçadamente. E só não seria assim se Cristo tivesse, ou ensinado que Ele é o maior dos salvadores, ou, pelo menos, se silenciado sobre essa questão. Mas, como sabemos, Cristo jamais ocultou a Sua singularidade. Ele nunca disse ser apenas mais um, nem tampouco admitiu ser o mais eficiente (Jo 8.24).
Billy Graham
Num artigo intitulado “Billy Graham: evangelista ou papista?”, o CPR _ Centro de Pesquisas Religiosas _ através do seu periódico intitulado O Desafio das Seitas, acusa Billy Graham de demonstrar “intensa admiração pelos adversários do verdadeiro Evangelho de Cristo”. E, intuindo provar a autenticidade da denúncia, informa, citando fontes diversas, o que se segue:
O comitê da Cruzada Graham em Nova Iorque incluía 120 modernistas que negavam a infalibilidade das Escrituras, o nascimento virginal de Cristo, o céu e o inferno, bem como outras doutrinas fundamentais das Escrituras (Desafio das Seitas. Teresópolis: Centro de Pesquisas Religiosas. 3º trimestre de 2001, Ano V, nº 19, p. 1).
O próprio Billy Graham teria dito:
a) que a crença no nascimento virginal de Cristo, não é “necessária para a salvação pessoal” (Ibidem, p. 3);
b) que “não enfatiza em suas mensagens” que “somos salvos pelo sangue de Cristo” (Ibidem);
c) que o Papa João Paulo II, através de seus sermões, vem “encaminhando as pessoas a Cristo” (Ibidem);
d) que ele não usa afirmar que a Bíblia é inerrante (Ibidem);
e) que ele, em suas cruzadas “evangelísticas”, entregava os novos convertidos aos cuidados de Rabinos, Padres, e Pastores (Ibidem);
f) que ele não crê que Deus vá “permitir que as pessoas queimem em um fogo literal para sempre”. Para Graham, o fogo do qual a Bíblia fala, será o fato de que as pessoas vão sentir “uma sede ardente por Deus que nunca pode ser saciada”. (Ibidem);
g) que o Padre Fulton Sheen, embora devoto de Maria e fiel às doutrinas católicas, era “verdadeiro cristão e encontrava-se com ele para oração e comunhão” (Ibidem, p. 1).
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O número de “apóstolos”, “Pastores”, “Bispos”, etc., que se deixam encantar com o canto da serei (as ilusões do ecumenismo), nos deixa, deveras, embasbacados, atônitos, boquiabertos e perplexos. E maior ainda é o número de crentes leigos que não lêem a Bíblia e, por isso mesmo, se guiam cegamente pelos seus “pastores” que já se venderam para o diabo. Se esses crentes lessem a Palavra, saberiam que a Bíblia fala de grandes líderes que caíram em pecado: Davi, Salomão, Saul, etc. E que, portanto, não podemos seguir a homem algum cegamente, visto que iremos para o inferno com eles. O correto é seguir o exemplo dos bereanos, os quais escrutinavam o que o apóstolo Paulo dizia, à luz das Escrituras, a fim de se certificarem da autenticidade ou não do que ele ensinava (At 17.11). Faça o mesmo e não vá para o inferno com os falsos mestres.
4.10. Rebecca Brown veio para escravizar as mentes
Uma prova material de que a ignorância impera entre o povo de Deus, é o sucesso da escritora Rebecca Brown. Esta redigiu um livro, do qual se pode dizer que ele veio para semear confusão nas mentes dos que não conhecem a Palavra de Deus, a Bíblia. Abaixo, faço algumas citações do dito livro, seguidas de uma sucinta refutação.
4.10. 1. Lobisomens, vampiros e zumbis
A senhora Brown crê até em lobisomens:
A maioria das pessoas considera os lobisomens, vampiros e zumbis como pura fantasia. Os cristãos precisam entender [...] que eles realmente existem (BROWN, Rebecca. Ele veio para libertar os cativos. Belo Horizonte: Dynamus Editorial. 4 ed. 2000, p. 183. O grifo não é nosso).
É provável que a senhora Brown creia também (ou finja crer) em mula-sem-cabeça, duendes, bicho-papão, etc. Aliás, é disso que esses crentes que não estudam a Bíblia, gostam. É isso que vende, enriquece autores, atrofia a mente, e leva para o inferno.
4.10.2. Combatendo o diabo com proteína
A senhora Brown está convencida de que na guerra contra o diabo e os demônios, as proteínas são relevantes. E, como as carnes são ricas em proteínas, ela sugere que as comamos regularmente. Disse ela:
Descobrimos que, nos períodos de intensa batalha espiritual, se faz necessário comer carne pelo menos duas vezes ao dia. Trabalhe com muitas pessoas que, sob intensos ataques de bruxaria, se tornaram excessivamente enfraquecidos e até mesmo adoeceram. O fato é que elas não estavam cientes dos princípios concernentes à necessidade de ingerirmos proteínas (Ibidem, p. 146).
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4.10.3. Rebecca e Satã
Parece-me que a autora do livro em lide conhece um diabo diferente daquele que nos é descrito pela Bíblia. Ouçamo-la:
Desde a eternidade, ele (Satanás) escolheu rebelar-se contra o criador e tentou exaltar a si mesmo acima de Deus (Ibidem, p. 176).
Na transcrição supra, há dois erros: 1º) ela diz que o diabo, “desde a eternidade...”. Ora, só Deus existe desde a eternidade. Tudo quanto existe além de Deus, foi por este criado e, portanto, não existe desde sempre; 2º) ela diz que Satanás tentou exaltar a si mesmo acima de Deus. Não, “irmã” Rebecca, o que Is 14.14 diz é: “Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante” (igual?) “ao Altíssimo”. Logo, “irmã”, ele quis ser igual a Deus, não maior.
4.10.4. O “anjo” guardião.
De acordo com a autora em questão, Deus lhe enviou uma mensagem, através de um anjo, o qual se sentou, cruzou as pernas, e entabulou com ela uma conversação que durou duas horas. E então o anjo disse o que se segue: a) “O próprio Jesus disse que deveríamos tomar a nossa cruz diariamente” (Ibidem, p. 95. Grifo nosso). Ora, nenhum anjo pode falar assim, visto que Jesus nunca mandou-os tomar cruz. Sugiro, portanto, que na próxima edição ela ponha na boca do anjo, palavras mais coerentes. Opino que o anjo fale mais ou menos assim: “O próprio Jesus disse que deveríeis tomar a vossa cruz diariamente”;
O anjo disse a Rebecca que a armadura de Deus é usada no nosso corpo espiritual: “A armadura de Deus é no seu corpo espiritual” (Ibidem, p. 96). Inicialmente ela teve dificuldade para entender, mas lendo a Bíblia encontrou explicação em 1Co 15.44, que no seu livro está vertido assim: “Há um corpo natural e há um corpo espiritual” (Ibidem).
Rebecca, por não saber como colocar a armadura que Deus nos recomenda em Ef 6. 10-18, pediu orientação ao anjo, no que foi prontamente atendida. E, segundo o mensageiro do além, a cada 24 horas devemos orar a Deus, para que Ele nos ponha a armadura, nestes termos: “Pai, poderias por favor colocar a sua completa armadura sobre mim agora? Peço-te e agradeço no nome de Jesus” (Ibidem, p. 95). Ora, quem conhece a Bíblia percebe logo que esse anjo não vem de Deus. A armadura de Ef 6. 10-18, não é literal, e sim simbólica. Ela não é, pois, colocada literalmente no que a senhora Rebecca chama de corpo espiritual. Doutro modo, nosso suposto corpo espiritual onde Deus dependura as armas espirituais, ficaria igual a uma árvore de Natal. O que o apóstolo Paulo fez em Ef 6, foi comparar cada uma das provisões de Deus para o cristão, com as armas de combate dos soldados, as quais são ofensivas e defensivas. Quando Paulo diz, por exemplo, que devemos tomar o escudo da fé, está dizendo apenas que, mediante a fé, Deus pode nos prover livramentos; quando diz que devemos tomar a espada do Espírito, quer dizer com isso que a pregação do evangelho e o ensino da Palavra de Deus é comparável a uma espada, que derrota o Inimigo, libertando seus reféns; o capacete da salvação é a própria salvação; couraça da justiça, é a justiça que Deus nos imputa pela fé em Cristo; e assim por diante. Mas a dona Rebecca e o anjo não entendem assim. Eles crêem que existem mesmo, coisas como espada, escudo, capacete... E que tais coisas, invisíveis, mas reais, são postos literalmente, no nosso corpo espiritual.
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4.10.5. Rebecca _ a única evangelista
Embora a dona Brown afirme textualmente que “a salvação não é pelas obras” (Ibidem, p. 152), diz, paralelamente, algo que, a meu ver, equivale a pregar salvação pelas obras. Ela fala de “total e completo compromisso com Jesus”, como se isso fosse a causa meritória da salvação. E, sendo assim, ela possui uma soterilogia deficiente. Mas, apesar disso, a vaidade levou-a a se considerar a única pessoa do mundo que prega o Evangelho como se deve pregar. E por isso, após “explicar” o que é mesmo aceitar a Cristo, ela pergunta: “Quantos pregadores você conhece que apresenta o evangelho desta maneira? Nenhum!” (p. 153. Ênfase no original). Irmã Rebecca, como a senhora cresceu, hein? Desca, irmã Brown!
4.11. Cristãos judaizantes
4.11.1. Nossa Páscoa é Cristo
Aumenta cada vez mais, o número de evangélicos que ainda não entenderam que a Igreja não é um judaísmo melhorado, tampouco o Novo Testamento é o Velho Concerto simplificado, aprofundado, expurgado, etc. E, por esse motivo, se vêem na obrigação de participarem da Páscoa, do Pentecoste, entre outros expedientes expirados no Calvário. Fui convidado a pregar numa dessas igrejas. E lá ouvi a Pastora, ministra de louvor, dizer que a Igreja estava em festa, comemorando a Páscoa do Senhor. Ela disse ainda, que os que pensam que a Igreja não tem a obrigação de observar a Páscoa, estão equivocados, já que a mesma é, segundo a Bíblia, um mandamento perpétuo. Mas naquele mesmo dia pude lhe ajudar, fazendo-lhe a seguinte exposição: a) a circuncisão e os sacrifícios de animais, também eram perpétuos e, nem por isso, esta igreja os observa; b) além disso, a sua igreja não observa a páscoa. Não houve páscoa alguma hoje aqui. Por exemplo, cadê o cordeiro assado, os pães sem fermento, as ervas amargosas (Êx 12. 8)? Irmãos, a nossa Páscoa é Cristo (1Co5.7). Logo, quem tem Jesus vive numa Pascoa ininterrupta e eterna. Demais, se Cristo é nossa Páscoa, então esta era tipo daquEle., e aquEle, antítipo desta. Ora, se já temos o antítipo, dispensemos o tipo.
Páscoa na Igreja, é tão ilógico quanto Portugal comemorar a Independência do Brasil, aos 7 dias do mês de setembro de cada ano. A Páscoa é o aniversário da libertação dos judeus. Logo, que tenho eu a ver com isso? Eu pertenço a outro povo, a saber, à Igreja, a qual, em nada é inferior ao Judaísmo, mas muito pelo contrário. A Pascoa dos judeus era um símbolo da minha Páscoa. E esta é superior àquela, já que esta representa a libertação do jugo do diabo, e não da canga egípcia.
4.11.2. Medidas de transição que caducaram
Graças a Deus, a referida Pastora entendeu a minha exposição, e hoje, ela e sua igreja celebram a “Páscoa” apenas como estratégia evangelística, e não por se verem na obrigação de guardar mandamentos da Lei Mosaica. Deste modo, embora o mal ainda não tenha sido totalmente removido, e, portanto, não esteja como convém, está, contudo, bem menos ruim. Digo isso, porque essa “estratégia” não é funcional hoje em dia. Há dois mil anos, na Igreja nascente, isso tinha lá seu valor. Razão pela qual Paulo circuncidou Timóteo (At 16.3-5); rapou a cabeça (At 18.18 [do que se subentende que ele fizera o voto de nazireu]; e fez os gastos por quatro varões que, tais quais ele, também haviam feito o voto que implicava em rapar a cabeça, conforme consta de At 21.23-26, do que se deve inferir que se tratava do voto de nazireu, prescrito em Nm 6. 1-21. Mas logo que a Igreja e o Judaísmo romperam por completo os laços, e passaram a ser vistos como religiões distintas, com seus respectivos corpos de doutrina independentes, os expedientes conciliadores entre os cristãos oriundos dos gentios e os
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procedentes dos judeus (At 15.28,29), bem como aquele faz de conta, do qual Paulo se serviu, fazendo-se de judeu para ganhar os judeus (2 Co 9.19-23), praticamente perderam a razão de ser.
4.11.3. Semijudaizantes
Certo irmão em Cristo me informou que já circula entre os evangélicos a ideia de que, diferentemente dos gentios que recebem a Cristo, que devem obediência apenas ao Novo Testamento, os judeus convertidos ao evangelho devem obedecer ao Velho Testamento também. Os defensores dessa ideia estribam-se no fato de as leis do Antigo Testamento serem estatutos perpétuos para os judeus e seus filhos, como lemos em várias passagens do Antigo Testamento. Abaixo, pois, entro no mérito dessa questão.
Na igreja, judeus e gentios constituem um só povo (... de ambos os povos fez um... [Ef 2.14]). Logo, em Cristo, os gentios são ex-gentios, os judeus são ex-judeus, e esses dois grupos distintos de ex, juntos formam a Igreja. Uma prova disso é o fato de Paulo dizer que se fez como judeu (1Co 9.20). Afinal de contas, Paulo era judeu, ou se fazia de judeu? A resposta é: Segundo a carne ele era judeu, e em termos espirituais ele era ex-judeu, pois havia se naturalizado em outro reino, o Reino de Deus, tornando-se assim, membro da nação santa, o povo adquirido, a saber, a Igreja (1Pe 2.9). Paulo tinha, então, três cidadanias: judaica, romana e celestial. Esta última é espiritual, e os que a possuem (os quais são ex-gentios e ex-judeus), juntos, constituem a Igreja. Ora, se em Cristo somos um só povo, não podemos conceber a ideia de que uma parte de nós é libertada da Lei, e outra parte subjugada à Lei. Afinal, somos um só povo ou não somos? E este meu parecer está respaldado, também, em Ef 4.5, onde Paulo nos diz que devemos ter uma só fé. Isto significa que o dever de um cristão, é a obrigação de todos nós. Não temos duas fés, mas uma só fé. Aqui, “fé” designa o conjunto das doutrinas cristãs. E, sendo assim, então temos um só corpo de doutrinas. Consideremos ainda que a Bíblia nos manda batalhar pela fé (Jd 3) e não pelas fés. Em Rm 7.6, Paulo diz que “... estamos livres da lei...”. Veja, o leitor, que Paulo se auto incluiu no rol dos libertados, pois disse “estamos”, e não “estais”. Sabemos, ainda, que Paulo censurou os gálatas por estarem guardando dias, meses, tempos, anos, circuncisão, etc. Ora, nenhum teólogo ignora que a igreja da Galácia era constituída de judeus e de gentios. Entretanto, Paulo
Os cristãos podem obedecer
4.11.4. Selecionando os mandamentos
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Muitos pensam que embora o cristão não tenha que observar os preceitos cerimoniais da Lei, está, contudo, sujeito aos mandamentos morais. Mas a verdade solene é que não estamos sujeitos a nenhum mandamento da Lei. O Novo é novo, e não o Velho melhorado. E uma das muitas provas disso, é o que consta de 2Co 3.6-16, que diz o seguinte: “O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado, nesta parte, não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.
Tendo, pois, tal esperança, usamos de muito ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então, o véu se tirará” (Edição Revista e Corrigida).
No texto acima transcrito, o Decálogo é chamado de “ministério da morte” (7a) e de “ministério da condenação” (9a), enquanto que o Novo Testamento é chamado de “ministério do Espírito” (8) e de “ministério da justiça” (9b); do Decálogo se diz que “veio em glória” (7), e do Novo Testamento se afirma que “é de maior glória” (8) e que “excederá em glória” (9b); do Decálogo se diz que “era transitório” (11a; 13b; 7b), isto é, estava de passagem, ou seja, era provisório; e do Novo Testamento se diz “que permanece” (11b).
Esta porção da Bíblia deixa os judaizantes num beco sem saída. É que neste trecho da Bíblia, Paulo, falando exatamente do Decálogo, nos diz que o mesmo era transitório, isto é, ele não veio para ficar. Os seus dias estavam contados. Seu fim, que durante séculos se aproximava a passos galopantes, chegou, ao se estabelecer a Nova Aliança.
Está mesmo o apóstolo Paulo falando aqui do Decálogo? Claro que sim, visto que ele, ao falar do “ministério da morte”, acrescentou que o mesmo foi “gravado com letras em pedras” (7a). Ora, o que foi “gravado com letras em pedras” a não ser o Decálogo?
Muitos creem que “o ministério da morte, gravado com letras em pedras” refere-se a uma “cópia da Lei de Moisés, a qual este escrevera” (Js 8.32). Esta conclusão, porém, é precipitada, pois está claro que são os Dez Mandamentos que constituem o que Paulo chama de “ministério da morte”, visto que 2Co 3.7 refere-se não ao tempo de Josué, e sim ao tempo de Moisés. Este texto diz claramente: “E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória...” (grifo nosso). Ora, se não estamos sujeitos nem mesmo aos Dez Mandamentos, a que mandamento do Antigo Testamento estamos submissos?
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Há quem tente sair dessa situação embaraçosa, citando Jr 31.31-32, que diz: “Eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que farei um pacto, com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.” (Versão Revisada. Grifo nosso). Os tais alegam que “A palavra original, traduzida em 2Co 3.7 por ‘transitória’, pode ser traduzida também por ‘abolida’. É que os judeus, por causa da sua desobediência, estavam invalidando ou abolindo a Lei, isto é, estavam tornando-a sem efeito em suas vidas, visto que ela só é eficaz na vida daquele que a obedece. É disto que Paulo estava falando”. Este argumento, aparentemente sólido, só serve para revelar o desespero daqueles que, embora sabendo que o erro não presta, não querem abandoná-lo, por estarem apaixonados por ele. Senão, raciocinemos: Se o motivo pelo qual Paulo disse que o Decálogo era transitório, fosse porque havia alguém transgredindo-o, ele não poderia contrastá-lo com o Novo Testamento, afirmando que este, ao contrário daquele, permanece; visto que o Novo Testamento também é transgredido pela grande maioria das pessoas. Se o Decálogo era transitório, porque não estava sendo obedecido por alguém, o Novo Testamento transitório é, já que a maioria esmagadora não o vive também. E, como sabemos, o Novo Testamento também só é eficaz na vida daquele que o aceita. E há até mesmo não poucos falsos cristãos fingindo aceitá-lo.
Concordo plenamente que o original grego traduzido na ARC por “era transitório” pode ser traduzido por “estava sendo abolido”; mas a “explicação” que os judaizantes dão desta passagem bíblica, não resiste a um confronto com a Bíblia.
O trecho bíblico que estamos analisando neste tópico (a saber, 2Co 3.6-16) pode, por si só, dirimir as dúvidas dum inquiridor sincero, pois diz sem rodeios que o Decálogo era transitório, ou seja, estava sendo abolido, e que finalmente sucumbiu no Gólgota. Sua abolição se deu paulatinamente desde que foi dado, até ser de todo abolido no Calvário.
Quando a Bíblia diz que o Decálogo “estava sendo abolido”, quer dizer com isso que a Lei estava destinada a expirar no Calvário e que, portanto, a partir do momento em que ela veio à existência, seu fim se aproximava a cada minuto que passava.
Por dizer a Bíblia que o Decálogo era transitório, salta à vista que a guarda do sábado semanal também era transitória, pois, como sabemos, a ordem para se guardar o sábado é o quarto mandamento do Decálogo. Logo, os judaizantes que empreendem nos empurrar esse mandamento goela abaixo, devem arrancar de suas Bíblias o texto de 1Co 3.6-16.
Há quem diga que se o Decálogo tivesse sido abolido, poderíamos matar, furtar, adulterar, tomar o nome de Deus em vão, adorar ídolos, desobedecer aos pais, mentir, caluniar, invejar, e assim por diante, visto que, não havendo Lei, não pode haver pecado, já que o pecado é a transgressão da Lei (Rm 4.14). Mas refuto esse argumento assim: Primeiro, os ímpios, para quem a Lei foi feita, continuam sendo contemplados por Deus à base da Lei e os juízos que por ela resultam. Sim, pois 1Tm 1.9-10 diz: “Sabendo isto: que a Lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os
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homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para o mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina”. Segundo, a “Lei de Cristo” (1Co 9.21), sob a qual está a Igreja, proíbe a prática dessas coisas. Os cristãos não se prostituem em obediência ao Pacto de Deus com os judeus, e sim, em obediência à Nova Aliança celebrada entre Cristo e a Igreja (1Co 9.21; Hb 12.24). Além disso, a Lei de Cristo está plasmada na alma do cristão, tornando-se mais um princípio (que é interno) do que um conjunto de normas a ser seguido. Terceiro, o homem não é pecador só porque peca, mas também, peca porque é pecador. Somos pecadores por natureza. Temos o pecado original, isto é, a natureza pecaminosa hereditária. Somos pecadores inatos. E, isto posto, com Decálogo ou sem ele, somos sempre pecadores necessitados da cruz de Cristo. O pecado nos acompanha, nos rodeia e nos macula desde a queda de nossos primeiros pais, independentemente de qualquer coisa. Em Quarto lugar, visto que a Lei não existe para o Cristão, e sim para os ímpios, quando um ímpio se converte à fé cristã, deixa, concomitantemente, de ser contemplado por Deus à base da Lei e dos juízos que dela decorrem, e passa, automaticamente, a estar sob as cláusulas do Novo Pacto que ele e Cristo firmam no ato da sua conversão. Em Quinto lugar, é relevante que todos os Mandamentos do Decálogo estão repetidos no Novo Testamento, exceto o sábado; e este fato não pode passar por desapercebido. Sim, este fato é forte indício de que a santificação do sábado era sombra dos bens futuros, e não um mandamento vinculado apenas à moralidade. Doutro modo, como explicar esta omissão? Será que o Cânon Neotestamentário é vítima de algum lapso apostólico? Mas sendo ou não a guarda do sábado uma questão unicamente moral, isso não vem à baila no momento. Por ora, nos basta sabermos que estamos no Novo Testamento e que o mesmo não comporta este preceito. Esta observação é importante, porque, entre outras razões, o fato de um mandamento do Antigo Pacto não constar do Novo não constitui prova de que o mesmo era cerimonial, já que algumas questões morais do Velho Pacto se encontram sob nova economia no Acordo que Cristo firmou com a Igreja. Um dos exemplos disso, é a aquiescência à poligamia __ que foi consentida por Deus ao longo de mais de quatro milênios __, mas que, não obstante, no Novo Testamento recebe tolerância zero. Sim, ser ou não ser polígamo não é uma questão cerimonial. Não obstante, porém, recebe tratamento novo na Nova Aliança.
4.11.5. Diversos testamentos
Neste subitem, pretendo provar, que embora saibamos que antes da entrada do pecado no mundo, ao homem foi dada a ordem de se alimentar só de vegetais: “... Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente: ser-vos-ão para mantimento” (Gn 1.29), mais tarde o próprio Deus deu a seguinte contra-ordem: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento...” (Gn 9.3a). Este novo mandamento era para Noé e sua família (esposa, filhos, noras, netos, etc.). Logo, Noé e seus familiares não tinham por que observar nenhuma restrição alimentar quanto ao consumo de carne, até que Deus ditasse o que consta de Lv 11 e outros textos correlatos. Além disso, há aqui outros pontos importantes. Vejamo-los: 1º)
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estes textos (refiro-me a Lv 11 e demais textos correlatos, que estabelecem o cardápio dos judeus) não eram um retorno a Gn 1.29, já que este texto não liberava o consumo de carne alguma, enquanto aquele (refiro-me a Lv 11) só proibia algumas carnes; 2º) era uma ordem dada aos judeus, milênios após a criação do homem, a saber, quando a Lei veio, muitos séculos após Abraão (Gl 3.17). E, sendo assim, os demais descendentes de Noé (no caso, as outras nações) não estavam sujeitos a isso; 3º) uma das muitas provas bíblicas de que algumas das restrições feitas aos judeus, não eram extensivas aos outros povos, é o que consta de Dt 14. 21, que diz: “Não comerás nenhum animal que tenha morrido por si; ao peregrino que está dentro das tuas portas o darás a comer, ou o venderás ao estrangeiro...” (Grifo nosso). Aqui, Deus proíbe os judeus de comerem um animal que não tenha sido morto pelo homem, mas os manda doá-lo ao peregrino ou vendê-lo a um estrangeiro. Estaria Deus autorizando os judeus a induzir os estrangeiros ao pecado? De modo nenhum. Este caso é similar ao dos nazireus, que não podiam comer uvas: (...”nem uvas secas ou frescas comerá” [Nm 6: 3b]). Esta proibição não era para todos os israelitas, mas apenas para aqueles que, dentre os judeus, fizessem o voto de nazireu (consagrado), e enquanto o dito voto durasse. Logo, alguns mandamentos eram só para os judeus. E, como se isso não bastasse, havia alguns mandamentos que eram só para alguns dos judeus; 4º) ninguém deve estranhar o fato de o imutável Deus estabelecer para Adão uma dieta à base de vegetais; depois, mandar Noé e os seus familiares comerem todas as carnes; posteriormente, proibir algumas carnes aos judeus; e, atualmente, voltar a nos dizer o mesmo que dissera a Noé: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento... , como o veremos abaixo. Sim, não estranhemos isso, pois o Deus da Bíblia é assim mesmo. Só os que ignoram que há várias Dispensações, ou diversos Pactos (com Adão, com Noé, com Abraão, com os judeus, e com a Igreja), se surpreendem com isso. Realmente, conforme Deus firma com o homem um Novo Pacto, coisas que haviam sido proibidas antes, podem ser liberadas e vice-versa. E até mesmo um mandamento nunca dado antes, pode tornar-se lei. Veja os exemplos abaixo:
 Deus proibiu matar Caim (Gn 4.15), mas mandou Noé executar os assassinos (9:6). Isto significa que se Caim fosse contemporâneo de Noé, a lei de talião lhe teria sido aplicada por ordem divina. Mas, como ele vivera noutra Dispensação, não foi devidamente justiçado;
 Jacó casou com a sua cunhada (Gn 29.21-31); mais tarde, porém, isso foi proibido aos judeus (Lv 18.18);
 Todos os que leem a Bíblia sabem que Abraão se casou com sua meio-irmã (Gn 20.12), o que, porém, não se permitiu aos judeus (Lv 18.11).
 Abraão, Jacó e tantos outros servos de Deus, que viveram antes e durante a vigência do Antigo Testamento, além de serem bígamos e polígamos, se relacionavam sexualmente com suas criadas (Gn 16.4; 29.32 – 30.24). Hoje, porém, não se proíbe apenas o concubinato, mas se estabelece como Lei, sob pena de condenação eterna, a monogamia.
Por que Deus permitiu no Antigo Testamento, algumas coisas que Ele não permite hoje? Não posso tratar deste assunto aqui, pois o mesmo foge ao escopo deste livro. Por ora quero apenas observar que a nossa responsabilidade e obrigações diante de Deus mudam de uma Dispensação para outra. Ademais, por razões não reveladas, Deus nunca proibiu o homem de fazer todas as coisas erradas. Até hoje, algumas coisas erradas são toleradas. Por exemplo, Deus nunca proibiu os seus servos de terem escravos. Abraão, Jacó e outros servos do Senhor, os tiveram (Gn 22.3; 32.5), e o Novo Testamento, longe de prescrever contra isso, apenas exige que os senhores sejam humanos para com seus escravos (Ef 6.9), o que implica em permissão para tê-los. Ora, todo o mundo sabe que a escravidão não é boa coisa. Por mais que o amo seja humano, ser amo é ser desumano. Isto significa que aquele crente que paga um salário miserável aos seus empregados, embora esteja errado, e precise mudar quanto
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a isso, não podemos tachá-lo de filho do diabo por isso, já que se ele pode até possuir escravos, remunerar mal as mãos-de-obra a seu serviço seria, dos males, o menor. Logo, Deus ainda nos tolera até hoje. E, certamente, Ele o faz devido à dureza dos nossos corações.
 Havia fervorosos servos de Deus antes de Abraão (Abel, Enoque, Noé ... ), mas só a partir deste patriarca, que a circuncisão entrou em vigor, como mandamento de Deus (Gn 17 9 – 27). Ademais, a Melquisedeque e a outros servos de Deus contemporâneos de Abraão, não encontramos Deus dando a mesma ordem. A circuncisão era só para Abraão, seus descendentes e os seus servos (Gn 17.27). Abraão era, portanto, de um Novo Testamento. Sim, em relação ao Pacto de Deus com Noé, Abraão viveu uma espécie de Novo Testamento, tendo, pois, um dever que os que o precederam __ Abel, Sete, Enoque, Noé...__ não tinham: a circuncisão. Aliás, até mesmo alguns de seus contemporâneos, como, por exemplo, Melquisedeque e os seus súditos, estavam sob outra Aliança;
 Dissemos e provamos que Abraão era de um Novo Testamento. E o mesmo podemos dizer de Moisés e seus liderados. Estes também receberam mandamentos que nenhum servo de Deus havia recebido antes. A nenhum de Seus servos, que viveram antes de Israel sair do Egito, mandou Deus observar o Ano Sabático, a Lua Nova, etc. Logo, Moisés e os demais que com ele saíram do Egito também viveram numa espécie de Novo Testamento. De certo modo, Moisés também podia dizer: “Abrão era do Velho Testamento; Noé; do Velhíssimo; Abel, dum Testamento inominável, anterior ao Velhíssimo; e nós, tirados por Deus do Egito, do Novo.”. Sim, Moisés, Josué, Isaías, Jeremias... eram do que então podiam chamar de Novo Testamento. E, sendo assim, nós, os cristãos, somos do Novíssimo Testamento, pois vivemos um Testamento mais novo do que aquele no qual o povo judeu vivera. E estou certo de que muitas novidades estão por vir, visto que breve virá o Milênio, a saber, o Reino milenar de nosso Senhor, em cujo período Satanás estará preso.
4.12. G 12 _ Um mover do diabo ou do homem
Disse o apóstolo Paulo: “porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia. Só Lucas está comigo. Toma marcos, e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério (2 Tm 4. 10-11). Isso prova cabalmente que Paulo era do G 1. Portanto, não demos crédito a César Castelhano. Ele diz que Deus lhe falou, mas na verdade, ou ele tirou tudo aquilo de sua própria cabeça, ou um demônio lhe falou. E isso falo sem receio algum, pois sei que Deus não se contradiz. O chamado G12 nada mais é que mais uma estratégia dos demônios para minar o Corpo de Cristo.
“Sonha e ganharás o mundo” é bom demais para ser verdade. Se fosse assim, os apóstolos teriam ganhado o mundo todo para Cristo. Isso não existe.
G12 é inovação, visto que ninguém conheceu isso, até que um mentiroso apareceu dizendo que Deus lhe falara sobre essa novidade. Ora, por que vamos necessitar agora de um troço que nunca havia feito falta?
Você quer ganhar almas para Jesus? Então vá ler a sua velha e surrada Bíblia, assim como subir ao cenáculo em busca de poder pentecostal. Com isso você não vai ganhar o mundo todo para Cristo, mas poderá ganhar uma grande multidão de almas para o Senhor, bem como fazer muitas outras obras que redundem na glória de Deus.
O G 12 é errado, pois tolhe (ou tenta tolher) o Espírito Santo, de dar obreiros à Igreja. O G12 tem o aval do capeta. Logo, quem se envolve com isso, ou não é salvo, ou é um salvo muito fraco, carente de crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E creio ser este último, o caso de muitos irmãos amados, que se envolveram com essa coisa que só serve para trazer confusão. E é porque creio que há
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pessoas salvas iludidas com isso, que ainda mantenho comunhão com as igrejas que se deixaram levar. G 12 é erro, mas preciso ser comedido e tolerante para com os fracos.
A epígrafe que deu título a este tópico é difícil de ser respondida com precisão, pois muitas idéias erradas não são engendradas no inferno, mas sim, nas mentes vazias da Palavra de Deus. Todavia, já não nos interessa a origem desse negócio espúrio. Basta-nos a consciência de que não vem de Deus. Se não procede de Deus, não presta.
4.13. Cair no Espírito
Muitas e gloriosas têm sido minhas experiências com o Espírito Santo; porém, estas jamais me jogaram ao chão. E creio que Deus pode me dar mais do Seu Espírito, levando-me a experiências mais profundas do que as que tive até agora. Creio, inclusive, na possibilidade de, a qualquer hora dessas, eu cair ao chão, sob o impacto da glória de Deus, como também caíram os sacerdotes (1Rs 8.11), Ezequiel (Ez 1.28), Daniel (Dn 10.9), João (Ap 1. 17), etc. Mas esse show promovido por megalomaníacos da índole de Benny Hinn e outros embusteiros, não procede do Espírito de Deus, já que é desprovido de propósito, ou seja, aos que caem, nada acontece, além da queda. Não caem cheios do Espírito, e se levantam tão vazios quanto caíram. Então de onde vem isso? Resposta: Pode estar vindo de qualquer lugar que você imagine, desde que não cogite que proceda de Deus.
4.14. Dançar no Espírito
Não existe o dom de dançar no Espírito. Se você está alegre e quer dançar, que o faça, mas não diga que dançou sem querer, sob o controle do Espírito Santo. O Espírito Santo não têm robô. A Bíblia diz que “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (1Co 14.32). Particularmente, acho que essas danças não edificam, podendo por isso, ser descartadas. Contudo, respeito a sua opinião.
As Assembléias de Deus no Brasil não têm esse mal costume chamado de “dançar no Espírito”, e seus membros, especialmente os Pastores, devem se adequar a isso, ou procurar seu grupo. “ [...] faça-se tudo descentemente e com ordem” (1Co 14.).
Muito do que se faz passar por manifestação do Espírito Santo são, de fato, manifestação demoníaca. Numa certa igreja, um “irmão” se pôs a falar línguas em alta voz, o tempo todo, impedindo que a igreja ouvisse minha preleção. Então me dirigi ao espírito e lhe ordenei: Em nome de Jesus, eu te mando: Fala quem é você”. E ele respondeu: “Eu sou demônio”. E então eu lhe desse: “Sai dele em nome de Jesus”. E ele saiu.
A experiência acima é apenas mais uma pequena demonstração de que os demônios estão dentro de nossas igrejas, se fazendo passar pelo Espírito Santo. Urge, pois, que peçamos discernimento a Deus.
Pelo menos dois dos que vi “dançar no Espírito” estavam endemoninhados. Certo dia, numa vigília, quando um jovem se pôs a dançar no “Espírito”, o Presbítero Roberto Dutra, dirigente da dita vigília, o chamou à frente e orou por ele. Então o demônio se manifestou, se identificou e foi expulso. Há pouco tempo, uma jovem senhora se pôs a dançar em pleno culto. Mas a esposa do Pastor da igreja, mandou o demônio sair em nome de Jesus, o que tudo se executou. Contudo, parece-me que a maioria dos casos de danças no “Espírito”, são mais manifestações da carne do que do diabo, propriamente ditas. Mas, como nenhuma dessas duas coisas nos interessa, lutemos pela ordem nos cultos.
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4.15. Hinos/heresias/meninices
É lamentável o desprezo para com a Harpa Cristã. Todas as igrejas devem dar prioridade aos hinos deste hinário tão abençoado. Os hinos deste santo hinário são maravilhosos. Eles elevam a alma! Eles honram e louvam a Deus! A Harpa Cristã é a Bíblia cantada e, por isso, seus belos hinos jamais envelhecerão! Nunca serão obsoletos! Muitos, porém, não pensam assim! Pelo contrário, optam por “hinos” que sequer merecem ser reconhecidos como tais. Tais cantigas não têm rima, métrica, poesia e, sobretudo, faltam-lhes embasamento bíblico. Logo, para gostar dos mesmos, além de mau gosto, é necessário, também, falta de conhecimento da Palavra de Deus.
Outro hinário divinal é a Cantor Cristão. Aliás, os hinários oficiais das igrejas históricas: Igreja Presbiteriana, Igreja Congregacional, Igreja Metodista, Assembléia de Deus, etc., são, sem exceção, uma bênção. Deve ser por isso que o diabo instiga esses “crentes” modernos a menosprezar estes tão ricos louvores.
Não estou dizendo que só devamos cantar os hinos antigos dos hinários oficiais das igrejas históricas. Não! Todos nós sabemos que alguns dos hinos novos são, deveras, melodiosos hinos de louvor ao Senhor. Mas convenhamos que a maior parte dos hinos cantados hoje em nossas igrejas, são como mamadeira fria, intragável. Tais “louvores” monótonos, nojentos, cansativos, podem agradar aos que não cresceram na graça e no conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, mas não agradam a Deus, tampouco, aos que têm bom gosto. Por exemplo, há um hino muito cantado em nossas igrejas, cuja letra afirma que Deus se apaixonou pelo Brasil, com um amor especial: “Um dia, Deus olhou para esta nação, e por ela se apaixonou com um amor especial” (Grifo nosso). Ora, Deus não é brasileiro. Logo, Ele ama nossa nação tanto quanto as outras. Ademais, o amor de Deus não pode ser confundido com paixão.
Há “hinos” e “corinhos” de autoria de triunfalistas, ou seja, feitos por adeptos da “teologia” da “prosperidade”, fazendo enorme sucesso entre nós. As letras de tais “hinos”, quando não são heréticas, são de difícil compreensão e, portanto, pouco recomendáveis para os cultos evangelísticos. Voltemos a cantar hinos que levam os perdidos à reflexão, e a Igreja à adoração:
a) “Foi na cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi [...]” (Harpa Cristã, hino 15;
b) “Vem a Cristo, sem tardança, receber perdão [...]” (Ibidem, hino 444;
c) “Jesus salva, Jesus salva, Jesus salva o pecador. Ele te ama, hoje te chama...” (Ibidem, hino 507);
d) Maravilhoso é Jesus [...]” (Ibidem, hino 121);
e) “Meu amigo, hoje tu tens a escolha: Vida ou morte, qual vais aceitar?” (Cantor Cristão, hino 259).
Sugiro ainda, que: a) os Pastores acompanhem de perto, as equipes de louvor, na seleção dos hinos a serem cantados em nossas igrejas; b) constituam ministros de louvor que tenham bom gosto, que sejam salvos por Jesus, bem como cheios do Espírito Santo; c) os primeiros três hinos a serem cantados, sejam da Harpa Cristã; d) que a cada um ou dois hinos avulsos, pelo menos um, seja da Harpa Cristã, ou de outro hinário de peso, de igreja histórica.
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4.16. Pecado no púlpito?
Como sabemos, existem diversas Assembléias de Deus independentes, ou seja, não-conveniadas à CGADB. E pelo menos em uma dessas Assembléias de Deus já é permitido que se divorcie por qualquer motivo (“incompatibilidade de gênio”, “não a amo mais”, “ela é relaxada”, “essa mulher é doida”, etc.), se case de novo e continue normalmente no Ministério. E isso é muito grave. Contudo, alegremo-nos, pois Jesus já vem.
Outro registro lamentável diz respeito è existência de “pastores” simpatizantes da chamada “Teologia Aberta”, numa das Assembléias de Deus independentes. Tais “pastores” negam a onisciência de Deus. Um desses lobos, referindo-se ao penúltimo e catastrófico Tsuname ocorrido na Ásia, que tantas vítimas produziu, disse que o mesmo pegara Deus de surpresa.
Por que as igrejas toleram esses homens no Ministério? Provavelmente, as razões são muitas e variáveis: muitos concordam com essas heresias; outros, embora divirjam, não crêem na relevância deste tema; outros entregam tudo nas “mãos de Deus”, esquecendo-se de que quem cala consente. Relembro, porém, que Jesus já vem.
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Os Pastores precisam estar atentos às inovações doutrinárias. Quase todos os dias alguém inventa uma nova heresia. E todas essas novidades precisam ser rebatidas, tão logo nasçam. E, visto que a Igreja cresce diariamente, os Pastores devem estar sempre batendo na mesma tecla, ou seja, de quando em quando deve voltar a pontos já discutidos. Pelo menos uns dois seminários heresiológicos ao ano, com duração de mais ou menos sete dias cada, é desejável. Sugiro que os Pastores criem, em suas respectivas igrejas, o Departamento Apologético. Este deve ser uma equipe formada por pessoas que de fato conheçam a Bíblia, e liderado por um Obreiro de confiança do Pastor. Seus integrantes devem examinar o que há nas livrarias evangélicas, nos programas evangélicos de televisão, no rádio, etc., e avisar o Pastor. Este, por sua vez, deve dar o exemplo, demonstrando interesse pelo assunto, fazendo, ele mesmo, suas pesquisas e anotações pessoais.
Mesmo que não cometamos a tolice de permitir que os “mestres da fé” e outros paroleiros assomam nossos púlpitos, eles, através da mídia, alcançam cada uma das ovelhas que Jesus nos confiou, e as intoxicam com suas parras bravas. Urge, pois, estratégia, logística e ação. Não nos esqueçamos, porém, que a vitória já é nossa, pois a Igreja tem Dono. E este asseverou que as portas do inferno não prevalecerão contra a Sua Igreja!
EPÍLOGO
Deixo este epílogo a cargo do apóstolo Paulo. Ouçamo-lo:
Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que andar desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu (2Ts 3.6. Grifo nosso);
Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (Gl 1. 9);
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Um pouco de fermento leveda toda a massa (Ibidem 5.9);
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é boa de fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai (Fp 4.8);
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém (Ibidem, 6.24);
Amém!!!
joelangrasantana@gmail.com